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Maratona: 2/3.

CELESTE SPERANDIO

Eu estava usando um vestido branco, longo e de tecido leve. Nos meus pés tinha uma rasteirinha simples e eu tinha uma maquiagem leve no meu rosto. Pedro estava usando uma camisa rosa e uma calça formal branca.

Eu me aproximei da Cleo e da Martina, que estava com sua neném nos braços, mas acabou entregando para o Ferran brevemente pois estava com dor nos membros superiores. Eu abracei elas com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

— Vocês vieram! — eu disse em um tom de voz animado. As minhas melhores amigas me abraçaram com força e depois nos afastamos, ainda sorrindo. Martina estava com um vestido longo e rosa enquanto a Cleo estava com um conjunto azul bebê.

Me senti emocionada ao perceber que a nossa amizade continuava firme. Eu conheci a Martina com cinco anos e a Cleo com catorze e olhem para a gente: eu e Martina éramos mães e só faltava a Cleo para gabaritarmos.

O verdadeiro significado de lealdade era a nossa amizade. Eu amo tanto essas garotas.

— Óbvio! Nunca perderíamos a grávida mais linda do mundo e a revelação do bebê dela. — Cleo me elogiou. Eu fiz um bico com um sorriso bobo e um som fofo saiu da minha boca.

— Eu tenho certeza que será uma menina. — Martina disse. A tenista semicerrou os olhos e Cleo revirou os dela.

— Eu tenho certeza que é um menino. Olha que eu sei adivinhar muita coisa sobre gravidez. — Cleo retrucou. Elas mostraram a língua uma para a outra e eu soltei uma risada.

Eu sentia que era um menino também, mas não deixaria ninguém descobrir porque aparentemente eu era neutra.

— Ai, gente... Tanto faz se é menina ou menino, desde que o neném nasça por mim está ótimo. — eu disse. As minhas melhores amigas soltaram risadas nasais, rindo da minha cara.

— E você acha que nós nascemos ontem? — Martina questionou. Eu alinhei os meus lábios e assobiei, fingindo que nem era comigo. A minha sogra apareceu no meu campo de vista e eu me despedi das meninas, indo em direção da mais velha.

Rosy sorriu alegremente na minha direção quando me viu e me deu um abraço forte. A minha sogra deixou um beijo em cada bochecha minha e eu fiz a mesma coisa, logo depois ela perguntou se podia acariciar a minha barriga e eu assenti.

— Você está linda, Leste. — a morena disse. Um sorriso invadiu o meu rosto e eu coloquei uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha. — Oi, amor da vovó... Você vai ser uma menina linda, com certeza será a cara da sua mãe.

— Que Deus te ouça, Ro. — eu respondi humorada. Os meus olhos se fecharam quando eu sorri e as minhas covinhas apareceram. — Estou ansiosa para ter o neném nos meus braços. Não estou mais aguentando tanto enjoo... O Pepi está quase surtando pelas minhas mudanças de humor repentinas e olha que ele é um homem muito calmo... Você sabe muito bem.

— Eu imagino. Quando a Ambar foi mãe, o Pedro se estressava muito rápido com ela e olha que ele só era o padrinho da Alice. — Rosy comentou humorada. Nós rimos e eu umedeci os meus lábios, assentindo.

(...)

As pessoas que sabiam o resultado eram a Martina e a Cleo, foram elas que prepararam o chá de revelação. Pedro e eu estávamos na frente de todos em cima de uma espécie de palco branco e estávamos em uma contagem regressiva para sabermos o resultado. O meu noivo estava me segurando pela mão e eu percebi que nós dois estávamos suando.

— Três... Dois... Um! — todos gritaram em uníssono. Barulhos de fogos de artifício soaram pelo céu, além de uma fumaça azul espalhar-se pelo local. A minha boca se abriu em um "o" e as minhas pernas falharam brevemente, mas o Pedro me abraçou com força. Lágrimas invadiram os meus olhos e eu abracei o meu noivo de volta.

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