12.

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PEDRI GONZÁLEZ

Grunhi e me levantei da cama quando a Celeste interrompeu os meus lábios de descerem até os seus peitos. Já falei que esse castigo estava indo longe demais? Eu não estava aguentando mais. Minha brilhante mente me deu uma ideia e eu abri um sorriso mirabolante. Puxei a morena para ela levantar e a mesma me encarou confusa, seu cenho enrugado mostrava isso.

Eram onze e meia da noite e nós havíamos bebido vinho, tinto e suave, antes de estarmos aqui.

— O que você quer, Pedro? — a jornalista perguntou e eu umedeci a minha boca, puxei a cintura dela e depois a empurrei até o closet.

— Se arrume. Vamos a um lugar surpresa. — eu disse e ela semicerrou os olhos na minha direção. Se eu não ganhasse algo em troca depois disso, eu começaria a pensar em formas de me matar sem sentir dor. Acho que nunca me esforcei tanto por causa de uma boceta.

E acho que era isso que me instigava na Celeste. Ela simplesmente dá para mim na primeira oportunidade, mas depois não quer mais. Um pensamento passou pela minha mente e eu não queria pensar na hipótese.

E se foi ruim e ela mentiu para mim?

Ninguém nunca reclamou... Pelo contrário, sempre me procuravam depois.

(...)

Peguei a chave da galeria de artes e a abri, fazendo a mulher ao meu lado arregalar os olhos e balançar a cabeça negativamente.

— Isso é crime, Pedro. Estamos invadindo um lugar privado! — Celeste começou a se desesperar e eu soltei uma risada nasal. — Como você conseguiu essas chaves? Me diz que você não roubou, por...

Abri a porta e um corredor escuro com pontinhos de  luz no teto, se passando por estrelas, apareceu no nosso campo de vista. Pude perceber espelhos também. A jornalista se calou ao vê-lo.

— Não se preocupa, gatinha. — eu murmurei por trás dela e deixei um beijo em sua têmpora. — Só curte o momento, tá? Depois você reclama.

E eu adorava esses momentos em que ela reclamava, a deixavam mais gostosa. Sperandio andou lentamente enquanto olhava para cima, apreciando o início das artes, ela se olhou no espelho e depois encarou o meu reflexo por trás, um sorriso se abriu no canto dos meus lábios e eu direcionei uma piscadela à ela, já que eu estava grudado no corpo dela

Puxei a morena pela cintura e a guiei até a outra porta, que dava então ao início verdadeiro das artes. Estava tudo escuro, então eu liguei a lanterna do celular e consegui ver o interruptor de todas as luzes um pouco escondido, mas na mesma sala que estávamos.

Vimos um quadro a óleo que era um homem agarrando uma mulher por trás e ela aparentemente se agarrando a ele, mesmo por trás. Ela estava com o rosto escondido nos braços, mas ainda encostava nele.

— Uma linda pintura. — eu opinei e a Celeste me encarou.

— O que você vê nela? — a jornalista perguntou e eu estalei a língua.

— Um casal se abraçando, como ela está nua, provavelmente estão transando. — eu disse e a morena deu de ombros e soltou um suspiro. — O que foi? Não concorda? O que você vê nessa arte?

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