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PEDRI GONZÁLEZ

Bati uma colher na taça de vidro e a atenção da minha família e amigos veio até mim. Eu e Celeste já estávamos em Barcelona. Estávamos no meio da ceia de natal e acho que nenhum momento era melhor do que esse para revelar uma gravidez. Ao meu lado, a minha futura mulher e mãe do meu filho ou filha -eu esperava que fosse uma menina para que eu protegesse ela, enquanto a Celeste queria um menino-, estava contendo um sorriso de orelha a orelha.

Eu agarrei ela pela cintura e umedeci os meus lábios, abrindo um sorriso de orelha a orelha. Os meus pais estavam tão apaixonados na Celeste quanto eu.

— Primeiramente, nós gostaríamos de agradecer por todos que estão aqui hoje, somente as pessoas mais importantes para mim e para a Celeste... — eu iniciei. Celeste me abraçou toda sorridente. — Hoje é um dia que guardaremos para sempre em nossos corações, um dia inesquecível. Estamos incrivelmente felizes em compartilhar com todos vocês que estamos esperando um bebê. Nossa jornada rumo à maternidade e paternidade começou há algum tempo, e agora, finalmente, podemos dizer com toda a certeza que nosso pequeno milagre está a caminho. Cada passo dessa jornada nos ensinou a valorizar ainda mais a importância da família, do amor e da paciência. Não foi um caminho fácil, mas foi repleto de amor e esperança. E agora, à medida que nos preparamos para abraçar esta nova fase de nossas vidas, estamos transbordando de felicidade.

A reação de todos foi impagável, eu devo acrescentar.

— Mete ficha! — Ferran disse e meus pais semicerraram os olhos na direção dele. Nós juntamos todas as famílias, menos a da Celeste e da Martina -já que eles estavam em Viena-. A família da Celeste não poderia vir porque faria um desfile de natal em Milão, mas eles foram os primeiros a descobrirem sobre.

De repente todos sorriam e nos abraçavam, nos parabenizando pelo feto à bordo.

— Ele mete gol mesmo. — Gavira zombou e eu soltei uma risada. Fiz um toque com os meus amigos enquanto a Celeste conversava com os meus pais e com as amigas dela.

Eu pedi desculpas para as meninas quando eu voltei de Milão, Martina acabou me ameaçando com a arma que o pai dela deu para ela, mas depois nós voltamos com a nossa amizade do início. Cleo ainda não confiava muito em mim, mas com o passar do tempo eu tinha certeza que isso mudaria.

Mesmo estando grávida, a Martina não parava quieta. Sim, ela também estava grávida e contou para nós dois mais cedo, o restante do grupo já sabia. Além do mais, era um pouco impossível de nós não notarmos, a barriga dela estava grande, ela estava grávida de seis meses e nós nunca paramos para reparar... Também, tinha um assassino atrás de mim e da Celeste.

Falando na Celeste, ela resolveu a questão da antiga melhor amiga dela. A garota foi presa.

— Não sou o único, irmão. Ferran também meteu um golaço na Martina. — eu disse e dei de ombros. Meus amigos riram e eu abracei o meu melhor amigo.

— Ai! — Félix fingiu um gemido em um tom de voz feminino e o Pablo foi atrás dele com as muletas, fingindo que estava metendo no português. — Mete em mim, mete!

Nós quatro gargalhamos e eu empurrei os homens, Ferran entrou atrás deles e logo conseguimos ver a Martina aparecendo na nossa frente e com os olhos arregalados.

— Tudo bem... Que porra é essa? — Tina questionou e o Torres se afastou dos garotos, fingindo ser mudo para não levar esporro da namorada dele.

— Abu... Aba... Ah. — o meu melhor amigo gesticulou e eu cocei a minha sobrancelha, tentando prender a minha gargalhada. Félix e Gavira já estavam quase caindo no chão de tanto rir. A tenista alinhou os lábios dela e piscou diversas vezes.

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