Fama e Destruição

Capítulo 55

Eles não moravam muito longe da escola, e moravam praticamente na mesmo quarteirão.

Aisha: Muito obrigada tia Pri, foi um final de semana incrível.

Eu: Eu que agradeço minha linda, obrigada por tudo e desculpa qualquer coisa.

Aisha: Imagina tia, foi incrível.

David: Se por acaso a senhora quiser adotar um adolescente prendado, só falar comigo tá?

Eu: Pode deixar – dei risada.

Ravena: Eu adorei tudo tia Pri, muito obrigada por nos receber.

Eu: Imagina, fico muito feliz de serem amigos do meu filho e apareçam quando quiserem ok? São muito bem vindos. Vamos marcar um almoço com os pais de vocês, vai ser bem legal. – eles agradeceram. Deixei cada um e casa e fui pra casa. A Natalie estava na piscina com a Bela e a Bela dava gargalhadas com ela. Eu não interrompi. Fui ver o que tinha para o almoço então resolvi fazer uma lasanha. Fiz o molho, montei e coloquei no forno. Fiz uma salada também e enquanto a lasanha assava eu fiz uma mousse de chocolate e coloquei para gelar. Logo a Natalie saiu com ela da piscina e foram tomar banho. Eric desceu, me ajudou a colocar a mesa e logo a Natalie desceu com a minha pequena. Coloquei lasanha no pratinho dela, cortei, dei a colher dela, coloquei tomatinho picado, palmito e milho que ela gosta e um pedaço da carne que eu também tinha assado. Coloquei suco no copinho dela. Estava ensinando a Bela a comer sozinha e apesar da sujeira ela estava se saindo bem. A gente se serviu, e a Natalie conversava com o Eric e eu não me meti na conversa. O domingo foi assim, sem muita conversa, sem brigas também, em silêncio. Eu e a Natalie não dividíamos o mesmo quarto e nos limitamos a conversar apenas sobre nossos filhos e sobre algo em casa. No final de semana seguinte eu disse que ia sair, não disse com quem, apenas que sairia. Ela não disse nada, mas sabia que ela estava com raiva. Me arrumei, dei mama pra minha filha e a coloquei na cama, avisei que estava saindo e sai. Maria Clara estava demorando então resolvi ligar pra ela.

Maria: Oi Pri?

Eu: Onde está? Já estou a meia hora aqui te esperando.

Maria: Desculpa, eu não consegui te ligar. Meu filho caiu e se machucou, vai fazer uma cirurgia agora – já falava chorando.

Eu: Calma Maria, em que hospital estão?

Maria: Cidars Sinai.

Eu: Eu estou indo até ai.

Maria: Tá... – paguei o suco que eu estava bebendo e sai. Fui até o hospital perguntei sobre a Maria Clara e me encaminharam para a sala de espera da cirurgia. Ela estava sozinha ali.

Eu: Hei... – ela levantou e me abraçou. – O que aconteceu?

Maria: A Candence disse que sairia hoje e não poderia ficar com as crianças, mesmo eu tendo pedido pra ela ficar já que eu combinei de sair com você. Então eu chamei uma babá que sempre cuida deles a noite quando a gente precisa. Ele já estava pronto para ir pra cama, a babá tinha acabado de chegar. Ele pediu pra abrir a portinha de proteção da escada para descer e eu disse que já ia pegá-lo que eu ia só atender a porta para receber a babá. Assim que a Cindy entrou ele começou a sacudir a porta de proteção e a porta se soltou e ele rolou escada abaixo. Ele ficou parado por muito tempo, letárgico. Eu chamei uma ambulância. Ele está com uma hemorragia cerebral e precisa de uma cirurgia para aliviar a pressão.

Eu: E cadê a Candence?

Maria: De birra não quer me atender.

Eu: Mas é o filho de vocês.

Maria: Eu não vou insistir Pri. Ela não quer saber do filho dela então não vou ficar insistindo. Já tem coisa demais acontecendo. Eu só quero que meu filho fique bem.

Eu: Ele vai ficar ok? – nos sentamos. – Quanto tempo a cirurgia vai levar?

Maria: O médico disse que cerca de 8 horas.

Eu:Ok. Vamos esperar. –as horas se passaram devagar. Maria não falava nada, mas sabia que ela rezava otempo todo. Meu coração estava apertado por ela.