Fama e Destruição

Capítulo 103

AISHA NARRANDO...

Eu e o Eric estávamos ficando desde que nos conhecemos no colégio e depois de dois meses ele me pediu em namoro, mas nunca contamos a ninguém além do David e da Ravena. Ravena é minha melhor amiga desde o fundamental 1. Ela gosta do David e o David gosta dela e depois de muita enrolação, os dois finalmente estão juntos. Eu e Eric tivemos nossa primeira vez depois do natal, e foi incrível. Eu contei pra minha mãe que me orientou e me levou ao médico também. Meus pais gostavam muito do Eric, por ele ser muito simples, mesmo com toda fortuna que ele tem, mesmo com a mãe dele sendo uma atriz famosa e sempre envolvida em polêmicas. Eu tinha muito medo do nosso relacionamento ser exposto e eu ser julgada como oportunista por ele ser milionário e eu uma simples garota filha de uma contadora e de um gerente de supermercado. As mães do Eric são as melhores pessoas que eu conheci. Sempre tão preocupadas, sempre querendo saber se precisamos de algo, se estamos bem, se estamos felizes. O que elas fizeram pela família do David depois do que eles passaram, foi algo que não tem palavras para explicar. Nosso inicio de ano foi intenso, com muito estudo, muita coisa para fazer, e logo aconteceria nossa formatura. Algumas semanas antes da formatura eu não estava me sentindo bem, estava sempre enjoada, com sono, me sentindo cansada e um pouco chorona também. Não sabia o que estava acontecendo comigo até então. Alguns dias antes da nossa formatura o Eric foi para o Brasil, teria uma audiência lá sobre o pai dele, ou melhor, genitor, porque ele nunca foi pai. Ele estava nervoso com isso, ansioso e chateado. Principalmente porque sabia que esse homem só queria dinheiro e mídia, e não estava interessado nele de verdade, e ele não tinha o menor interesse em conhece-lo. Eu fui experimentar o meu vestido e ia encontrar a Ravena depois. Quando cheguei na casa dela eu acabei desmaiando, eu não estava me sentindo bem. Acordei com ela me abanando com uma revista.

Ravena: Está melhor? Me assustou garota.

Eu: Desculpa... Eu fiquei tonta, não estou me sentindo bem. Deve ser o calor.

Ravena: Hoje nem está quente Aisha, para de show. O que você está sentindo?

Eu: Enjoo, tontura, sono, cansaço.

Ravena: Ficou menstruada esse mês?

Eu: Não... – arregalei os olhos – Meu Deus...

Ravena: Você só pode estar grávida.

Eu: Não pode ser.

Ravena: Vamos na farmácia comprar um teste.

Eu: Ravena, eu não posso estar grávida, tem a faculdade, a gente forma em alguns dias, não pode ser.

Ravena: Aisha, é o que parece... Então se você estiver não tem como mudar, a menos que você exerça seu direito como cidadã americana e faça um aborto. – fomos até a farmácia ela pegou três testes pagou e fomos pra casa dela de novo. – Toma, bebe isso que daqui a pouco você vai querer fazer xixi. – eu estava em choque. Eu pensava em um milhão de coisas ao mesmo tempo. Como o Eric ia reagir, os meus pais, as mães dele, como ficaria minha faculdade. Logo entrei no banheiro dela e fiz dois dos três testes. Esperamos cinco minutos e o resultado.

Eu: Isso não pode estar acontecendo... – comecei a chorar.

Ravena: Calma, vai ficar tudo bem...

Eu: Não Ravena, não vai. A gente está formando agora, eu tenho 17 anos, o Eric também. A gente vai pra faculdade. O que meus pais vão dizer? O que as mães dele vão dizer?

Ravena: Vocês tem opções... Ele é milionário, dinheiro não vai ser problema, e vocês vão poder ir para faculdade do mesmo jeito. Ou você faz um aborto o que é totalmente legal aqui.

Eu: As mães dele podem pensar que isso é um golpe.

Ravena: Ah por favor né Aisha, elas conhecem muito bem você, sua família, sabem que não faria isso. Por que iriam pensar isso agora? – eu voltei a chorar e ela me abraçou. – Precisa contar pra ele.

Eu: Ele está no Brasil agora. Está todo tenso, nervoso por causa daquele negócio do genitor dele. Agora mais essa...

Ravena: Ok. Espera ele chegar, mas não vai poder esconder da sua mãe.

Eu: Meus pais vão me matar. – coloquei as mãos no rosto.

Ravena:Não vão. Mas vão ficar assustados. –eu fui pra casa no fim da tarde levando o teste que eu não tinha feito e os queeu tinha feito.