Capítulo 56

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Isadora Diniz Cardoso.

01 de fevereiro - 09:01
Sábado.

  Acordamos agitados com a correria de organizar tudo para o dia do irmão mais velho, ontem eu fiquei com tanta dor que não conseguimos sair para comprar as coisas, Juan foi durante a noite comprar o que o Samuel gosta para o café da manhã e algumas besteirinhas para montar a bandeja. Nosso garotinho ontem foi dormir todo bobo, ansioso para chegar o dia de hoje.

— Aonde eu coloco isso, amor? — Juan perguntou com a bandeja de sonhos nas mãos.

— Coloca dentro do potinho de coração, o azul. — Ele concordou colocando aonde eu falei. — Não sei se coloco o m&m agora ou deixo para depois, já tem doce demais. — Encarei a bandeja em andamento.

— Deixa para depois, princesa, para depois do almoço ou lanche. — Eu assenti colocando no armário de cima, se deixar no alcance do Samuel ele pega e come.

   Terminamos de montar a bandeja e ficou lindo, colocamos uma fatia do bolo de cenoura que minha sogra trouxe ontem quando ele já estava dormindo, pães de queijo, o sonho de doce de leite, enroladinho de presunto e queijo, suco de laranja, e Toddynho caso ele queira.

— Falta alguma coisa. — Juan encarou a bandeja. — Já volto. — Beijou minha barriga e saiu correndo da cozinha, franzi o cenho confusa e fiquei organizando a bagunça de embalagens enquanto ele não voltava. — Pronto. — Entrou com as cabeças do homem aranha imprimidas em um papel, e uma tesoura nas mãos. — Vou cortar e colar com fita pela bandeja.

— Boa ideia. — Sorri passando a mão em minha barriga. Já está dura e pensado tanto, ficou ainda mais baixa e sendo sincera, eu acho que ela nasce por esses dias, as dores aumentaram bastante e não acho mais que sejam tão de treinamento.

   O ajudei a cortar as cabeças do boneco e colamos pela bandeja, sorri querendo chorar e meu marido riu me abraçando.

— Já vai chorar, baixinha? — Me deu um cheiro.

— Sinto que falta tão pouco para termos nossos filhos juntos.— Funguei coçando os olhos. — Estou com medo disso não resolver o receio do Samuel.

— Sumir não vai, meu amor, mas vamos fazer de tudo para ele não se sentir assim, tudo bem? — Concordei dando um sorriso de lado. — Vamos? Senão daqui a pouco ele acorda e não tem a surpresa do café na cama.

— Vamos. — Ajeitei meu short de pijama.

    Em silêncio nós fomos até o quarto do Samuel, abri a porta devagar e o mesmo estava dormindo tão bem, fiquei até com pesa de acorda-lo. Me aproximei de seu corpo pequeno e me sentei ao seu lado, passei a mão no rostinho dele acariciando.

— Filho, vamos acordar? Seu dia já começou. — Dei um cheiro nele. Samuel se remexeu despertando, quando nos viu ele abriu um sorriso preguiçoso. — Bom dia, meu amor.

— Bom dia, mamãe. — Murmurou rouquinho.

— Bom dia, meu pivete. Olha o que a mamãe, a Soso e o papai fizeram para você. — Juan sentou ao meu lado. Nosso filho abriu a boquinha surpreso, olhando para a bandeja de café da manhã.

— Homem aranha! — Exclamou animado ficando de joelhos na cama. — Obrigado. — Nos abraçou apertado. Eu sorri o enchendo de beijos.

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