24.

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CELESTE SPERANDIO

Eram seis horas da manhã quando eu acordei com o barulho de notificação no celular. Estavam me ligando. Bufei e cocei os meus olhos, olhei para o lado e percebi que o Pedro estava me abraçando pela cintura.

Quem em sã consciência teve a coragem de me acordar às seis horas da manhã de um domingo?

Com todo o cuidado do mundo, retirei o braço do meio-campista em volta de mim e coloquei uma almofada que tinha ali, peguei o meu celular e na hora que eu ia atender, a ligação encerrou. Chequei a minha lista de contatos e vi que era a minha avó.

Janine deveria estar ficando maluca mesmo, era o tanto de vinho que ela tomava.

Retomei a ligação e não demorou muito para que ela me atendesse. Escutei a voz entusiasmada da minha querida avó por trás da linha e abri um sorriso, apesar de quase não estar raciocinando direito.

Celine, querida... Você não fala mais com a sua vó, só quer saber de trabalho e trabalho. — a mais velha disse. O estresse tomou conta da voz dela e eu percebi que tomaria uma bronca daquelas. — Aproveite este longo feriado e venha para Monte Carlo, alguns passarinhos me contaram que está saindo com um rapaz, traga ele também.

— Vovó, não posso. Estou trabalho em uma matéria e ela demanda todo o tempo livre que eu tenho. — eu respondi e ouvi a loira reclamar. — A senhora sabe que se eu pudesse já estaria em Mônaco há muito tempo.

Você precisa tirar férias, eu gostaria de te apresentar o Charles Grimaldi e a Jasmine Grimaldi, filhos do Alberto segundo de Mônaco, eles são uns amores. — vovó respondeu e eu balancei a cabeça em negação, sabendo que ela não conseguia ver. Eu não acredito que ela conheceu a família real de Mônaco! Ela era tão comunicativa que me assustava. — Fale com o seu chefe ou eu mesma falarei. Quero você aqui no feriado, caso contrário te buscarei na porta do seu trabalho.

— Mas, vó... — eu choraminguei.

'Mas, vó...' Nada, garotinha! Você precisa tirar um tempo desse trabalho aí, daqui a pouco ficará alienada com isso. — Janine retrucou. — Seus irmãos estão com saudades, eu mais ainda. Estaremos a sua espera para tomarmos chá com a princesa Charlene... Espere um minuto. Ah, bom dia, querida, muito obrigada por avisar! Filha, preciso resolver algumas coisas. Eu te amo, Celine linda da vovó.

— Eu te amo mais, vovó. Fale para o Tito e para a Allegra que estou com saudades e que amo eles. —
eu pedi e a mais velha fez um som nasal em concordância, depois encerrou a chamada.

Ouvi um barulho na cama e olhei para trás, observando o Pedro abrir os olhinhos dele lentamente e percebendo que eu não estava ao seu lado. O meio-campista resmungou e abriu os olhos de vez, coçando-os e analisando o quarto à minha procura, quando ele finalmente me encontrou, um sorriso fechado surgiu em seus lábios.

— Merda, não consegui te prender desta vez. — González fez bico e fingiu estar decepcionado. Uma risada escapou dos meus lábios e eu fui até o moreno, jogando o meu celular na mesa de cabeceira ao lado da cama e subindo no colo dele.

O moreno abriu um sorriso de ponta a ponta e apoiou as mãos na minha bunda, senti algo duro embaixo de mim e arregalei os meus olhos. Já?

— Na verdade, eu tive que fazer mais força desta vez. — eu contei. Pedro movimentou os ombros para cima e para baixo e deixou os lábios em uma linha reta. — O senhor poderia me explicar o motivo de estar duro essa hora?

— Ereção matinal. — ele respondeu e eu soltei uma risada nasal, balançando a cabeça em negação. — E você fica muito gostosa com essa camisa minha.

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