Stella Morgan

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Amélia

Depois de receber a peridural, a sensação de alívio foi quase instantânea. A dor que antes parecia insuportável agora era apenas uma pressão na minha lombar. Eu me sentia levemente chapada, flutuando em uma nuvem de tranquilidade. Era uma sensação estranha, mas bem-vinda naquele momento.

Jeff estava ao meu lado, segurando minha mão, e eu sabia que ele estava aliviado por me ver mais confortável.

— Jeff, você já viu uma girafa tocando saxofone? É uma visão incrível, cara!

Ele riu suavemente, olhando para mim com carinho.

— Amor, você está realmente aproveitando essa anestesia, não é?

Eu balancei a cabeça, sentindo-me eufórica.

— Sim, Jeff, é como se eu estivesse flutuando em um arco-íris de algodão doce. É mágico. Eu amo drogas...

Jeff continuou rindo, e eu me diverti vendo-o se divertir com as minhas palavras desconexas. Aquela peridural havia me transportado para um estado de relaxamento e leveza que eu não imaginava ser possível naquele momento tão crucial.

Nossas risadas preencheram o quarto de hospital, criando um ambiente leve e descontraído em meio a um momento que poderia facilmente ter sido tenso e estressante. Eu estava grata por ter Jeff ao meu lado, compartilhando cada momento dessa jornada comigo.

Eu olhei para Jeff, com os olhos cheios de amor e gratidão.

— Jeff, amor, obrigada por estar aqui comigo. Você é o melhor companheiro que eu poderia desejar.

Ele me beijou suavemente na testa.

— Amor, eu estarei sempre aqui ao seu lado, em todos os momentos importantes da nossa vida.

E assim, naquele momento de leveza e risadas, nos preparamos para receber nossa filha, sabendo que nosso amor e união eram mais fortes do que nunca.

As contrações, que antes estavam amenizadas pela peridural, começaram a se intensificar à medida que o tempo passava. O efeito da anestesia estava diminuindo, e a dor estava voltando, como uma onda avassaladora. Eu gemia e caminhava pelo quarto, incapaz de encontrar uma posição que aliviasse o desconforto.

Jeff estava ao meu lado, preocupado e tentando confortar-me. Mas a dor estava me deixando impaciente, e eu não conseguia controlar meus gemidos e palavras impensadas.

— Jeff, isso é culpa sua, sabia? Você me engravidou, e agora parece que eu estou sendo cortada ao meio!

Minhas palavras eram ásperas e injustas, mas a dor que eu sentia estava me fazendo perder a cabeça. Eu queria que aquilo acabasse logo, queria segurar nossa filha nos braços, mas o caminho até lá estava cheio de dor e desafios.

Jeff tentou manter a calma, apesar das minhas palavras ríspidas. Ele segurou minha mão e disse com voz firme.

— Amélia, eu sei que está doendo, mas estamos quase lá. Você é incrível, e nossa filha está a caminho. Eu estou aqui para te apoiar, não importa o que aconteça.

Eu assenti, sentindo uma mistura de gratidão e remorso por minhas palavras anteriores. Jeff estava fazendo o melhor que podia para me ajudar a atravessar aquela fase difícil do trabalho de parto.

À medida que as contrações continuavam, eu tentei focar na ideia de que cada uma delas me aproximava mais de conhecer nossa filha. Jeff me incentivava a respirar profundamente e a manter o controle, mesmo quando a dor parecia insuportável.

— Puta merda isso dói de mais! — Gemi agachando apoiada na cama. — Alguém tira essa criança de mim pelo amor de Deus!

Jeff estava ao meu lado com uma cara de assustado que eu daria risada se não estivesse com tanta dor.

A Dra. Torres, finalmente, entrou no quarto, vestida com seu traje de médica e luvas esterilizadas. Ela examinou-me rapidamente.

— Amélia, você está com 10 centímetros de dilatação. É hora de trazer sua filha ao mundo.

Eu olhei para Jeff, misturando ansiedade com um toque de humor.

— Jeff, querido, agora não é o momento de olhar minha... você sabe, lá embaixo.

Ele riu e acariciou minha testa com carinho.

— Claro, Amélia, eu entendo. Só vou ficar aqui ao seu lado, prometo.

Com o apoio de Jeff e das enfermeiras, eu comecei a fazer força com todas as minhas forças, seguindo as orientações da Dra. Torres. Cada contração era uma batalha que eu estava determinada a vencer, porque sabia que nossa filha estava prestes a chegar ao mundo.

A sala estava preenchida com o som das minhas respirações ofegantes e dos encorajamentos de todos ao meu redor. O médico me tranquilizou, dizendo que eu estava fazendo um ótimo trabalho.

Eu fechei os olhos com força e concentrei-me no trabalho de parto. A dor era intensa, mas a promessa de segurar minha filha nos braços me dava a força necessária para continuar.

E então, depois de um esforço hercúleo, eu senti um alívio inexprimível quando a cabeça de nossa filha coroou. A Dra. Torres me incentivou a continuar, e eu fiz o meu melhor para empurrar ainda mais.

E então, finalmente, com um último esforço, Stella nasceu. O choro doce de nosso bebê encheu a sala, trazendo lágrimas de alegria aos meus olhos.

A Dra. Torres imediatamente colocou nossa filha nos meus braços. Era um momento mágico e indescritível. Stella era perfeita, e meu coração se encheu de amor incondicional por ela.

 Stella era perfeita, e meu coração se encheu de amor incondicional por ela

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Jeff olhou para nossa filha com admiração e emoção nos olhos. Ele segurou minha mão.

— Amélia, ela é linda. Nossa Stella.

Eu olhei para Jeff, meus olhos cheios de lágrimas de felicidade.

— Sim, Jeff, nossa Stella. Ela é a coisa mais preciosa que já aconteceu em nossas vidas.

Nós éramos uma família agora, e a jornada que nos trouxe até ali valera a pena cada desafio e cada momento de dor. Stella era a nossa luz, e nosso amor por ela era infinito.

A Chama ProibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora