37.

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PEDRI GONZÁLEZ

Cruzei os meus braços rente ao meu peitoral e me mantive sem expressão quando o Ferran chegou, eu levei ele até o meu quintal para conversarmos sem a possibilidade da Celeste escutar e nós sentamos na espreguiçadeira perto da minha piscina.

Torres me encarou de um modo sério e coçou a mandíbula.

— Desde o momento em que você voltou para a bonitinha lá dentro, eu pensei que você só fosse acabar com a vida dela assim como ela fez com você, sabia? Em nenhum momento passou pela minha cabeça a possibilidade de você ajudar ela a esconder um corpo. — o meu melhor disse em um tom de voz baixo e eu deixei os meus lábios em uma linha reta.

— Ela é esperta, não acreditaria que eu estou apaixonado por ela se eu não o fizesse. — eu respondi e cocei o meu pescoço. Ferran encarou uma direção fixa, provavelmente pensando em algo.

— Não concordo na parte de você ter usado a Martina, você sabe né? — o atacante disse e eu movimentei os meus ombros para cima e para baixo, demonstrando indiferença.

— No início eu realmente considerava ela, mas depois que vi conseguiria algumas coisas sobre a  Celeste, aproveitei. — eu respondi e percebi que ele estalou os dedos, claramente desconfortável com o assunto sobre a mulher dele. — Relaxa aí, eu não tenho nada contra a Martina.

— Mas está usando ela por questão de ego. — Ferran se alterou, gesticulando e eu chiei para ele. Ele estava maluco? Puta que pariu, se a Celeste ouvisse o meu plano iria por água a baixo.

— E a amiguinha dela estragar a minha carreira no futebol pode né? Porra, Torres! Em que mundo você vive? A vida é assim. — eu respondi e o meu melhor amigo soltou um suspiro frustrado, balançando a cabeça em negação e umedecendo os lábios.

— E o que você vai fazer agora? — Torres questionou e eu cocei o meu queixo, pensando no que eu faria para o maníaco que está atrás de mim e da Celeste nos deixar em paz e eu poder terminar o que comecei.

— Vou procurar o porteiro, vou verificar se ele têm as gravações da noite que a merda toda aconteceu e vou subornar ele. Depois vou pedir para o Maximus e a equipe dele ficarem de olho no Hades Caccini. — eu organizei tudo e o meu melhor amigo me encarou seriamente, como se estivesse me julgando mentalmente.

— Você está se igualando a esses caras e nem percebe. — Ferran opinou e eu estalei a minha língua, balançando a cabeça em negação. Eu não era um psicopata, obcecado pela Celeste. Diferente deles, eu queria que ela se fodesse.

Entretanto, não deixaria ela morrer, apesar de essa ser a minha vontade interna. Sim, eu estava com tanto ódio dela neste nível.

— Está me chamando de psicopata? — eu perguntei desacreditado e soltei uma risada nasal, balancei a minha cabeça em negação, desacreditado por isso. O meu melhor amigo assentiu e eu revirei os olhos.

— Sim, obviamente. — ele respondeu e eu estalei a língua. Levantei da espreguiçadeira e acenei com a cabeça, indicando que era para nós entrarmos na minha casa. Ferran também levantou, colocou as mãos dentro dos bolsos frontais da calça dele e me acompanhou até o interior da minha casa. — A Celeste parece gostar verdadeiramente de você, González. Cuidado para não tomar a decisão errada.

— Se a Celeste realmente gostasse de mim, ela não teria postado aquela merda da reportagem. — eu disse e a minha expressão facial enrijeceu. Quando eu e o Ferran entramos na minha casa, eu observei a jornalista descer as escadas com o rosto amassado e sonolenta. — Oi, gatinha. Está acordada à essa hora por quê?

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