06.

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PEDRI GONZÁLEZ

Celeste já estava aqui.

Sim, eu menti quando disse que faria uma resenha e a Celeste já sabia disso. Eu sabia que ela iria me dar um fora caso eu dissesse para ela vir até a casa do Ferran para ficarmos sozinhos, por isso falei aquilo, mas de qualquer forma, ela já sabia que era para isso.

— O que você quer comigo, Pedro? — a morena perguntou e me encarou, sua expressão facial indicava que ela estava falando sério. Eu estava com o meu braço ao redor do pescoço dela enquanto estávamos assistindo um filme na sala. Eu umedeci os meus lábios e abri um sorriso maroto.

— Você sabe o que eu quero. — eu respondi. Sperandio engoliu em seco e balançou a cabeça em negação.

— Não sou uma boneca para ser usada. Já disse a você que aquela noite não passou de um erro, eu bebi. — a morena levantou e passou as mãos pelas próprias curvas, limpando o suor delas. Eu levantei imediatamente e me aproximei dela.

Para ser sincero, eu estava começando a entrar em desespero interno.

— Não falei que você é, gatinha. — eu respondi e levei a minha mão até o rosto da mulher, acariciando a mandíbula dela. Celeste me encarava seriamente e eu precisava confessar que eu gostava disso. — Desde aquela noite eu não consigo parar de pensar em você.

— É uma pena. Quero focar no meu emprego, não em um homem. — ela respondeu e eu senti uma pontada no meu peito, como se o meu ego fosse partido.

Como assim? Qualquer mulher daria tudo para me ter.

— Mas em algum momento você vai ter vontade de beijar e transar com alguém, eu me ofereço a isto. — eu sugeri e a Celeste me encarou como se sentisse nojo do que eu falei.

— E isso não é da sua conta. — Celeste disse como se fosse óbvio. — Só pare de me perturbar logo, Pedro, assim não teremos mais problemas.

— Você trata isso como um problema? Eu trato como uma solução para nós dois. — eu retruquei. A morena intercalou a atenção dela na minha boca e depois nos meus olhos, mas depois olhou para o lado. Porra. — Por que a gente não pode tentar alguma coisa, gatinha?

— Porque eu sei que isso vai dar errado e um de nós vai sair apaixonado. — a morena respondeu e respirou fundo, olhando nos meus olhos. — E eu sei que essa pessoa não vai ser você.

— Então você se apega fácil? — eu perguntei e ela deu de ombros.

— Não falei isso. — Sperandio disse e eu puxei ela novamente para sentar no sofá, assim que ela o fez, eu me sentei ao lado dela. — Só não quero tentar algo com alguém que claramente só quer a minha disponibilidade de transar por vinte e quatro horas por dia.

— Mas vamos tentar e ver no que vai dar, gatinha, eu estou disposto a fazer dar certo. — eu respondi.

Finalmente vou ter alguém para apresentar à minha mãe e fazer ela parar de me perturbar.

— Vamos fazer um combinado. — ela disse e eu ergui uma das minhas sobrancelhas, um sinal para que ela falasse. — Isso não vai ser somente sobre sexo.

Claro que não, gatinha, eu só vou te usar para apresentar você à minha mãe e na maior parte do tempo nós vamos transar.

CELESTE SPERANDIO

Não aceitei isso sem um motivo. Eu não era idiota.

Me dê mais um tempo, eu consigo fazer uma matéria incrível sobre qualquer jogador da La Liga, mas eu preciso da sua compreensão.

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