Capítulo 88

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Perguntei na recepção sobre os dois, falei quem eu era, o que estava acontecendo, e um policial veio falar comigo também. Depois de duas horas vieram trazer noticias.

XX: A senhora é da família?

Eu: Eu sou amiga da família, Priscilla Pugliese.

XX: Ralph Moet. Eu recebi as vitimas. Venham comigo. – eu e o policial o acompanhamos até uma sala.

Eu: Como eles estão?

XX: A senhora Parker está estável, a bala entrou e saiu, ela passou por uma cirurgia e está na UTI se recuperando. – suspirou – O senhor Parker teve morte cerebral. Vamos confirmar em 3 horas com uma nova tomografia. O tiro na cabeça foi letal. Ele perdeu muita massa encefálica, e se ele sobrevivesse, com 100% de certeza ele vegetaria. – eu soltei o ar que eu prendia.

Eu: Ok... Eles tem dois filhos juntos, David tem 17 anos ele é o melhor amigo do meu filho – comecei a chorar tentando me controlar – Ele é um ótimo menino, e vive na minha casa com os amigos, e tem o Malik que tem 2 aninhos e os dois chegaram ensopados na minha casa essa madrugada e muito assustados. O Malik está na minha casa dormindo no bercinho no meu quarto – respirei fundo – Como eu vou contar isso para eles?

Policial: Senhora, podemos esperar confirmar para contar. E ele disse que tinha tias e foi para casa delas, recusou que o levássemos, não sabíamos que era a senhora. A Senhora é a esposa da atriz Natalie Smith não é?

Eu: E você achou mesmo que ele ia confiar na policia? A policia que soltou o meio irmão criminoso dele, e que não acreditariam que somos como se fosse da família pra ele já que ele mora num bairro classe média e a gente em Beverly Hills, e ele e o irmão são negros e nós somos brancos? Me desculpe, mas ele não ia confiar na policia senhor.

XX: Podemos designar uma psicóloga. – conversamos por quase uma hora. Quando sai dali o delegado do distrito responsável pelo caso veio falar comigo. – Delegado Alejandro, essa é a dona Priscilla Pugliese, ela é amiga da família.

Eu: Prazer – apertamos as mãos.

XX: Delegado, o homem teve morte cerebral, vão confirmar em algumas horas com um novo exame, que é protocolo.

Delegado: Pegamos o Patrick, ele está morto. Ele tentou enforcar uma mulher para roubar o carro dela já que o carro do pai que ele roubou ficou sem gasolina. E a mulher era uma detetive da Costumes a paisana.

XX: Que azar.

Delegado: Pois é. Não sabemos onde o filho do casal está. Ele saiu com a criança bebê. Disse que ia pra casa da tia, recusou escolta policial. Fomos até a casa da tia que mora com a avó e não está lá. A avó já sabe de tudo, passou mal, mas pedimos uma equipe medica para cuidar dela.

Eu: Eles estão na minha casa.

Delegado: A senhora não é tia dele...

Eu: Por que ele é preto e eu sou branca? Um dos motivos dele recusar escolta.Todos os amigos do meu filho chamam a mim e minha esposa de tia. E ele com certeza recusou a escolta policial também, porque minha esposa é Natalie Smith.

Delegado: Quem diria que um menino de classe média seria amigo do filho de Natalie Smith.

Eu: Vamos voltar ao que interessa aqui? Depois minha esposa te dá um autografo se quiser. – falei irritada já e ele ficou sem graça.

Delegado: Vai precisar assinar alguns papeis na assistência social se for cuidar das crianças. Acredito que a família não vai conseguir fazer isso agora.

Eu: Já estamos cuidando disso. Os dois ficarão na minha casa sob meus cuidados e de minha esposa até que a mãe possa voltar pra casa e se recuperar.

Delegado: O governo dá uma ajuda de 500 dólares quando alguém fica com a guarda... – eu interrompi.

Eu: Não vai ser preciso.

Delegado: Preciso conversar com o menino, saber o que ele sabe, o que ele viu, para fecharmos o caso.

Eu: Ele está dormindo agora, falei com a minha esposa. Pode deixa-lo descansar um pouco? Ele andou 5 quilômetros na chuva com duas bolsas pesadas e uma criança no colo.

Delegado: Sim. Ele vai ter dias difíceis.

Eu:Vai. –ele me deu o cartão dele e eu dei um meu colocando meu endereço e meu telefone.Pedi que não usasse carro da policia para ir até a minha casa por causa daminha esposa. Chamaria uma atenção desnecessária pra ela, e ia expor demais oDavid e o Malik. Eu fiquei no hospital até terminarem o segundo exame edecretarem morte cerebral. Ele ficaria nos aparelhos até a família se despedir.Iam acordar a Dayenne para decidir sobre os órgãos viáveis já que ele não tinhauma diretiva em caso desses. Um carro da policia me acompanhou até a casadeles, para pegar roupas para os meninos. A pericia ainda estava lá, estavatudo destruído, faltando muitas coisas, tinha sangue pela casa. Eu entrei noquarto do David peguei uma mala coloquei roupas pra ele, peguei o material daescola o notebook, peguei alguns calçados. Depois fui até o quarto do Malikpeguei algumas roupinhas, um pacote de fraldas que estava aberto, algunsbrinquedinhos que deveria ser os favoritos dele, chupetas. Fui ate a cozinhapeguei mamadeiras, a lata de formula que ele mama. O policial me ajudou acolocar tudo no carro. Peguei a cadeirinha dele no carro da Dayenne que estavana garagem, peguei documentos das crianças também, o policial anotou tudo queeu estava levando.


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