30.

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CELESTE SPERANDIO

Já se passavam das três horas da manhã e eu estava acordada porque não conseguia dormir. Acabei desenvolvendo insônia e isso era péssimo para o meu desenvolvimento profissional. No momento, eu estava sentada na poltrona da minha varanda enquanto escrevia mais um trecho da reportagem sobre o Pedro.

Meus olhos se atentavam a qualquer mínima coisa que acontecia no meu notebook e ao meu redor enquanto eu bebia chá de camomila com mel. Era óbvio que eu sempre revisava as minhas reportagens, mas tentava ao máximo não errar nem uma letra.

O camisa oito do Barcelona estava dormindo no meu quarto. Ele veio para cá ontem, nós fizemos um macarrão para jantarmos, bebemos vinho, assistimos um pouco de Elite e transamos, depois tomamos banho juntos e não teve maldade alguma, ele me deu banho e ainda secou e penteou o meu cabelo.

Eu estava me sentindo mimada, eu precisava confessar.

Todavia eu precisava dormir. Lembro de ter guardado um sedativo na gaveta da minha cômoda.

Levantei-me da poltrona e coloquei o notebook em cima da mesa de centro que tinha na minha varanda do quarto, adentrei no cômodo novamente e vasculhei a minha gaveta de remédios, procurando o Zolpidem e quando finalmente encontrei, escutei a voz rouca e sonolenta do Pedro.

Me virei assustada e percebi que ele ainda estava de olhos fechados, a bochecha dele estava esmagando o travesseiro e seu rosto estava inchado.

— Está fazendo o que acordada à essa hora? — o meio-campista questionou com dificuldade e eu gaguejei. Senti o meu coração acelerar ao lembrar que a aba do Microsoft Word estava aberta no meu computador e a reportagem estava lá.

Eu engoli em seco e abri um sorriso fechado, sentando no espaço livre que tinha ao lado dele na cama e acariciando a sua mandíbula marcada. A barba do Pedro estava crescendo novamente e eu estava amando isso.

— Estou com insônia. — eu respondi. Pedro abriu os olhos e deixou um beijo na palma da minha mão, depois acariciou-a.

— Precisa ir à psicóloga para resolver isso, dona. — González aconselhou e eu assenti. Mordisquei o meu lábio inferior e o moreno tentou levantar da cama, meu coração acelerou mais ainda e eu empurrei ele contra o colchão. — O que foi?

Ele riu e eu abri um sorriso fechado.

Pensa rápido, Celeste. Pensa rápido!

Pus a cartela de remédio em cima da mesa de cabeceira ao lado da minha cama, colocando as minhas pernas em cada lado dele e sentando em cima de seu colo. Pedro enrugou a testa, confuso, mas levou as mãos dele até a minha bunda, apertando e abrindo um sorriso gigantesco.

— Eu precisava de uma massagem... — eu murmurei e fiz bico, me ajeitando em cima dele e não demorou muito para que eu sentisse uma rigidez embaixo de mim. As minhas costas estavam assustadoramente doloridas.

— É? Onde? — Pedro perguntou e eu senti as mãos dele adentrarem a camisa de time gigantesca que eu estava usando, subindo e indo até os meus seios, onde ele brincou com os bicos, fazendo com que um suspiro saísse da minha boca. — Você ficaria mais gostosa ainda se colocasse um piercing no peito, sabia?

— Aqui. — eu apontei para os meus ombros e ele bufou, revirando os olhos. Eu soltei uma risadinha e roubei um selinho da boca dele. Pedro se endireitou na cama e me virou, eu sentei no meio das pernas dele e de costas. Tirei a camiseta do Barcelona, customizada com o número oito e o nome Pedri e cobri os meus seios com o cobertor branco. O moreno prendeu cuidadosamente o meu cabelo em um rabo de cavalo e as suas gigantescas mãos massagearam os meus ombros, costas e nuca. — Eu estava pensando em colocar um no peito e no umbigo, além de fazer alguma tatuagem.

hotel, pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora