Maratona: 3/3.
Cinco meses depois.
CELESTE SPERANDIO
Eram três horas da manhã quando eu senti um líquido molhou a minha cama. Pedro acordou sobressaltado quando minha bolsa estourou, e nossos olhares se encontraram, onde preocupação e expectativa eram claras. No quarto ainda escuro, a ansiedade se misturava ao medo, mas o Pedro segurou a minha mão e transmitiu-me confiança mesmo que eu estivesse em surtos internos.
O meu filho nasceria!
Ai meu Deus.
— Amor. — eu chamei-o em um murmúrio. Não tinha ninguém na nossa casa, mas eu não conseguia falar muitas coisas por causa da dor das contrações.
O pior de tudo era que eu sabia que iria piorar. Se estava doendo tanto e a minha bolsa acabou de estourar, imagina depois... Só de pensar nessa hipótese eu queria me jogar de uma ponte bem alta.
Não literalmente, lógico.
— Fica calma. Eu vou pegar a bolsa da maternidade e já volto. — ele pediu. O meu noivo parecia mais nervoso do que eu e olha que o bebê sairia da minha boceta, não do pau dele. Eu alinhei os meus lábios e resmunguei. Uma lágrima caiu dos meus olhos pela dor que eu estava sentindo.
Davi estava prestes a nascer... Finalmente eu poderia pega-la e ter o meu pacotinho em meus braços. O meu amor por ele crescia cada vez mais, a cada minuto, segundo ou milissegundo.
Eu amava o meu filho mais do que eu amava à mim mesma. Eu nunca senti esse amor por ninguém.
Ser mãe ensinava muitas coisas boas para mim, além de me revelar o lado bom da vida. Eu achava que o meu mundo já era colorido, mas ao perceber que o meu filho nasceria... Agora sim. O meu mundo estava colorido e só ficaria assim quando eu tivesse ele por perto.
Eu esperava ser uma boa mãe. Eu quero fazer tudo diferente e quero criar o meu filho melhor do que a minha mãe me criou.
Não serei ingrata a ela. Se o Davi fosse ingrato comigo eu sentiria o meu mundo desmoronar. Hoje eu entendo a minha mãe. Ninguém te ensina como ser uma boa mãe, mas nós, mães ou pais, tentamos ensinar aos nossos pequenos como eles podem ser bons filhos.
Eu não culparia mais a minha mãe porque agora me ponho no lugar dela. O comportamento dela como mãe foi o que ela aprendeu dentro de casa, mas eu seria a primeira a quebrar esse padrão.
Davi não cresceria traumatizado. Eu não permitiria isso, jamais, nunca, nem por cima do meu cadáver.
O meu filho cresceria em um ambiente saudável, recheado de amor paterno e materno.
(...)
Pedro estava à todo momento ao meu lado. Ele apertava a minha mão, conversava comigo sobre coisas aleatórias para me distrair e me dava carinho. Acho que eu nunca o vi tão preocupado nesse nível, nem quando nós fomos ameaçados de morte em Milão.
— Já deu tudo certo, minha princesa. Fica tranquila. — González pediu. Ele deixou um beijo na minha testa e eu fechei os meus olhos brevemente com o gesto. — O nosso menino vai nascer, pensa por esse lado.

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hotel, pedri gonzález
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