Isadora Fonseca Diniz.
2 de abril — 15:59
Domingo.Ainda não consigo acreditar que eu e o Juan nos beijamos, não sei o que deu em mim em fazer isso. Claro, o beijo foi incrível, parecia que tínhamos uma conexão enorme ali e que não havia mais ninguém na sala, mas agora eu não sabia com que cara olhar para ele.
Me sentia nervosa ao seu lado, ainda mais agora. As meninas estavam ao meu lado se provocando, eu fiquei mais na minha, com a cabeça cheia de pensamento sobre o beijo.— Humm... — Olhei para o Samuel assim que o ouvi reclamar, ele estava choramingando olhando para o Juan que estava no banco da frente, conversando com o moço.
— O que foi, meu amor? O tio Juan está conversando. — Sussurrei para o mesmo enquanto o ajeitava em meu colo. Não adiantou de muito, Samuel começou a chorar, atraindo a atenção do Juan e das meninas.
— O que foi, carinha? — Juan perguntou olhando para ele.
— Está querendo você. — Falei ficando envergonhada com seu olhar intenso sobre mim.
— Vem cá. — Se esticou pegando o Samuca, na mesma hora meu filho parou de chorar e deu um sorriso encarando o Juan. — Coisa linda. — Sorriu beijando o Samuca.
— Filho de vocês? — O moço perguntou sorrindo.
— Ah não, somos só amigos. — Me apressei em falar.
— Se eu fosse o pai, a mãe ficaria com ciúmes por ele preferir a mim. — Juan brincou me olhando. Ergui as sobrancelhas achando graça e as meninas riram com o moço.
— E é assim que tudo começa. — Bia cantarolou baixo. Olhei para a mesma que fingiu não ver.
Deitei minha cabeça na janela do carro e suspirei, pensando em como seria daqui para frente. Não quero que fique um clima estranho, gosto da amizade do Juan mas é como eu disse, algo nele me deixa nervosa, ansiosa, não sei explicar, é diferente de tudo que eu já senti.
Rapidinho estávamos em casa, Juan pagou o moço sem ao menos deixar eu dividir a corrida, agradecemos a ele e eu abri o portão, a casa dos meus tios estava trancada, olhei para a casa do tutu e a porta estava aberta, deduzi que eles estavam lá.
— Tutu! — Chamei, não demorou para meu primo aparecer sem camisa e com um copo de cerveja na mão.
— Sobe aí, doca Chica comprou pão e mortadela. — Falou. — Juan veio contigo? Estou com um negócio dele aqui.
— Estou aqui. — Juan apareceu atrás de mim. Me arrepiei ao sentir seus dedos nas minhas costas nua. — Tem café aí?
— Para de ser sem educação, Juan. — Bruna deu um peteleco nele.
— Tem pô. — Heitor riu. — Sobe aí também.
Peguei o Samuel no colo e subimos, deixei meu chinelo na porta e entrei, não vi ninguém na sala, a porta da varanda estava aberta então imaginei que estavam lá.
— Está calor aqui dentro, vão lá para trás, vou pegar teu negócio, Juan. — Heitor falou depois de beijar minha cabeça e dar um cheiro no Samuel.
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Amor que cura
Romance"Um dia alguém vai chegar, o amor que cura Me abraçar e me segurar, só não me segura Me mostrar que ainda vale amar e cumprir a jura De ficar e não abandonar da forma mais pura..." Depois de ser abandonada por quem mais deveria amá-la e sofrer u...