Fama e Destruição

Capítulo 48

NATALIE NARRANDO...

Quando tudo parecia ficar bem, tudo desandava de novo. Eu e a Priscilla voltamos a brigar e agora ela quer o divórcio. Eu estou cansada dessas brigas, e eu sei que fui muito idiota com ela. Ela me evitava o máximo que podia e isso doía. Meu pai chegou, era uma grande surpresa pra mim a presença do meu pai em Los Angeles. Ele nunca conheceu a Bela, e o Eric ele só conheceu quando era bem pequeno no Brasil. Fui busca-lo no aeroporto eu estava ansiosa para ver a cara dele, como ele seria a fisionomia dele. Ele logo apareceu com duas malas grandes e uma pequena e um sorriso tímido no rosto.

Eu: Oi pai. – sorri de leve.

Pai: Oi filha – me abraçou. A gente não se abraçava a muitos anos. – Como você está?

Eu: Bem e o senhor?

Pai: Estou bem. Estou cansado, mas estou bem.

Eu: Vamos pra casa. – o ajudei com as malas. Fomos para o meu carro colocamos as malas no carro e fomos pra casa.

Pai: E a Priscilla?

Eu: Em casa com a Bela. Ela ficou doentinha esses dias, então ela está dando uma atenção maior. – fomos conversando no caminho. Logo chegamos em casa.

Pai: Muito bonita sua casa.

Eu: Obrigada. – entramos. – Priscilla? Chegamos... – falei alto. Ela logo desceu com a Bela de banho tomado.

Pri: Oi Leandro, bem vindo – sorriu.

Pai: Oi Priscilla, obrigado. Como está?

Pri: Estou bem e você?

Pai: Estou bem também.

Pri: Olha filha, esse é o vovô... Fala oi pra ele. – a Bela lascou logo um sorriso pra ele e se jogou no colo dele.

Pai: Opa... – a pegou. Ela não faz isso com ninguém. – Tudo bem princesa? Você é muito linda, e está muito cheirosa sabia? – foi com ela para o tapete. – Filha pega essa mala grande ai, a preta. É a mala de presentes. – eu levei pra ele e ele abriu. – Vamos ver o que o vovô trouxe pra você? – ele tirou vários presentes e colocou em volta dela e a ajudava a abrir. E é claro que ela se apaixonou pelos bichos de pelúcia e pelas bonecas de pano. Os dois ficaram mais de uma hora ali no tapete interagindo, como se o resto do mundo não existisse, só os dois. Bela acabou tomando uma mamadeira e dormindo no colo do meu pai.

Eu: Ela se cansou. Me dá eu a coloco na cama dela.

Pai: Eu coloco, só me diz onde é. Ela está confortável aqui.

Eu: Vamos subir... – eu fui na frente e fomos até o quarto dela, ele a colocou na cama, tirou o chinelinho dela e a cobriu. – Vamos pegar suas malas, vou te levar para o quarto de hospedes. – descemos, pegamos as malas, Priscilla juntava os presentes que a Isabela ganhou. Mostrei o quarto para o meu pai ele não queria comer nada, estava cansado, então ia tomar um banho e ia dormir um pouco. Fui até o meu quarto e a Priscilla estava lá no notebook.

Pri: Quer levar seu pai para jantar fora hoje? Ou vamos cozinhar?

Eu: Vamos sair pra jantar. Eu não sei fazer muita coisa e não quero te sobrecarregar.

Pri: Você quem sabe. Posso fazer alguma coisa pra gente comer, mas se prefere sair tudo bem. Escolha um restaurante menos barulhento por causa da Isabela.

Eu: Ok... – ela ia sair do quarto – Pri?

Pri: Hum?

Eu: Vamos conversar?

Pri: Não temos nada pra conversar Natalie. Quando seu pai for embora, a gente se divorcia e cada uma segue sua vida. – saiu do quarto e eu chorei. Eu não queria isso. Eu não queria nada disso. A noite fomos jantar num restaurante bem gostoso em Beverly Hills mesmo. Depois demos uma volta e fomos pra casa. Pri foi dar de mama pra Isabela e foi dormir logo. Eu não conseguia dormir então desci, peguei uma taça de vinho e me sentei na ilha da cozinha.

Pai: Perdeu o sono?

Eu: Oi pai. – sorri de leve. – É... Não tem sido fácil dormir. – falei triste.

Pai: Tem a ver com seu casamento?

Eu: É... A Priscilla quer o divórcio. – suspirei. Contei tudo pra ele e ele me ouviu atentamente.

Pai: Olha filha, está um conjunto de mal entendido nisso tudo. Acho que tudo que aconteceu, não teve o fim que precisava, o perdão que precisava, a reparação entende? Vocês decidiram não falar sobre isso mais e seguirem adiante como se nada tivesse acontecido e na primeira discussão depois disso já entrou logo um divorcio na conversa. E isso se repetiria mil vezes se continuassem passando por cima disso. O que acham de fazerem terapia de casal? Pode ajudar a colocarem tudo isso pra fora.

Eu: Não sei pai. Não sei se ela aceitaria.

Pai: Tenta... Pergunta a ela se ela aceita. O não você já tem.

Eu: Vou conversar com ela sobre isso. – sorri de leve – Estou feliz em ter o senhor aqui.

Pai: E eu estou feliz de estar aqui. Finalmente abraçar minha filha, conhecer minha neta, estou ansioso para ver meu neto também. Eu tenho muito tempo de reparação também a fazer. – suspirou.

Eu: E a mamãe?

Pai: Sua mãe e eu estamos divorciados a seis meses. – aquilo era novidade pra mim.

Eu: Sério? E por que? A Emily e o Kevin não comentaram nada. – assustei.

Pai: Eles não sabem. A gente ainda divide a mesma casa, ainda estamos no processo de divisão de bens. Quando eu voltar para o Brasil eu vou em casa só para pegar minhas coisas e já vou para o meu apartamento novo, vou conversar com seus irmãos.

Eu: O que fez o senhor tomar essa decisão?

Pai: Sua mãe estava me adoecendo aos poucos Natalie. Essa loucura de ser contra você, de ser contra o marido da Emilly e a esposa do Kevin. Ela colocando defeito em cada pessoa em cada coisa. O tempo todo brigando e falando de dinheiro, e eu engolindo ano após ano. Eu não aguentava mais isso. Chegamos num ponto que acordávamos brigando e íamos dormir brigando. Até que eu descobri que a senhora perfeitinha, dona da moral e dos bons costumes estava me traindo com o contador dela. – meu queixo caiu.

Eu: Mentira... Sério?

Pai: Sério. Sua mãe me trai com o contador dela a 6 anos. A esposa dele descobriu e me contou, me mostrou vídeos. Enfim... – ele me contou tudo e eu fiquei em choque. Meu pai e eu tínhamos muitas coisas para conversar ainda. Quase não dormi o resto da madrugada.