Capítulo 48

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Isadora Diniz Cardoso.

03 de Novembro — 08:12
Domingo.

Respirei fundo vendo a bagunça encima da mesa e no chão da sala. Hoje é o nosso chá revelação, dormi muito mal durante a noite de tanta ansiedade e quando acordo a casa está uma bagunça. Vamos fazer um almoço e não tem nenhuma chance de receber alguém com essa casa desse jeito.

Ontem foi o aniversário de quatro anos do nosso garotinho, fizemos um bolinho pela tarde com a nossa família e alguns amigos do Samuel, foi algo simples mas ele amou, ficou todo bobo com os presentes. Não fizemos o chá de revelação junto pois queríamos que ele tivesse o dia somente para ele, sem distrações. A única pessoa que sabe o sexo do bebê é a minha tia Kiara, preferimos deixar com ela já que minha tia é a única da família que consegue guardar segredos por muito tempo.

Andei até o quarto vendo o Juan acordado no celular, acordamos tem uns minutos e ele ainda não levantou para fazer nada.

— Amor, eu não pedi para você limpar a sala ontem? — Cruzei os braços o olhando.

— Pediu? — Arregalou os olhos.

— Claro que pedi, poxa, está uma zona aquela sala. — Passei a mão no rosto sentindo o bebê mexer. Minha barriga deu um salto esse mês e as mexidas começaram, admito que não acreditamos quando mexeu pela primeira vez. — Você ainda concordou que iria arrumar, obviamente não me ouviu porquê estava jogando.

— Desculpa, amor. — Se levantou ajeitando o bermuda de dormir. Seus braços me rodearam e beijos foram distribuídos em meu rosto. — Eu vou limpar tudo, beleza? Não se preocupa, me desculpa mesmo, princesa, eu não prestei a atenção.

— Tudo bem, mas não esquece mesmo de limpar. — Ele concordou me dando um selinho. — A menina da decoração vai chegar daqui a pouco, minha avó está vindo para começar o almoço.

— Beleza, vou só tomar um banho rapidinho e começo a arrumar. — Concordei sentindo ele beijar a minha barriga.

Juan foi até o banheiro, saí do quarto e decidi passar no do Samuel, abri a porta vendo o quarto também uma bagunça, a mistura de papéis de presente jogados pelo chão e brinquedos.

— Igualzinho ao pai. — Neguei suspirando. Samuel estava esparramado na cama com a boca aberta, o cobri melhor e saí do quarto.

Coloquei um café para passar e peguei um Danone, me encostei na bancada da cozinha enquanto comia o mesmo e ouvi meu celular tocar, peguei o mesmo achando ser a menina da decoração mas era meu irmão, atendi ouvido sua voz.

— Bom dia, gatinha.

— Bom dia, gatinho. Acordou cedo. — Joguei a embalagem do danone fora.

— Precisei mandar um exame para um paciente e resolvi te ligar, vi que visualizou no grupo a mensagem de ontem. — Riu. — Como que está por aí?

— Uma bagunça. — Ri baixo olhando ao redor. — Mas vai dar tudo certo, eu espero.

— Vai dar sim, relaxa. Estava pensando em ir para aí logo, estou sem nada para fazer aqui e aproveito para ajudar vocês.

— Ai, Leo, por favor. Vai ajudar muito. — Falei aliviada. — A casa está uma loucura, a vovó está vindo fazer o almoço mas eu preciso organizar tudo, trocar o Samuel e me trocar.

— Pode deixar que estou indo ajudar vocês, precisa comprar alguma coisa?

— Bebidas, se puder adiantar isso eu vou agradecer, depois eu te passo o Pix.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora