Capítulo 71

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Todo mundo chorou muito, já estávamos muito mexidos com a tragédia que nos aconteceu.

Pri: Ai Deus... É muita emoção pra um dia só... – secava as lágrimas. – Fala de você, o que você faz, fala dos seus filhos... – Pri perguntou já animada com a nova cunhada e ela riu.

Analu: Eu sou médica, especialista em cardiologia pediátrica e cirurgia geral, o César é chefe do H Cor em São Paulo, a gente mora no Morumbi num condomínio. Eu tenho 40 anos o César tem 42 anos. Temos 4 filhos. A Beatriz e a Laura tem 18 anos entraram na faculdade de medicina agora no meio do ano, o Victor Hugo tem 12 anos está na sexta série ama futebol, judô, natação, tudo que é esporte possível, e ama viajar também. A Bia ama balé e ama viajar. E nossa rapinha de tacho Catarina tem 03 anos. Ela veio bem no susto, a gente não pretendia mais ter filhos e veio a Cat...

César: A Catarina é tudo e mais um pouco. Ela testa nossos limites, nossa paciência, é arteira que só vendo, mas ao mesmo tempo ela é muito amorosa, gentil com as pessoas, com outras crianças, fala pelo cotovelos, curiosa, ela é nossa pimentinha.

Analu: É... Fizemos uma festinha pra ela a duas semanas, festa da calcinha. Foi difícil desfraldá-la e quando conseguimos fizemos uma festinha em casa com decoração, salgadinho, bolo, ela amou. – eles nos mostraram fotos dos filhos, vídeos, e a mais nova era muito engraçada. Ficamos ali por horas conversando. Analu disse que não estava atrás de dinheiro de nada disso que ela tem tudo, que vivem super bem, mas queria o convívio familiar com os irmãos. Eu e a Pri os convidamos para passar o natal com a gente em Los Angeles e eles iam ver como ia ficar as comemorações com a família do Cesar para tentarem ir passar com a gente. Dois dias depois, pela manhã, Priscilla e eu embarcamos para Los Angeles. Um inventário estava sendo feito dos bens do meu pai e depois que tudo tivesse pronto, abririam o testamento que ele tinha atualizado após o divorcio, e isso demoraria um pouco ainda. Saímos do Brasil as 9 da manhã, eram 5 da manhã em Los Angeles. Chegamos em Los Angeles as 20 horas do horário local. Chegamos em casa e o Eric estava estudando na mesa da sala, e junto com ele estava David, Ravena e Aisha. Eles tinham pedido pizza, estavam com os livros abertos e os notebooks abertos, de pijama estudando. Eles vieram me cumprimentar e voltaram aos estudos. A casa estava em ordem, eles teriam prova no sábado, então estavam estudando muito e o SAT estava chegando também. Pri pediu comida pra mim e pra ela, a Bela comeu no avião não queria comer mais nada e logo dormiu. A gente tomou banho desfez mala, comemos e subimos.

Eu: Enfim, minha casa. – suspirei e comecei a chorar muito. A Pri me puxou para mais perto e eu chorei, copiosamente, agarrada em seu pescoço.

Pri: Coloca pra fora, eu estou aqui com você. – eu chorei, não sei por quanto tempo. Quando acordei já eram umas 8 horas da manhã. Minha cabeça estava explodindo. Eu tomei um longo banho me troquei passei no quarto da Bela e ela estava dormindo ainda. Desci a mesa estava posta a Pri tinha ido levar os adolescentes pra escola e estava chegando. – Bom dia – sorriu de leve.

Eu: Bom dia – dei um selinho nela.

Pri: Não sei quem saiu pior daqui, estavam mortos de sono, ficaram até tarde estudando.

Eu: Hoje é a ultima prova?

Pri: Sim. As duas ultimas. Matemática e física.

Eu: As piores matérias.

Pri: Sem dúvida. Já tomou café?

Eu: Não, acabei de descer, a Bela está ferrada no sono.

Pri: Ela acordou, mamou e dormiu de novo. – nos sentamos para tomar café. – Diorio está na casa da Maria Clara. Hoje e amanhã é o club house, parece ter muita gente interessada.

Eu: Isso é bom, e como ela tá?

Pri: Falei com a Hellen, disse que não está comendo direito, não conversa direito é só da cama para o sofá, toma banho, chora. Marcou terapia pra ela, mas ela não foi. Não quer ver os gêmeos.

Eu: Essa rejeição é preocupante. Ela está projetando o ressentimento a culpa que ela botou na Candence, nas crianças.

Pri: É exatamente isso que ela está fazendo. Diorio disse que viu a Candence ontem, ela foi ver se estava tudo certo para o club house hoje e a Candence foi lá. Toda desarrumada, com o rosto inchado de chorar, muito abatida.

Eu: Essa situação é muito triste. Nossa... Não tem nem o que dizer, não dá pra encontrar palavras pra definir isso.

Pri:Não mesmo. –terminamos o café a Bela acordou, a Pri deu banho nela, deu o café da manhãdela. Eu deitei no sofá e acabei dormindo de novo, eu fiquei mais quietinha odia todo eu estava com muita dor de cabeça e cansada. Estava tentando assimilartudo que aconteceu. Minha mãe matar meu pai, eu ter uma irmã, um cunhado equatro sobrinhos, era tudo muito grande na minha mente. Priscilla não saiu domeu lado. Ela perguntava se eu queria alguma coisa, se eu estava bem, se euqueria comer, conversar, ver um filme. Ela era incrível e eu me sentia mal denão ter dado o valor que ela merecia todo esse tempo. Ela nunca me abandonou,ela sempre esteve comigo, até quando eu não merecia e eu nunca percebi isso.


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