"Um dia alguém vai chegar, o amor que cura
Me abraçar e me segurar, só não me segura
Me mostrar que ainda vale amar e cumprir a jura
De ficar e não abandonar da forma mais pura..."
Depois de ser abandonada por quem mais deveria amá-la e sofrer u...
— Filho, não faz isso. — Neguei tirando o meu chinelo da boca do Samuel. Ele me olhou irritado tentando pegar de novo. — Samuel! — Fui mais séria, o menino começou a chorar se jogando para trás, por sorte estava sentadinho ao redor de várias almofadas. — Que coisa feia fazendo birra. — Neguei.
Samuel hoje acordou irritado, esses dentes nascendo são terríveis, passei a noite aliviando a gengiva dele e nada dele dormir. Estou cansada mas preciso cuidar da casa, fazer almoço e cuidar dele.
— Dorinha! — Escutei a voz da minha avó, suspirei aliviada indo até o portão. Como sempre ela estava toda arrumada, maquiagem e cabelo feito.
— Graças a Deus, vó. — A abracei.
— Por que esse menino está chorando desse jeito? — Entramos. Samuel continuava a chorar enquanto se virava pelo tapete. Peguei o mesmo no colo o ninando.
— Hoje está complicado, vó, Samuel com os dentes nascendo está ficando irritado, não dormiu bem durante a noite e agora fez birra porquê tirei o chinelo da boca dele.
— Essa fase dos dentes é horrível mesmo, minha filha.
— Só de pensar que esse é o primeiro dente de muitos, me dá até arrepios. — Fiz uma careta, minha avó riu negando. — Estou tentando arrumar a casa mas está difícil.
— Vai lá fazer suas coisas, vou dar um banho nele na borracha. Tem bacia aí? — Pegou o Samuel do meu colo.
— Tem, vou pegar. — Fui até o armário, peguei a bacia e uns brinquedos de banho do Samuca. — Aqui. — Entreguei para a minha avó. — Obrigada, vó.
— Que isso, minha filha, vou amar relembrar os tempos com esse garotinho aqui. — Deu um cheiro no Samuca que já estava mais calmo, apenas soluçava mordiscando a mãozinha.
— Vou tirar leite e fazer mais dos picolezinhos para ele.
Ela concordou indo para o quintal com ele, aproveitei que minha avó cuidaria do Samuel para colocar a casa em ordem. Tirei o pó de tudo, varri e passei pano, na cozinha eu lavei a pia e o fogão, a geladeira eu organizei e fui para os quartos, por último fiz o banheiro e estava acabada. Peguei meu celular para ver o horário e ia dar meio dia, na mesma hora uma mensagem do Juan aparaceu fazendo meu coração palpitar.
Desde quinta eu venho involuntariamente me afastando um pouco, mesmo com tudo que Jana e o tutu me falaram, ainda fico confusa e com medo de todas essas mudanças, automaticamente minha mente trava e eu não consigo agir como antes e isso está acabando comigo, porquê ao mesmo tempo que eu quero responder ele, ficar horas conversando, toca-lo, eu também tenho vontade de me trancar em casa e me isolar, para evitar qualquer coisa.
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