CELESTE SPERANDIO
Ajeitei o meu cabelo e soltei um suspiro quando encarei o camisa oito do Barcelona. Pedri me encarava com um sorriso de canto enquanto ele estava apoiado no carro. Hoje novamente teria aquele concerto que ele me convidou na noite passada e era óbvio que eu não iria rejeitar.
O meu vestido era verde musgo, longo, aveludado e decotado, ele tinha luvas também e aquilo dava um ar de sofisticação, exatamente o estilo do concerto. Nos pés eu tinha um salto alto branco e cheio de pedrinhas. O meu cabelo estava preso em um coque e tinha algumas mechas na parte de frente soltas.
Olhando para o Pedro depois de eu pedir para ele se vestir com uma roupa no mesmo estilo do que eu, eu vi que ele me obedeceu. O moreno estava com um terno preto, uma calça social da mesma cor e uma blusa de manga longa de poliéster por baixo, também preta. A roupa dele dava um ar sofisticado, mas moderno ao mesmo tempo. Pedro estava com uma correntinha de prata por cima e um relógio da Rolex no pulso esquerdo.
Não poderia negar... Ele estava gostoso.
O cheiro do perfume da Prada dele invadiu as minhas narinas quando ele me abraçou pela cintura e deixou um selinho na minha boca. Eu afastei nossos rostos brevemente e deixei outro selinho na boca dele, mas ele introduziu a língua, fazendo o gosto de menta e limão invadir a minha boca.
— Você é perfeita. — González murmurou ao lado do meu ouvido e mordiscou o meu lóbulo enquanto apertou a minha cintura, me aproximando mais ainda dele. — Esse vestido valorizou o seu corpo. Deveria usar ele mais vezes.
Apoiei as minhas mãos no peitoral dele e mexi na correntinha dele com um sorriso de canto na minha boca, mordi o meu lábio inferior e soltei uma risadinha.
— Você está lindo. — eu disse. — Mas precisamos entrar no carro logo.
González assentiu e abriu a porta do banco do carona para mim, eu deixei um selinho nos lábios dele e adentrei, sentando no banco, quando o fiz, Pedro fechou a porta e rodeou o carro, sentando no banco do motorista rapidamente para que ninguém visse ele.
— Esse pianista é bom? Eu fui convidado por um amigo próximo que é assessor dele. — o moreno perguntou curioso e apoiou a mão direita na minha coxa esquerda, enquanto dirigia. O Teatro Tivoli aqui em Barcelona era um pouco longe, mas nada que demorasse tanto.
— Ele é ótimo. Foi eleito o melhor pianista do mundo atualmente. — eu contei e o Pedro ergueu as sobrancelhas, surpreso por isso. — Não ouso dizer que ele foi um Tom Jobim da vida, mas ele chegou perto.
— Porra... Eu não sei de nada sobre esse assunto. — González disse e eu soltei uma risada, mostrando as minhas covinhas. — Tom Jobim foi o cara que escreveu Garota de Ipanema, não foi?
— Foi. Os meus avós me contaram que Garota de Ipanema fez com que o Bossa Nova fosse conhecido mundialmente, mas acho que o primeiro foi Chega de Saudade, algo assim. — eu expliquei e percebi que às vezes o meio campista me encarava brevemente, principalmente quando parávamos no sinal. Pedro umedeceu os lábios dele e depois os deixou em linha reta.
— Seus avós eram brasileiros? — ele perguntou curioso e eu assenti.
— Minha família — eu fiz aspas com os dedos. — é brasileira, menos os meus pais, os meus tios, eu e os meus irmãos. Tipo, os meus avós, bisavós e tataravós eram brasileiros, mas acho que depois disso, eram italianos e portugueses. Meus primos também são, já que a minha tia resolveu parir os dois no Rio de Janeiro, ela disse que queria voltar à origem. — eu expliquei o final bem humorada e o vi entreabrir a boca em surpresa. A minha tia era meio maluca, quando ela foi parir no Brasil, eu tive que ir à Mônaco para ficar com a minha avó. Inclusive, fiquei sabendo que a mais velha encontrou um monegasco e se casou com ele, meu avô continua o mesmo cafajeste de sempre, deve estar com alguma mulher nova pelo mundo, quase não tenho notícias dele.

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hotel, pedri gonzález
Fanfiction(+16) -# 🎡 𝗛𝗢𝗧𝗘𝗟, 𝗉𝖾𝖽𝗋𝗂 𝗀𝗈𝗇𝗓𝖺́𝗅𝖾𝗓. 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝖢𝖾𝗅𝖾𝗌𝗍𝖾 𝖾 𝖯𝖾𝖽𝗋𝗂 𝗌𝖾 𝖼𝗈𝗇𝗁𝖾𝖼𝖾𝗆 𝖾𝗆 𝗎𝗆 𝗁𝗈𝗍𝖾𝗅 𝖾𝗆 𝖨𝖻𝗂𝗓𝖺, 𝗆𝖺𝗌 𝗇𝖺̃𝗈 𝗌𝖺𝖻𝗂𝖺𝗆 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗆 𝖻𝗋𝖾𝗏𝖾 𝗌𝖾 𝗏𝖾𝗋𝗂𝖺𝗆 𝗇𝗈𝗏𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾.