Isadora Diniz Cardoso.
11 de setembro — 06:50
Quarta-feiraParei o carro em frente a escola deles, hoje eu trouxe já que Juan não está cem por cento ainda.
— Vamos, meus amores. — Me virei para os dois. Samuel não está com um bom humor hoje, acordou chorando para não vir para a escola e o bico se faz presente ainda. — Vai ficar com esse bico, filho? — Segurei o riso passando a mão no rosto dele.
— Vou. — Cruzou os braços emburrado. Neguei saindo do carro e abri a porta.
— Que bobeira, Samuca, hoje tem parquinho. — Julinha negou saindo com sua mochila.
— Viu, amor, você vai brincar hoje. — O ajudei a descer. — A mamãe já vai voltar para te buscar e vamos almoçar na vovó.
— Mamãe... — Ele falou manhoso, os olhinhos encheram de água. — Não quero ir. — Fungou coçando os olhos, suspirei pegando ele no colo.
— Tem que ir, meu amor, o tempo vai passar rápido. — Encostei minha cabeça na sua. — Quando você menos esperar a mamãe vai estar aqui, tá bom? — Ele negou abraçando meu pescoço.
Suspirei dando a mão para a Julia e caminhamos até o portão da escola, entrei com eles, deixei a Julia na sua sala e fui para a do Samuel. O mesmo começou a chorar ainda agarrado comigo, partiu meu coração.
— Amor... — Suspirei acariciando o rostinho dele. — Olha lá seus amiguinhos, estão querendo brincar com você, não vai brincar com eles? — Samuel negou escondendo o rosto em meu pescoço.
— Meu príncipe hoje está chorando? — A professora Giovana apareceu na porta sorrindo. Ela é uma amor de pessoa, se formou recentemente e é uma professora incrível.
— Ele não está querendo ir hoje, tia Gi.
— Por que? Poxa, a tia Gi preparou uma caça ao tesouro para hoje. — Falou baixo fazendo o Samuel olhar para ela ainda chorando. — Mas não conta para ninguém, é um segredo nosso, tudo bem? — Meu garotinho concordou coçando o olho. — Da um beijo na mamãe e vamos lá, seus amigos estão esperando por você.
— A mamãe te ama, tá bom? — Beijei sua cabeça. — Daqui a pouco a mamãe volta, não precisa chorar. — Sequei seu rosto. — Boa aula, filho.
— Tchau, mamãe. — Ele falou amuadinho indo para o colo da professora, agradeci a mesma entregando a mochila dele e esperei os dois entrarem.
Sai da escola e entrei no carro, passei no mercadinho perto de casa para comprar algumas coisas para a macarronese que vou fazer para o almoço e fui embora.
Entrei vendo o Juan deitado no sofá, agarrado com um cobertor. Me aproximei beijando sua cabeça e ele me olhou sorrindo preguiçoso.
— Bom dia, amor. — Falei deixando a chave do carro na mesa junto com as sacolas. — Como você está?
— Bom dia, princesa. Um pouco melhor. — Se espreguiçou. — Ainda com dor de cabeça mas o enjôo passou.
— Graças a Deus. — Sorri vendo o mesmo de braços abertos, deitei ao seu lado sentindo beijos em meu pescoço e barriga. — Samuel chorou hoje quando acordou e para entrar na sala, não queria ir de jeito nenhum.
— Do nada? Sem motivo? — Perguntou confuso.
— Sim, talvez por ver que você não está muito bem, sabe como ele fica quando alguém está doente. — Juan concordou deitando a cabeça em meu peito, levei meus dedos até seu cabelo, começando um cafuné. — Hoje tem o almoço na sua mãe.
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Amor que cura
Romance"Um dia alguém vai chegar, o amor que cura Me abraçar e me segurar, só não me segura Me mostrar que ainda vale amar e cumprir a jura De ficar e não abandonar da forma mais pura..." Depois de ser abandonada por quem mais deveria amá-la e sofrer u...