Capítulo 27

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Isadora Fonseca Diniz.

30 de julho — 08:12
Domingo.

     Estou acordada a uns minutos, criando coragem para me levantar. Essa noite foi difícil, tive pesadelos com o Ricardo e preferi não incomodar o Juan que dormia tão bem, apenas fiquei encolhida os abraçando, esperando todo o caos da minha mente se acalmar.

    Me levantei devagar para não acordar meus meninos, fui para o banheiro e fiz o que tinha que fazer, já na cozinha, pus a água do café para ferver e suspirei vendo meu reflexo pelo microondas.

Estou péssima.

    Enquanto a água fervia, eu arrumei a mesa e criei coragem para pegar meu celular, tinha mensagem dos meus tios, da dona Teresa e da Yasmin. Respondi a mesma primeiro já que é minha chefe, imaginei que poderia ter algo de errado mas ela estava preocupada, Janaína explicou para ela o que aconteceu e ela me deu a semana livre, agradeço a minha amiga por isso pois não teria cabeça alguma para trabalhar agora.

   Estava distraída com as mensagens quando um barulho me fez dar um salto da cadeira assustada, encarei o corredor e meu coração se acalmou ao ver Juan com o rosto amassado e o cabelo bagunçado. Eu sorri deixando o celular de lado assim que ele me notou.

— Bom dia, dorminhoco. — Falei quando o mesmo se aproximou, Juan abraçou meus ombros, deixando um beijo na minha cabeça.

— Bom dia, princesa. Dormiu bem? — Assenti mordendo a bochecha, Juan me analisou erguendo uma das sobrancelhas. — Não dormiu, não é? Está na sua cara.

— Não. — Suspirei sorrindo fraco. — Mas não precisa se preocupar.

— Como não? Poderia ter me chamado, amor. — Se sentou ao meu lado. — O que houve? Crise de Pânico de novo? — Perguntou analisando cada parte do meu corpo, seu olhar de preocupação fez um quentinho aparecer em meu coração.

Juan é tão diferente.

— Pesadelos. — Arrumei seu cabelo. — Não ajeitou o cabelo quando foi ao banheiro? — Ri beijando sua bochecha. Juan sorriu preguiçoso negando.

— Só fiz minhas coisas e vim te procurar, o cabelo eu deixo para depois. — Me deu um selinho demorado. — Acho que vou comprar um pão. — Se levantou. — Tudo bem para você? Se não se sentir segura eu peço o Heitor para comprar. — Neguei

— Sim, pode ir tranquilo. — Sorri de lado, me levantando para terminar o café.

— Vou trocar de roupa. — Ele ia caminhando para o corredor quando meu celular tocou. Juan parou me encarando atento, mesmo com medo peguei o celular e suspirei aliviada vendo ser a dona Teresa.

— É a sua mãe. — Falei mostrando o celular para ele. Juan se apaixonou me abraçando e eu atendi a ligação. — Bom dia, dona Teresa.

— Bom dia, Isa. — Sorri escutando a sua voz e a da Julinha no fundo. — Tudo bem mesmo? Estou preocupada com vocês, as meninas e o Juan me contaram o que aconteceu, sinto muito por isso, meu amor. O que vocês precisarem nós estamos aqui, ok? Não precisa de cerimônias.

— Obrigada, dona Teresa. — Sorri sentindo um beijo em meus ombros. — Estamos bem, ainda assustados mas tudo vai se resolver.

— Vai sim, em nome de Jesus.

— Mamãe...vamos...— A voz da Julinha apareceu novamente.

— Calma, menina. — Eu ri junto com a mesma. — Juan te disse sobre o bolo de cenoura, filha?

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora