Capítulo 21

1.3K 58 25
                                    

Juan de Oliveira Cardoso.

19 de julho — 08:13
Quarta-feira.

Acordei com som de tampas de panela em meu ouvido, sentei no sofá assustada e as quatro na minha frente riam e cantavam parabéns. Cocei os olhos tentando me localizar e lembrar por que disso tudo.

— Feliz aniversário, Juju! — Julia me abraçou apertado. Retribuí beijando sua cabeça.

— Obrigado, princesa. — Sorri ainda sonolento. Senti minhas gêmeas entraram no abraço e eu fiz o mesmo com elas.

— Parabéns, Juju. — Desejaram. Agradeci recebendo também o abraço da minha mãe.

— Feliz aniversário, meu amor, que Deus te abençoe sempre, filho. Amo você. — Beijou minha cabeça.

— Amém, mãe, também amo a senhora. — Sorri. — Que susto, esqueci até que era meu aniversário. — As quatro riram.

— Tem bolinho, Juju. — Julia apontou para mesa, tinha um bolo daqueles de padaria.

— Que delícia, princesa. — Sorri. — Vou no banheiro rapidinho e já venho, beleza? — Elas concordaram.

   As meninas sentaram no sofá ao lado, fui no banheiro rapidinho e quando voltei minha mãe tinha arrumado a mesa agora também com pão, manteiga, presunto e o café.

— É formigueiro igual você gosta. — Bia falou.

— Gosto mesmo. — Me sentei com elas.

— Agora o parabéns. — Minha mãe colocou um fósforo no bolo. Eu ri.

   Ela acendeu o fósforo e começaram a cantar parabéns, eu estou feliz por estar com elas, não me importo de terem me acordado, sei que minha mãe gosta de falar com a gente antes de trabalhar, de dar parabéns e abençoar como todos os anos. Eu apaguei a "vela" e minha mãe orou, cortei o primeiro pedaço de bolo e as gêmeas sorriam vendo a Julinha ansiosa para comer o bolo.

— Eu acho que esse ano o primeiro pedaço deveria ser meu. — Bruna apoiou o rosto nas mãos.

— Que mentira, deveria ser meu. — Beatriz falou a olhando.

— Eu acho que deveria ser para mim, afinal, eu sou a mãe de vocês. — Minha mãe falou dando de ombros.

— Hum... estou confuso para quem dar o primeiro pedaço. — Fingi pensar. — Vou dar para a Julinha. — Sorri estendendo o prato em sua direção

— Eu? — Arregalou os olhinhos. — Obigada, Juju. — Ela correu para me abraçar. A peguei em meus braços e a apertei, enchendo de beijos.

— De nada, meu amor. — Beijei sua cabeça. Ela voltou para a cadeira, já comendo um pedaço do bolo. — Está gostoso, vida? — Julia concordou. Sorri cortando os outros pedaços e os entreguei para as meninas e minha mãe. — Pronto, agora podemos comer senão dona Teresa vai se atrasar. — Peguei o meu.

— Tenho um tempinho ainda. — Colocou café para nós. — Vai que horas para a casa da Isa, filho? Queria saber se daria para vir almoçar com você ou não.

— Combinei com ela quatro e meia, mãe, da tempo da senhora vir sim. — Falei. — Vou comprar um frango assado para poupar tempo, não estou a fim de ficar na cozinha hoje.

— Eu amo frango assado. — Bia me olhou rápido. — Pode tentar comprar o salpicão? — Concordei vendo ela comemorar.

    Nós tomamos café com as meninas falando pra caraca, estavam animadas. Ambas não tinham aula e as gêmeas combinaram de levar a Julia na praça mais tarde, pensa na animação da garota. Minha mãe foi trabalhar e eu arrumei a bagunça do café da manhã com a ajuda delas, Beatriz estava ensinando a Julia a lavar louça, a menina estava amando, quero ver quando isso virar uma obrigação.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora