PEDRI GONZÁLEZ
Giuseppe, o pai da Celeste, pediu educadamente para que eu o acompanhasse até a sala dele e agora estávamos aqui. O homem grisalho me ofereceu um uísque e eu aceitei, mas não ia exagerar porque agora sabia dos meus limites com álcool e eu não podia ultrapassa-los. Eu só aceitei porque a minha mente estava uma confusão.
O prefeito da cidade de Milão entregou o copo de uísque para mim e eu agradeci, ele sentou em uma poltrona atrás da mesa que tinha e pediu para que eu me sentasse na poltrona que tinha na frente da mesa.
Esse cara me dava calafrios, mas eu não deixaria-o perceber. Para ser sincero, acho que eu não preciso mais ter medo de nada e ninguém, eu passei por tudo. Eu escondi um corpo, cortei o pulso de um homem que eu jurava estar morto, persegui a minha ex-ficante, pulei do sétimo andar de um hotel para o sexto, ainda tive a coragem de enfrentar um sociopata.
— Não sei como funciona as regras na cidade onde você mora atualmente, garoto, então deixe eu esclarecer algumas coisas... Eu me preocupo com a minha filha caçula e reconheço quando alguém é um vagabundo. — Giuseppe começou a falar e eu fechei a cara.
— Não estou entendendo onde o senhor quer chegar me chamando de vagabundo. — eu retruquei e o homem tomou um gole do uísque, abrindo um sorriso fechado logo após.
— Não disse isso. Devo me preocupar por você se sentir ofendido? — o pai da Celeste retrucou de forma sarcástica e eu aliviei a minha expressão facial.
— Não, senhor. — eu respondi e tomei um gole do meu uísque. — Sua filha foi a minha maior preocupação durante alguns meses, até eu descobrir que ela estava fazendo uma reportagem difamatória sobre mim.
— E você ama ela? — Giuseppe questionou e eu enruguei a minha testa, sem entender o motivo da pergunta. Por que eu amaria alguém que tentou destruir a minha carreira?
— Amava. — eu corrigi e o homem respirou fundo, mexendo o copo de uísque em movimentos circulares. Ele me encarou no fundo dos meus olhos.
— Você não para de amar alguém, só consegue camuflar o sentimento. — o homem disse e eu fechei a cara, engolindo em seco. — Garoto, você diz que parou de amar ela por puro ego. Todo homem já passou por essa fase e você não é o primeiro. Bom, escute o que eu digo: não perca alguém que você ame por causa de um orgulho.
— Celeste acabou com a minha carreira. — eu disse, tentando fazer com que ele entendesse o meu ponto de vista. Não era questão de ego e sim de lógica.
— Minha filha sempre foi ambiciosa em questão de trabalho, quando ela percebeu estava tarde demais. — Giuseppe respondeu e antes que eu dissesse mais alguma coisa, ele pôs o copo na mesa de madeira, fazendo um barulho soar pelo escritório dele. — Celeste te ama, González. Ela não se despediria do trabalho que ela tanto ansiou e não voltaria para o lugar que ela mais odiava, se não fosse verdade.
— E eu? Como eu fico? — eu perguntei e o homem alinhou os próprios lábios, soltando um suspiro.
— Te observei há muito tempo, mesmo de longe, e desde então percebo que você ama ela. E como eu disse, você não para de amar alguém, só aprende a conviver sem ela. — o mais velho falou e levantou da cadeira. — Deixe seu orgulho de lado, garoto. Toda essa confusão está encerrada. Você pode voltar para casa, Leste ficará em Milão.

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hotel, pedri gonzález
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