Capítulo 38

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Por volta de 16 horas eu fui até a cafeteria que tem ao lado do prédio da minha empresa, o dono de lá está procurando um novo espaço para uma segunda cafeteria e eu tinha acabado de receber um novo estabelecimento que seria ideal pra ele. Fui até lá, mostrei as fotos a ele, e combinei de leva-lo na manhã seguinte para conhecer pessoalmente. Quando saia esbarrei numa pessoa fazendo alguns livros dela caírem no chão. Eu me assustei e a assustei também. – Me desculpa eu estava distraída não te vi. – pegava os livros junto com ela.

XX: Tudo bem não tem problema... – respondeu em português. Eu conhecia aquela voz. Quando olhei pra ela era Maria Clara Rolim, minha ex namorada.

Eu: Maria Clara?

Maria: Priscilla? Ai meu Deus... Como vai? – me abraçou e eu fiquei sem graça.

Eu: Bem e você?

Maria: Bem. Nossa... Que coincidência...

Eu: Pois é... – sorri de leve.

Maria: Eu parei pra comer algo estou faminta, vamos tomar um café? Está com pressa?

Eu: Ok. Não, minha empresa é aqui do lado. – nos sentamos numa mesa, ela fez o pedido dela e eu pedi só um suco e um pedaço de bolo de chocolate com morango. – O que faz aqui em Los Angeles? E cheia de livros?

Maria: Eu me mudei pra cá a três anos. Morava em Boston. Dou aula em uma universidade aqui, na CalArts, aula de artes cênicas para o primeiro e segundo ano de graduação.

Eu: Que legal, você sempre gostou de artes.

Maria: Sim. E você? Sei que tem uma imobiliária famosíssima aqui e é casada com a Natalie, que estavam tendo problemas alias. Desculpa, não quis ser invasiva, é que a mídia noticiou tudo isso.

Eu: É... Estamos bem eu acho – suspirei – Estamos resolvendo e continuamos casadas, temos dois filhos. O Eric tem 16 anos e a Isabela tem 2 anos e pouco. E você?

Maria: Tenho três.

Eu: Uau...

Maria: É... – riu. – Eu tive um filho, e a Candence teve os gêmeos. O Bryan tem 2 anos, Nicole e Louis vão fazer 5 anos. Meu Deus, os dois colocam fogo na casa quando se juntam, e o Bryan está indo para o mesmo caminho – suspirou tomando o café dela – Eu e a Candence não estamos bem a cerca de seis meses.

Eu: Sei como é...

Maria: Eu acho que ela está me traindo. – eu arrepiei.

Eu: E por que acha isso?

Maria: Ela mudou. Ela está presente para as crianças, mas não está presente pra mim. Quando a gente conversa por mais de duas horas, uma briga surge na hora e eu nem sei como começou e quando percebo, ela já está falando que eu deveria arrumar uma jovenzinha da faculdade. Ela me acusa indiretamente de querer ter outra mulher no meio de uma discussão que ela criou, que ela inventou sem motivo algum pra isso.

Eu: Como se ela arrumasse alguma desculpa para que uma dessas brigas abra um precedente para que você peça divorcio ou que ela saia desse casamento.

Maria: Sim.

Eu: E o que você quer?

Maria: Quero sair. Eu estou sufocada e eu não quero pagar pra ver sabe. Eu gosto dela, mas o sentimento não é mais o mesmo de antes. Desgastamos.

Eu: Entendo. Não quer nem tentar salvar?

Maria: Acho que já estou fazendo isso insistindo em fingir que está tudo bem enquanto eu sei que não está.

Eu: Mas no caso de um divorcio, como farão com as crianças?

Maria: Guarda compartilhada provavelmente. A gente venderia nosso apartamento e compraria dois menores ou duas casas uma do lado da outra quem sabe, para que as crianças nos vissem todos os dias.

Eu: Vai ser difícil.

Maria:Vai sim. –terminamos o café conversando trocamos telefone e ela foi embora e eu também.


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Viiixiiii...


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