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PEDRI GONZÁLEZ

Soube que a ESPN estava fazendo uma festa em comemoração aos quarenta e oito anos da imprensa livre a censura de Francisco Franco e de quebra, um evento beneficente. A blusa social, preta e de botões juntamente com a calça da mesma cor, me davam um charme a mais.

Celeste obviamente foi convidada, apesar de ser da concorrência, entretanto com os meus contatos, descobri que ela tinha uma arqui-inimiga na ESPN e descobri que esta era editora-chefe da rede.

Cecilia Schwartz era editora-chefe da ESPN e provavelmente alguém que a Celeste odiava, descobri que ambas estudaram juntas na faculdade e no ensino médio, provavelmente eram rivais. Ótimo.

A jornalista da ESPN era a personificação de patricinha: loira; magra; olhos azuis; lábios carnudos e sempre estar usando rosa. Como ela chegou em um cargo importante? Não sei, provavelmente papai e mamãe ajudando.

Mas eu obviamente usaria ela para chegar onde eu queria, então eu não ligava para isso.

— Vou buscar uma bebida para você. — eu levei os meus lábios até a orelha dela e sussurrei. Me afastei da Cecilia e me aproximei da morena que usava um vestido preto, longo e com uma enorme fenda na coxa, que estava pedindo uma bebida ao bar man. — Esse vestido valorizou os seus peitos.

— Por que anda reparando nos meus peitos, se deveria reparar nos peitos da mulher que o acompanha? — Sperandio perguntou e uma risada nasalada escapou da minha parte. — Acha legal usar alguém para atingir outra, López?

Levei uma das minhas mãos até a cintura dela e apertei, umedeci os meus lábios e com a mão livre, fiz um sinal ao bar man, pedindo qualquer bebida que havia álcool.

— Aparentemente está funcionando. — eu retruquei sádico e pude perceber, mesmo que por trás da mulher, que um sorriso sarcástico surgiu no canto de seus lábios avermelhados e carnudos.

Estes que me davam mais vontade ainda de beija-los.

— Não, não está. — Celeste finalmente se virou para mim e me encarou, enquanto bebia um martini com azeitona. Após isso, ela olhou para os lados e um sorriso grandioso surgiu nos seus lábios ao ver Jude Bellingham. O sorriso que antes estava nos meus lábios sumiu imediatamente, dando lugar à uma carranca. — Jude, que saudades!

A italiana foi abraçar o inglês e deixou um beijo no canto da boca dele, fazendo algo no meu peito queimar. Meu rival? Já não bastava o meu melhor amigo.

Fique com ele então.

Peguei o drinque que havia pedido e me aproximei da Cecilia, ela estava conversando com pessoas importantes do mundo jornalístico, então eu cumprimentei todos e depois entreguei a bebida para ela.

— Você fará o discurso? — eu perguntei à loira e ela assentiu, o álcool desceu pela garganta dela como se não fosse quase rasga-la.

— Não farei sozinha, o Erick Von Ziegesar fará também. — Cecilia explicou e eu assenti. Esse Erick era o chefe da Celeste. — Eu estava pensando... Depois desse evento, terei de ir à minha casa sozinha.

Um sorriso malicioso brotou nos meus lábios e eu mordi o meu lábio inferior, puxando a mulher pela cintura.

Eu sabia o risco de fazer isso no meio de diversos jornalistas e era justamente esse o motivo; uma matéria minha com outra jornalista enlouqueceria a Celeste.

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