Capítulo 47

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Eu: O que foi?

Pri: A Maria Clara parece estar com problemas. – eu rolei os olhos.

Eu: O que houve?

Pri: Brigou feio com Candence na assinatura de divorcio.

Eu: E o que você tem com isso, na nossa viagem de férias em família Priscilla?

Pri: Calma, ela só me mandou uma mensagem, relaxa.

Eu: Não relaxo não. Só você não percebeu que essa mulher está tentando forçar a presença dela na sua vida, ainda mais agora que ela está se separando.

Pri: Nada a ver Natalie, para de bobeira. A gente não vai discutir por isso.

Eu: É, não vamos mesmo. – eu não falei com ela mais naquela noite. No dia seguinte eu a ignorei o máximo possível e foi assim nos próximos dois dias.

Pri: A gente vai embora em alguns dias e você está me evitando, me ignorando e quando fala comigo me dá má resposta. Vai fazer isso mesmo Natalie?

Eu: Vou Priscilla, vou. Por que eu sei que você está trocando mensagem com a sua ex namoradinha. Na nossa viagem.

Pri: Não estou não. Aquele dia foi a única mensagem que ela me enviou e eu nem respondi. Eu estou trocando mensagem com a Diorio que cuida da empresa pra mim, e está resolvendo algumas coisas. Quer olhar? – estendeu o telefone pra mim.

Eu: Não. Você já deve ter excluído.

Pri: Eu não sou você Natalie. Quem tem esse habito de excluir mensagens é você.

Eu: Vai a merda Priscilla.

Pri: Quer saber? Não confia em mim? Ótimo... Chegando em Los Angeles vou dar entrada na papelada do divorcio e a gente resolve essa merda. Cansei Natalie, cansei de tentar consertar o que você estragou a vida toda e está piorando por idiotice ao invés de tentar consertar. – falou com raiva.

Eu: É isso que você quer?

Pri:Sim, é isso que eu quero. Porque relacionamento é a dois, e eu estou lutandosozinha aqui. Então pra mim, já chega. falou com raiva. Eu não disse nada.Ela estava com raiva, eu estava com raiva. Os dias que ainda restavam, a gentefingiu costume, e viveu de aparência por causa das crianças.

Voltamos para Los Angeles, ela ajudou o Eric a fazer outra mala para o acampamento, ela o deixou no ponto de partida para pegar o ônibus e voltou pra casa. A Isabela estava com um pouco de febre, então eu dei remédio a ela e estava fazendo-a dormir quando a Pri chegou. – Vou falar com meu advogado, vou pedir a ele para cuidar de tudo por mim. Quando seu pai for embora, a gente assina a papelada e você está livre para ser quem você quiser e viver sua vida ok?

Eu: Priscilla... Não podemos fazer isso assim...

Pri: Ah não podemos? Eu não posso falar com ninguém que você supõe mil coisas Natalie, eu não sou obrigada a aguentar mais um minuto disso. Você faz o que você bem entende e eu sempre tenho que te entender, mas eu sou esculachada sempre. Então chega... Pra mim não dá. Só eu que tenho que me adaptar as suas vontades? Não é bem assim. – falou com raiva.

Eu: A gente está sempre brigando.

Pri: E adivinha porquê? Porque você começa e depois não segura o rojão. Olha não vou discutir ok? Eu vou trabalhar. Se a Isabela não melhorar, me liga. – pegou a bolsa e saiu sem me deixar falar. Nenhum dia em paz.

PRISCILLA NARRANDO...

Estava tudo indo muito bem para o meu gosto. Natalie como sempre com um ciúme doentio da Maria Clara que me enviou uma mensagem que por sinal eu fui grossa o suficiente para ignorar e não responder. Eu estava tão cansada disso tudo, eu estava sempre tentando consertar nosso casamento, mas ela sempre dava um jeito de deixar tudo péssimo. Eu cansei... Ou ela para ou a gente acaba. Disse que falaria com meu advogado e nosso casamento acabaria e ela amenizou o tom. Nossas férias estavam boas e acabou sendo destruída por causa dessa coisa ridícula. Quando voltamos, nosso filho foi para o acampamento e a Isabela estava com febre. Eu falei com ela de novo sobre o advogado e fui trabalhar irritada depois de mais uma pequena discussão. Eu estava tão exausta disso tudo. Trabalhei o dia todo uma pilha de nervos, estava morrendo de dor de cabeça então sai mais cedo e dirigi até o píer de Santa Mônica. Comprei um sorvete e me sentei num banco lá. Não queria pensar em nada, só apreciar meu sorvete e esvaziar minha mente. Eu amo minha mulher, mas eu estava me sentindo tão desgastada com toda essa briga com toda essa loucura, essa energia de discussão de conflito e no meio de tudo isso ainda tem meu sogro vindo pra cá. Meu celular estava tocando quando entrei no carro, era a Natalie.

Eu: Oi Natalie?

Nat: Por que não atende essa droga de telefone? – falou nervosa.

Eu: Estava no carro e eu acabei de entrar no carro, o que houve?

Nat: A Isabela está vomitando, a febre voltou, acho melhor leva-la ao hospital.

Eu: Eu estou indo pra casa. – desliguei na cara dela. Respirei fundo, dei partida e fui pra casa. Natalie fazia carinho nas costas dela andando de um lado para o outro. – Oi filha a mamãe chegou, não está se sentindo bem não é minha boneca? – a beijei. – arrumou uma bolsa pra ela?

Nat: Já. Está no sofá.

Eu: Então vamos – peguei a bolsa, fomos para o meu carro e fomos ao hospital. Isabela pegou um resfriado forte, e ela estava vomitando porque como ela não conseguia comer direito só queria mamadeira e mesmo assim mamava pouco, ela estava desidratada. A colocaram no soro e logo ela recebeu alta. Estava sem febre, tinha parado de vomitar e pediu peito. Eu dei mama pra ela antes de sairmos do hospital e logo fomos pra casa. Dei um banho nela, Natalie fez uma sopa pra ela e ela estava faminta, pelo menos estava mais disposta.

Nat: Não vai jantar?

Eu: Não, estou sem fome.

Nat: Pri a gente tem que conversar?

Eu: Não temos não. Eu estou cansada. Boa noite. - subi com a Bela a coloquei no berço portátil do meu lado na cama, ela já estava dormindo. Eu escovei os dentes deitei e dormi também. Acordei algumas vezes pra ver se a Isabela estava bem e ela estava ótima, isso era bom. Eu evitei a Natalie por mais dois dias, até que meu sogro chegou. Ela foi busca-lo no aeroporto e eu fiquei com a Bela em casa.


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