Capítulo 38

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Isadora Fonseca Diniz.

24 de dezembro - 08:49
Domingo.

    Os meses passaram voando e o ano já está acabando, acho que jamais imaginei tudo que aconteceu comigo e com o Samuel esse ano, Deus faz muito além do que imaginamos.

   A ceia de natal vai ser na casa da minha avó, estamos todos muito animados para a noite. Nos dividimos em relação a comida para não ficar pesado para ninguém, minha avó vai fazer o peru, o arroz e as rabanadas, tia Kiara vai fazer a farofa, um pernil e o pudim, Jana ficou com a salada de bacalhau, o tender e o sorvete, dona Janaína vai fazer salpicão e um pavê, já eu fiquei com a maionese, lentilha e vou fazer um brownie para comermos com o sorvete.

   Pode parecer muita coisa mas nossa família come bastante, e amanhã vamos nos reunir novamente para comer o que sobrar.

— Açúcar, cacau em pó...— Me estiquei olhando o armário. Estou anotando o que falta para comprarmos, meu tio vai no mercado agora.

Deixamos tudo para cima da hora como sempre.

— Chocolate, não posso esquecer disso. — Murmurei anotando.

— Isa! — Escutei a voz do meu tio no portão.

— Oi, está aberto. — Falei alto. Samuca está capotado, fiz barulho demais nessa casa já e ele não acorda, até conferi se ele estava bem.

— Bom dia, filha. — Beijou minha cabeça.

— Bom dia, tio, tudo bem?

— Graças a Deus sim, cadê nosso pequeno?

— Apagado no quarto, vai lá. — Ele concordou indo. Continuei anotando até ele voltar. — Tia Kiara já está acordada?

— Já, está começando a preparar tudo. Sua avó mandou um vídeo no grupo mostrando que colocou a árvore de natal para a varanda e já colocou as mesas, até música natalina no fundo tinha. — Rimos.

— Como ela colocou a árvore e as mesas para fora? É pesado para a vovó.

— Disse que chamou o vizinho para ajudar. Sabe como sua avó é, não gosta de esperar ninguém. — Concordei. — Já está pronta?

— Sim, só estou esperando a Jana vir passar um olho no Samuel, ela disse que já estava vindo. — Meu tio concordou.

    Janaína não demorou para chegar, agradeci a mesma e saí de casa com o meu tio. Chegamos no mercado e estava lotado, já era de se esperar, né?! Peguei o chocotone e coloquei no carrinho junto com as minhas coisas, eu sou apaixonada, ajudei meu tio com o restante das coisas e ouvi meu celular tocar, peguei o mesmo e sorri vendo ser o Juan.

— Bom dia, amor. — Falei atendendo a ligação. Meu tio levantou dois milhos de marcas diferentes, apontei para o que minha tia mais gosta e ele concordou pondo no carrinho.

— Bom dia, princesa. Está em casa?

— Não, vim no mercado com meu tio. Está precisando de alguma coisa? A Jana está lá com o Samuca, só chamar ela.

— Não, está de boa. Queria te mostrar uma coisa mas quando você chegar eu te mostro.

— O que é? — Perguntei curiosa. Faz dias que vejo Juan estranho, sei que está escondendo algo de mim, ele disse que eu iria saber logo e confesso que estou ansiosa com isso.

— Vai saber mais tarde, baixinha. Vou lá comprar as frutas com a minha mãe agora, as meninas decidiram fazer um bolo de cenoura de última hora porque a Julinha pediu, aí vou comprar o que falta também.

Amor que curaOnde histórias criam vida. Descubra agora