Capítulo 17

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Juan de Oliveira Cardoso.

03 de julho — 07:40
Segunda-feira.

     Acordei assustada com o barulho do despertador, me estiquei desligando o mesmo e senti minha cabeça doer, gemi de dor e escutei uma risada baixa, abri os olhos devagar e Isadora me olhava, a mesma estava acordada amamentando o Samuel.

— Bom dia, senhor ressaca. — Falou divertida. Choraminguei enterrando minha cabeça no travesseiro. — Sabia que ficaria assim. — Senti suas unhas passarem por minhas costas. Bocejei olhando para a mesma.

— Bom dia. — Murmurei fechando um pouco os olhos. — Nunca mais bebo no domingo, pode acreditar.

— Acredito sim. — Ela riu. Olhei ao redor vendo um desenho qualquer passar na televisão.

— Que televisão é essa?

— Minha avó me deu de presente. — Falou, tirando o Samuel do peito, pivete estava dormindo já. — Samuel acordou tem uma hora, não sei como não acordou com o choro dele. — Pôs o Samuca do seu lado na cama.

— Acordei no susto. — Me sentei coçando a barba, Isadora sorriu deitando a cabeça em minha perna, me abaixei beijando sua cabeça. — Dormiu bem? — Perguntei passando os dedos pelos seus fios de cabelos.

— Sim, muito bem e você?

— Apaguei. — Sorri. — Preciso me arrumar. — Fiz um bico. Ela sentou na cama, prendendo o cabelo em um coque.

— Vou na padaria comprar um pão rapidinho. — Se levantou. Fiz o mesmo procurando minha mochila. — O que está procurando? — Perguntou pegando uma roupa.

— Minha mochila.

— Você deixou na sala.

   Eu agradeci saindo do quarto, peguei a roupa do trabalho e minhas coisas, fui para o banheiro com a babá eletrônica e tomei um banho rápido, me vesti e voltei guardado tudo na mochila de novo, Isadora não tinha voltado ainda. Procurei as coisas para passar um café, quando achei, coloquei a água para ferver no fogão.

   Mandei uma mensagem para minha mãe perguntando como elas estavam, não demorou para me responder e conversei um pouco com ela até Isadora voltar.

— Pão está quentinho. — Ela falou animada colocando a sacola na mesa. Peguei a garrafa térmica pondo no meio.

— O cheiro está muito bom. — Dei um cheiro nela.

— O meu ou do pão? — Brincou. Eu ri contra o pescoço dela.

— O seu. — Beijei seu ombro. — Mas o cheiro do pão está bom também.

— Acabou de sair, demorei um pouco porquê estava esperando ficar pronto. — Entreguei a babá eletrônica para ela. — Obrigada. — Ela foi até a geladeira, Isadora pegou o pote com as comidas de ontem e pôs na mesa junto. — Quando tempo você ainda tem?

— Meia hora. — Peguei um pão na sacola, tinha mortadela também. — Vai trabalhar hoje?

— Vou, daqui a pouco. — Colocou um salgadinho na boca e abriu a manteiga. — Sua dor de cabeça passou?

— Não.

— Tem remédio de dor de cabeça, antes de ir toma um. — Concordei.

    Tomamos café conversando, sentia falta disso com ela. Escovei meu dente e passei no quarto para dar um beijo no Samuel, o pequeno estava despertando, cheio de preguiça.

— Que preguiça, Samuca. — Me deitei do lado dele. Samuel sorriu se virando no colchão para a minha direção, trouxe ele para meu peito e o abracei, enchendo-o de beijos. — Você está muito esperto, carinha, da última vez que eu te vi você não estava elétrico assim. — Ele tocou meu rosto, tentando subir encima de mim. — Você tem oito meses mesmo, cara? — Ri colocando ele sobre minha barriga.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora