Capítulo 25

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Juan de Oliveira Cardoso

28 de julho — 08:00
Sexta-feira.

    O dia de ontem foi tenso, fazia tempo que Bruna não tinha essas crises e eu nunca na minha vida imaginei que o Tiago ia ser tão filho da mãe ao ponto de fazer isso. Quando eu cheguei em casa do trabalho a Isadora estava ajudando as meninas em algum trabalho enquanto minha mãe e Julia mimavam o neto. Não preciso nem dizer que as mulheres dessa casa piraram com o fato de estarmos namorando e agora o Samuel ser meu filho, né? Dona Teresa já falou que vai bordar uma toalhinha com o nome do Samuel igual ela fez para nós quatro quando bebês.

— Bom dia, filho. — Minha mãe apareceu na cozinha com a Julia no colo.

— Bom dia, Juju.

— Bom dia, senhoras. — Beijei a cabeça das duas. — Por que tão cedo acordada? — Encarei a Julinha.

— Teve pesadelo. — Minha mãe falou pegando um danone para a Julia. — Vocês vão no bar do Figueira hoje?

— Acho que sim, mãe, a senhora vai? — Terminei de fazer meu pão.

— Não sei, Julinha estava querendo brincar com o Samuca. — Sorriu. Olhei para a garotinha em seu colo que comia o danone animada. — Minha nora vai levar o Samuel?

— Ela disse que vai. — Confirmei. — Vamos lá mais tarde para vocês brincarem um pouco, beleza, Julinha?

— Beleza. — Fez um joinha e eu ri dando um cheiro nela.

— As meninas vão para a escola hoje? Não vi elas pela casa ainda.

— Achei melhor não, Bruna ainda está se culpando por ontem e a Bia, ah você sabe, filho. — Suspirou.

— Sei. — A abracei. — Melhor deixar elas em casa hoje mesmo, segunda é um novo dia. — Minha mãe concordou.

  Terminei de tomar meu café da manhã, escovei os dentes e sai de casa. Cheguei no trabalho a tempo por um milagre, o trânsito hoje estava terrível, falei com o pessoal e já comecei a trabalhar, quanto antes eu terminar, mais cedo vou para casa.

Isadora Fonseca Diniz.
11:11

     Coloquei o feijão no fogo e mexi a abobrinha, Samuca está brincando em meus pés com uma colher de pau e uma panela, ele ama. Hoje vamos no bar do Figueira mais tarde, estou animada.

     Enquanto o feijão estava no fogo eu terminei as outras coisas rapidinho e decidi dar um banho de borracha no Samuel lá fora, está tão calor hoje. Peguei uma bacia grande que eu tenho e tirei a roupa dele o deixando sem nada, estamos apenas nós dois e é até mais confortável para ele.

— Vamos lá tomar um banho de bochecha, filho. — Dei um cheiro nele.

    Coloquei a bacia embaixo da árvore e a enchi, Samuel começou logo a mexer os bracinhos na água, estava todo bobo.

— Que água gostosa, meu amor. — Joguei um pouco na cabeça dele. — A mamãe queria ter uma bacia dessas também. — Ri fazendo ele me olhar sorrindo, aqueles dentinhos me derretem toda.

    Gravei um pouco ele e mandei para ele no grupo da minha família e para o Juan. Não demorou para eu receber uma mensagens da Janaína.

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