Capítulo 35

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Isadora Fonseca Diniz.

28 de outubro — 11:23
Sábado.

— Filho, aí não. — Falei vendo o Samuel se debruçar no raque, tentando pegar o arranjo de suculenta. — Samuel!

   Ele choramingou batendo as mãozinhas na madeira, neguei indo até o mesmo e afastei a planta.

— Vamos tomar um banho? Daqui a pouco o papai vem buscar a gente. — Dei um cheiro nele. Acabei de fazer a macarronese, fiz do jeito que Juan ama. Bastante linguiça toscana desfiada, milho, ovo cozido e cenoura ralada, está uma delícia.

    Fui com o Samuel para o banheiro, tirei a roupinha dele e dei banho no chuveiro mesmo, agora com o ele andando e mais durinho é melhor, na banheiro está quase impossível.

   Enrolei o mesmo na toalha quando terminei, coloquei uma roupa de moletom nele já que está chovendo e arrumei seus cachinhos.

— Que lindo, meu amor, olha aqui para a mamãe. — Sorri fazendo gracinha para ele rir na foto. Quando consegui algumas boas, postei nos storys e mandei para o Juan. — Pronto, agora a mamãe precisa tomar banho. — Dei um cheiro nele.

    Deixei o Samuel no berço com alguns brinquedos, liguei a babá eletrônica e peguei minha toalha indo para o banheiro. Tomei um banho rápido, sempre de olho no bebê elétrico no quarto, me vesti com uma calça jeans preta e um moletom do Juan, meu preferido, deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem básica. Arrumei nossas coisas e peguei meu celular vendo ter uma mensagem do Juan, o mesmo avisou que já estava vindo.

    Peguei o Samuel no colo junto com sua girafa de pelúcia, coloquei a bolsa nas costas e com a outra mão livre eu peguei a travessa com a macarronese. Me virei nos trinta para trancar a casa e abrir o guarda-chuva, sorri ao ver Juan virando a esquina, não me incomodo de andar até lá, são dez minutos, é rapidinho.

— Olha o papai, filho. — Sorri caminhando até o mesmo. Quando Samuel viu o pai, começou a gritar pelo mesmo e se remexer em meu colo.

    O coloquei no chão quando estávamos perto do Juan, nosso filho andou desengonçado até o pai que o pegou, distribuindo beijos pelo mesmo.

— Que animação, filho. — Juan riu abraçando o mesmo apertado. — Está cheiroso. — Samuel sorriu dando um beijo babado no Juan. — E aí, minha princesa. — Me puxou para o abraço, deixando um beijo rápido em meus lábios. — Também está cheirosa.

— Obrigada. — Sorri lhe dando um selinho.

— Conheço esse moletom, ein. — Falou divertido.

— Conhece? Apareceu lá em casa do nada, acredita? — Me fiz. Juan riu pegando a bolsa dos meus ombros.

— Acredito, pô. — Sorriu. Começamos a andar.

— Olha o que eu fiz. — Abri a tampa da travessa, Juan aumentou o sorriso roubando um macarrão. — Ei!

— Não resisti. — Riu dando de ombros. — Está uma delícia, amor.

— Que bom que gostou. — Sorri.

   Fomos o caminho conversando, assim que chegamos lá, Juan deixou os guarda-chuvas secando na garagem e entramos, dona Teresa estava na cozinha e as meninas no sofá.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora