Capítulo 8

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Isadora Fonseca Diniz.

1 de abril — 08:23
Sábado.

    Sorri encarando o Samuel através do espelho, ele está tão esperto, sorridente. Amanhã meu bebê completa cinco meses e estou tão feliz de poder curtir esse dia realmente, os outros meses foram tão desgastantes que eu não tinha ânimo para comemorar a data, apenas ter medo mais uma vez.

    Samuel acordou a quase uma hora, bem cedinho hoje. Estou com ele na frente do espelho, deixando ele explorar sua imagem e explicando cada lugarzinho de seu corpo, é bom para o desenvolvimento dele. Tenho que aproveitar enquanto não começo a trabalhar, fica tudo mais corrido.

    Graças a Deus consegui o emprego na loja, estou trabalhando a um tempo e está sendo incrível. As vendas online tem uma demanda grande, as meninas da loja atualizam a planilha a cada venda e fica muito mais fácil saber o que tem ou não no estoque, caso não tenha eu já comunico a Yasmin que estão querendo e ela providência.

    Minha tia me ajuda muito com o Samuca, claro, trabalhar em casa me dá a liberdade enorme de fazer a maioria das coisas com o Samuel, brincar com ele, mas as vezes quando estou falando com uma cliente, terminando a compra e o Samuel precisa trocar a fralda, ou chora querendo atenção, a minha tia pega ele e me ajuda nisso. Hoje trabalho das dez da manhã até a quatro e meia da tarde, aos sábados abrimos mais tarde e fechamos mais cedo.

— E essa aqui é a boquinha do Samuca. — Mostrei para ele, meu gordinho sorriu se remexendo em meu colo. — É, meu amor, a sua boquinha. — Dei um cheiro nele.

— Bom dia, filha. — Olhei para a porta ao ouvir a voz da minha tia. Ela sorriu encostada no batente.

— Bom dia, tia.

— Esse garotinho já está acordado nessa alegria?

— Acordado a muito tempo. — Me levantei sorrindo. — Fala para a vovó que você já mamou, se cagou inteiro que a mamãe teve que te dar banho.

— Caramba, então tivemos uma manhã animada por aqui. — Minha tia riu pegando o Samuca no colo, ela encheu ele de beijos. — Vovó está animada para amanhã.

— Eu também, tia. — Sorri olhando os dois. — Já vai fazer cinco meses, o tempo passou tão rápido.

— Passou, não é? — Me olhou. — Ontem mesmo vocês estavam chegando aqui, ele tinha feito quatro meses a poucos dias, agora vai fazer cinco meses. — Beijou a cabeça do Samuel. — Vamos fazer o que amanhã?

— Não estava pensando em fazer nada, tia, ainda não estou com dinheiro para fazer alguma coisa. — Falei aproveitando que minha tia estava com o Samuel para organizar a cama, estava totalmente bagunçada. — Nunca comemorei nenhum mês dele.

— Poxa, Dorinha, poderíamos fazer um bolinho, filha, só para comemorar e não passar em branco.

— Talvez mês que vem, tia, esse mês realmente não dá para fazer. — Sorri de lado. — Mas não tem problema, só de estar com vocês já é uma comemoração. — Ela sorriu emocionada concordando.

— Tem razão. — Beijou minha cabeça. — Vou passar o café.

— Eu ajudo a senhora. — Peguei o Samuel no colo. — Ou melhor, nós ajudamos.

— Então vamos.

    Ajudei minha tia com o café da manhã, organizei a mesa e nos sentamos para comer. Samuel começou a dormir menos durante a manhã, ele agora está gostando mais de ficar acordado, prestando a atenção em tudo. Meu tio se juntou com a gente e ficamos aproveitando a manhã, quando meu horário começou, fiquei de olho no celular para esperar as mensagens dos clientes.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora