08.

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CELESTE SPERANDIO

Eu estava deitada na minha cama enquanto o Pedro estava na cozinha fazendo chocolate quente para nós tomarmos. O interfone tocou e eu gritei o jogador, pedindo para ele atender. Alguns minutos depois, ele apareceu com uma caixa de papelão no quarto e eu franzi o cenho.

Que porra era aquela?

— É uma entrega para você, gatinha. — ele disse e jogou a caixa na cama, tentei procurar o nome do remetente, mas não tinha nada. Abri a caixa e meu corpo travou quando eu vi um bichinho de pelúcia específico. Pedro me encarava curioso, no mesmo momento, eu peguei a pelúcia e joguei dentro da caixa com toda raiva existente em mim.

— Joga na lixeira, por favor. — eu pedi em um tom de voz desesperado e ele enrugou a testa, olhando o que estava dentro da caixa por causa da minha reação supostamente exagerada. Senti lágrimas escorrerem pela minha bochecha e o meu corpo começar a tremer.

— O quê? Por quê? — Pedro perguntou confuso e eu pedi mais uma vez, ele respeitou e saiu do quarto com a caixa. Não pode ser. Zeus está preso em uma prisão de segurança máxima para pessoas mentalmente insanas. Era praticamente impossível de ele fugir. — Você pode me explicar o porquê de estar assim?

Encarei o González e gaguejei.

— Eu não sei se consigo. — eu disse tentando voltar com a minha respiração normal. Pedro sentou na minha frente e segurou as minhas mãos, inspirando e expirando comigo, eu imitei os movimentos dele e consegui me acalmar.

— No momento em que você estiver pronta, você pode contar. Está tudo bem, Les. — o moreno disse e acariciou as costas das minhas mãos. — Ninguém vai te machucar enquanto eu estiver aqui, tá? — ele perguntou procurando pelos meus olhos, já que eu estava de cabeça baixa. Pedro ergueu a minha cabeça pelo meu queixo e limpou as lágrimas que insistiam em cair. — Eu não vou deixar que nada aconteça com você.

Os meus lábios tremiam enquanto eu encarava o homem à minha frente, ele me puxou e me abraçou com toda a força do mundo.

— Só... Só tenta não se estressar, por favor. — eu murmurei e ele não me respondeu. Sim, eu iria contar, eu não estava aguentando guardar para mim. As únicas pessoas que sabiam era a Martina, os pais da Martina e a minha tia. A Cleo só me conheceu pouco tempo depois de nós termos terminado.

(...)










🚨 CONTEÚDO AGRESSIVO! SE NÃO SE SENTIR CONFORTÁVEL LENDO, NÃO LEIA.

2 anos atrás.

Zeus havia ganhado um bichinho de pelúcia para mim no parque de diversões aqui em Barcelona, já que era o meu aniversário de dezoito anos e também, nosso aniversário de namoro. Estávamos felizes demais porque finalmente completaríamos cinco anos juntos, depois de tanta coisa que passamos juntos... Amor era isso, aguentar o parceiro apesar de certas atitudes dele.

Nós nos conhecemos em uma escola em Madrid, quando ele soube que eu viria morar em Barcelona, pediu para os pais dele deixarem ele vir morar com os avós aqui para continuarmos namorando. Zeus era um namorado incrível, mas às vezes ele tinha algumas crises de raiva bobas e me agredia. Depois ficava tudo bem, porque passava e ele voltava a ser o mesmo Zeus de sempre, o carinhoso e acolhedor.

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