25.

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PEDRI GONZÁLEZ

Meu humor estava longe de ser o melhor, enquanto eu xingava o Marcos Alonso e o Oriol Romeu. Esse era o segundo jogo que nós fomos péssimos e eu não estava com um pingo de paciência. Gavira, Araújo e Gündogan me defendiam e reclamavam junto comigo.

Eu sabia que tinha acabado de voltar de lesão, mas voltei com uma vontade maior de fazer o meu time vencer. Alonso e Romeu estavam impossibilitando isso toda vez que tocavam na porra da bola.

— Cala a boca, moleque. Vai comer as suas piranhas que essa raiva passa. — Oriol disse especificamente para mim e eu fechei a cara, avançando nele, mas fui impedido pelo Gündogan. — Foi só um jogo, não entendo porque está tendo essa reação exagerada.

— Eu vou comer a tua mulher, seu merda. — eu retruquei e cerrei a minha mandíbula. — Um jogo é o meu pau, porra. Estamos jogando na Champions, cada três pontos é importante. Se você não quer vencer, só invente qualquer merda e diga que não quer jogar, porque a sua presença dentro de campo é igual a do Fantasminha Camarada, não faz uma mínima diferença.

— Quem te deu abertura para falar da minha esposa assim? Tu é só um moleque que acabou de nascer e quer mandar em tudo, no dia em que você parar de mamar no peitinho da sua mãe, a gente conversa. — o careca apontou o dedo para mim. Eu soltei uma risada nasal e balancei a cabeça em negação, demonstrando o meu ódio por ele. Só não fui para cima dele porque o Ferran e o Gündogan estavam me segurando.

— Eu estava mamando o peito da sua mãe, aquela gostosa da boceta apertada. — eu retruquei e tentei me soltar, Oriol veio para cima de mim e eu fiz uma força maior para me soltar das mãos do Ilkay e do Ferran. O mais velho acertou um soco na lateral do meu rosto e nós ouvimos os gritos do Xavi e do Joan, eu aproveitei que ele estava distraído com isso e acertei um soco no meio do rosto dele, fazendo com que sangue escorresse pelo seu nariz e no meu punho.

Escutei o gemido de dor do careca e soltei uma risada nasal, balançando a cabeça em negação. O cara falou do peito da minha mãe, falou mal do meu modo de jogo -sendo que o dele é uma merda- e achou que eu não faria nada? Só se eu fosse um mongolóide.

— Porra, González! O nariz do cara! — ouvi o Ferran gritar comigo e eu estalei a língua, indo em direção à minha parte do vestiário e empurrando as minhas roupas dentro da minha mochila esportiva.

— Pedro González e Oriol Romeu, para a minha sala, já! — Laporta ordenou e eu resmunguei quando peguei a minha garrafinha de água, mas taquei ela no chão com toda raiva que eu guardava e segui de cabeça baixa em direção ao mais velho.

(...)

Joguei a minha mochila no meu ombro e me retirei do vestiário sem falar um 'a' com ninguém. Caminhei em passos largos até o meu carro e taquei a mochila no banco de trás, entrando no automóvel pelo banco do motorista e dirigindo até a merda do hotel.

Eu ficaria como reserva no próximo jogo, assim como Oriol. Pelo menos aquele imbecil não ia jogar, mas isso afetava no time.

Tanto faz.

Queria a Celeste agora, mas infelizmente ela não cobre a Alemanha, somente a Espanha.

Não demorou muito tempo e eu estacionei o meu carro alugado na porta do hotel, deixando-o com o manobrista. Subi pelo elevador e fui até o meu quarto de hotel, em que eu estava dividindo com o Ferran.

hotel, pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora