Isadora Diniz Cardoso
11 de agosto - 08:12
Sexta-feiraLevantei tem um tempo já, Samuca entrou em horário normal da escola então aproveitei o embalo para me arrumar. Juan o levou e agora está lá encima adiantando a obra, sempre que ele pode está lá trabalhando.
Acabei de sair do banho, não molhei o cabelo para facilitar. Coloquei um short jeans, uma regata e calçei uma rasteirinha, está calor hoje e não estou funcionando nesse clima. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo baixo e deixei uns fios soltos na frente, fiz uma maquiagem básica, passei hidratante, perfume, desodorante e pus acessórios.
Arrumei a minha bolsa e deixei no sofá, subi as escadas procurando pelo Juan e o encontrei no segundo quarto. Fizemos dois aqui encima, um banheiro e tem uma varanda que dá para a rua.
— Que gata. — Ele sorriu me olhando. O mesmo estava cheio de pó, descobri que lixar parede não é divertido como eu imaginava. — São que horas?
— Vai dar nove e dez.
— Vou passar uma água no corpo rapidinho e te deixo lá. — Concordei.
Nós descemos juntos, Juan foi para o quarto e eu aproveitei para estender as roupas que estavam na máquina. Estendi rapidinho e o Juan voltou já arrumado, estava lindo com uma calça preta, tênis da Nike e a blusa também da marca.
— Eu me casei com um gato, dei sorte. — Sorri vendo o mesmo se aproximar de mim, o perfume chegou primeiro que ele. Uma delícia. — Cheiroso.
— Obrigado, tem sorte mesmo, me ter é para poucos. — Beijou meu pescoço. Senti meu corpo ficar quente com suas mãos apertando minha cintura.
— Acho melhor nós já irmos, antes que eu mude de ideia. — Murmurei me afastando dele. Escutei a risada do Juan enquanto pegava minha bolsa.
— Vamos, princesa. — Ele bateu em minha bunda. Ri saindo na frente e o mesmo trancou a casa.
Juan me deixou no prédio e seguiu para a escola, conseguia ver a sua animação de longe. Passei no primeiro piso para pegar meus exames e subi para o andar do meu médico, já estou fazendo acompanhamento com ele há dois anos, é um ótimo médico.
— Bom dia. — Desejei as recepcionistas.
Como não sou boba nem nada, fui até a copa e peguei um chocolate quente, essas máquinas são incríveis. Não precisei esperar muito para ver meu nome no monitor, joguei o copo no lixo e caminhei até a sala, escutei risadas vindo da mesma e antes de eu bater, a porta se abriu me fazendo dar um passo para trás.
— Sai daqui logo, Leonardo. — Escutei a voz do doutor Antônio. A primeira vez que eu ouvi esse nome achei que era um homem de idade, mas não, ele tem vinte e oito anos.
— Já vou, ué. — O homem que abriu a porta me olhou ainda sorrindo, mas parou parecendo surpreso.
O mesmo era alto, moreno, cabelo castanho, olhos claros, bigode e cavanhaque. Por incrível que pareça ele não me é estranho mas não consigo lembrar de onde o conheço, talvez já tenha o visto por aqui e não me lembro.
— Entra, Isadora. — O doutor Antônio falou aparecendo na porta.
— Bom dia, licença. — Falei ao homem na minha frente.
— Bom dia, desculpa — Ele me deu passagem. — Depois falo com você melhor. — Olhou para o doutor Antônio, ele concordou estranhando.
— Bom dia, Isadora, demorou para vir esse ano, ein. — Sorri me sentando, ele deu a volta na mesa fazendo o mesmo.
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Amor que cura
Romance"Um dia alguém vai chegar, o amor que cura Me abraçar e me segurar, só não me segura Me mostrar que ainda vale amar e cumprir a jura De ficar e não abandonar da forma mais pura..." Depois de ser abandonada por quem mais deveria amá-la e sofrer u...