Juan de Oliveira Cardoso.
30 de julho — 13:55
Domingo.Estávamos dando uma volta no shopping, comprei uns doces para as minhas irmãs e estava pensando em ver logo um presente para o Samuca de nove meses, dia 2 já está logo aí.
— Amor. — A chamei, Isadora estava olhando algumas maquiagens em uma loja, tinha escolhido duas coisas já que eu não faço a mínima ideia para que servem.
— Oi. — Me olhou.
— Depois bora lá passar na loja de brinquedo, quero comprar o presente do Samuca.
— Presente do que? — Franziu o cenho.
— Do dia dois, ué, já está logo aí, se eu deixar para depois talvez não consiga tempo para comprar.
— Não precisa de presente, amor, está tudo tão caro, ainda mais no shopping. — Eu neguei abraçando a cintura dela.
— Eu quero dar um presente para ele, baixinha, tem k.o com preço não. — Beijei seu rosto. — Se bobear compro um carro de controle remoto. — Brinquei fazendo ela rir.
— Com a certeza que ele vai quebrar, né? Samuca não tem idade para isso, homem.
— E quem disse que era para ele? A desculpa é essa mas é meu. — Pisquei para ela que riu novamente. Estou aliviado em vê-la assim, animada e sem pensar no que está acontecendo ao redor.
Isadora comprou as coisas dela de maquiagem e saímos empurrando o carrinho a procura de uma loja de brinquedo. Não venho muito nesse shopping, não sei lugar de nada. Um resmungo no carrinho fez a nossa atenção ir para o Samuel, paramos de andar o olhando, o mesmo estava acordando e começou a chorar.
— Já acordou, filho? — Ela pegou ele no colo. Samuca deu uma soluçada, encarando ao redor ainda meio choroso.
— E aí, papai. — Dei um cheiro nele. Samuel resmungou escondendo o rosto no pescoço da mãe. — Manhoso. — Sorri entregando a chupeta para a Isadora.
— Não quer muito papo. — Isa riu dando a chupeta para ele. — A fralda está cheia.
— Vamos lá trocar então. — Isadora concordou indo na frente. Fui seguindo ela enquanto empurrava o carrinho, assim que chegamos no berçário já demos de cara com o Gustavo e a família dele saindo de lá. — Ih ala, não era tu que não gostava de shopping? — Zoei o mesmo que riu fazendo toque comigo.
— Tenho que fazer as vontades da patroa, né?! — Deu de ombros. Ele cumprimentou a Isadora e eu a mulher dele, apresentando elas e as crianças. — E aí, carinha. — Ele sorriu passando a mão nas costas do Samuel, o pequeno o olhou curioso.
— Acabou de acordar. — Isadora falou olhando para o nosso pivete.
— Essas aqui também. — A mulher do Gustavo falou, passando a mão no cabelo das meninas. Ele tem duas de dois anos e um de seis.
— É, parceiro, nenhum puxou a você mesmo. — Toquei seus ombros.
— Não te disse? Já falei que vou fazer o quarto filho que aí vai vir minha cara.
— Você não é nem maluco. — A mulher dele o olhou de canto. Eu ri com a Isadora.
— Vai achando que não. — Sorriu recebendo um tapa na nuca. — Ai, Andressa, eu estou brincando, cara.
— Acho bom mesmo, três está de bom tamanho. — Negou. Eu ri achando graça da cara que ele fez.
— Está rindo do que? Tu também não teve sorte, cara. Teu filho é a cara da mãe. — Isadora me olhou, talvez esperando que eu falasse a verdade mas eu não ia fazer isso, Samuel é meu filho independente de sangue.
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Amor que cura
Romansa"Um dia alguém vai chegar, o amor que cura Me abraçar e me segurar, só não me segura Me mostrar que ainda vale amar e cumprir a jura De ficar e não abandonar da forma mais pura..." Depois de ser abandonada por quem mais deveria amá-la e sofrer u...