36.

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CELESTE SPERANDIO

Pedro me entregou uma xícara de chá de camomila com mel e apoiou a cabeça na própria mão. Estávamos no meu apartamento, sendo mais específica na cozinha, as meninas saíram e eu pedi para que ele viesse até aqui porque eu não conseguia passar um minuto sozinha sem pensar no crime que eu cometi.

Bebi um gole do líquido quente e apreciei o sabor. Chá de camomila era o meu favorito.

— Pedro... — eu chamei o moreno e ele ergueu a sobrancelha, sinalizando para que eu continuasse a falar. — E se descobrirem sobre o carro?

— Que carro? — González perguntou de um jeito sereno e ergueu as duas sobrancelhas, coloquei a xícara em cima da ilha da cozinha. Ah, ele deu um jeito nisso. — Teve um carro que afundou no lago daquela floresta proibida de Barcelona... Se eu não me engano o proprietário dele se chama André Buchanan.

Meu Deus. Eu saí de um psicopata para outro.

Pedro pensou em tudo.

— Como você...? — eu fui interrompida quando o Pedro se aproximou de mim e eu percebi que os seus olhos analisaram todo o meu rosto, a mão dele acariciou a minha mandíbula.

— Dinheiro compra tudo, portanto aquele carro não era meu. — o moreno respondeu e umedeceu os próprios lábios, os dedos até foram até o meu queixo e ele aproximou as nossas bocas.

Fechei os meus olhos e rocei suavemente os meus lábios contra os lábios dele. Pedro me puxou pelo pescoço e me pressionou contra a ilha da cozinha, ele apertou o meu pescoço e juntou as nossas bocas de vez. A língua dele tocou a minha língua, me recordando do sabor de seu beijo. As minhas mãos foram até o pescoço dele e depois no couro cabeludo dele, eu puxei os fios de cabelo escuros e uma das mãos do González se arrastou até a minha cintura, onde invadiu a camisa que eu estava vestindo.

O meio-campista dedilhou a minha cintura e a mão dele foi até o meu peito, onde ele apertou o bico, percebendo que agora tinha um piercing ali, como ele pediu antes. Eu afastei as nossas bocas para deixar um gemido manhoso escapar, ele espalhou beijos pelo meu pescoço e eu senti a minha espinha arrepiar. Pedro arrastou os dentes dele na região frágil do meu pescoço e eu senti a língua dele ali, ele chupou a pele fina e eu sabia que ele tinha marcado, mas para mim não fazia nenhuma diferença, eu não sairia com mais ninguém mesmo.

González levou as mãos dele até as minhas coxas e me segurou em seu colo, pondo-me em cima da ilha da cozinha e arrastando as minhas coxas para o lado, ele se pôs no meio das minhas pernas e voltou a me beijar. Senti uma das mãos dele se aproximarem da minha intimidade coberta pelo short e ele movimentou o dedo do meio e o dedo anelar em círculos, a mão dele adentrou o short e foi direto na minha intimidade. Afastei as nossas bocas e levei os meus lábios até a orelha do homem, soltando um gemido manhoso e repetindo o nome dele como um mantra.

Quando o Pedro ia arrastar a minha lingerie para o lado, um barulho na porta principal soou pelo meu apartamento e ele bufou, ajeitando a peça e tirando a mão de dentro do meu short.

— Les? — a voz da Cleo soou pela casa e eu desci da ilha da cozinha rapidamente, pegando a xícara de chá. Pedro abaixou a cabeça e segurou uma risada de escapar, ele foi até a pia da cozinha e lavou a própria mão. A minha melhor amiga apareceu na cozinha e piscou várias vezes, abismada ao perceber que o Pedro estava aqui. Ao lado dela, João Félix também prendia a risada.

— Ah, oi. — eu forcei um sorriso e tomei um gole do chá que o Pedro preparou para mim. González se posicionou atrás de mim e eu senti algo duro, sabendo exatamente o que era. Engoli em seco e o moreno segurou a minha cintura enquanto apoiava o queixo na minha cabeça.

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