Capítulo 8

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Acordei no domingo de manhã tomei um banho dei uma olhada na minha pequena e fui fazer o café da manhã. Minha filha acordou então eu a peguei, a troquei e desci com ela a coloquei no cadeirão e dei o café da manhã dela. Peguei o ipad fui ver as noticias e em uma delas dizia que a minha esposa estava saindo da festa com um ator da novela que ela fazia e entravam no mesmo carro. Eu fiquei furiosa com aquilo. Esperava muito que meu filho não tivesse visto aquilo. Eu fui almoçar com meus filhos num restaurante ali em Beverly Hills mesmo e quando saia do condomínio tinham inúmeros repórteres acampados na portaria e vieram pra cima do meu carro.

Eric: O que é isso mãe? – eu acelerei fazendo dois deles caírem. – Mãe... Se eles se machucarem, vão bombardear a mamãe mais tarde – falou assustado.

Eu: Sua mãe que se dane. Isso tudo é culpa dela. Ela que se vire com as noticias que saem sobre ela. Eu não sou famosa, você e sua irmã não são famosos. Ela que se vire. – decidi ir para o píer de Santa Mônica, fomos para um restaurante lá bem gostoso. A gente comeu, depois foi na roda gigante com a Isabela, e ela estava amando. Fizemos inúmeras fotos. Ela queria um bicho de pelúcia então o Eric foi tentar ganhar um pra ela. A Bela é apaixonada por pelúcias. Ela tem um monte e se quiserem fazer a alegria dela é dar um bicho de pelúcia pra ela. Eric ganhou um unicórnio quase do tamanho dela e ela ficou enlouquecida, não sabia se andava se caia por cima do unicórnio. Foi a coisa mais fofa do mundo. A gente foi em mais alguns brinquedos ali do parque com ela e fomos pra casa. Ela dormiu no caminho.

Eric: Eu vi as noticias sobre a mamãe. Ela está envolvida com aquele cara mãe?

Eu: Não sei filho. Eu nem quero saber, de verdade. Eu só quero cuidar de vocês, viver minha vida. Sua mãe que se vire com os problemas dela, com os rolos dela.

Eric: Está desistindo dela?

Eu: Sinceramente? Sim. Eu a amo, mas eu não posso ficar esperando a disponibilidade dela para me retribuir – suspirei e ele também. – A vovó Patrícia está vindo pra Los Angeles essa semana, vai ficar aqui um mês, está com saudade de vocês. A gente vai poder fazer algumas aulas de direção durante a noite, enquanto ela fica com a sua irmã ok? Marcou sua prova?

Eric: É na terça as 16 horas.

Eu: Ok. Eu te levo te espero e a gente vai fazendo as aulas a noite tá?

Eric: Tá. Eu vou ganhar um carro?

Eu: Se você for bom motorista, responsável, melhorar suas notas, parar de andar com aquela turma estranha, pode ser que nos seus 17 anos você ganhe um carro.

Eric: Quanto requisito.

Eu: E não são difíceis de preencher. Basta querer. – chegamos em casa já estava anoitecendo. O carro da Natalie estava na garagem. Eu suspirei.

Eric: Sem briga mãe.

Eu: Ela nem deveria estar aqui. – desci do carro peguei a Isabela, minha bolsa e a bolsa dela e entrei em casa. Natalie abraçava Eric e estava abatida, parecia ter chorado. Eu comecei a subir as escadas e ela não me encara. Eu não a olhei direito. Coloquei a Bela na cama dela, troquei a fralda dela e a cobri. Peguei a babá eletrônica, sai do quarto encostando a porta e fui para o meu quarto. – O que quer aqui? – ela estava sentada na cama. Ela fechou a porta. Nosso quarto era a prova de som, mas precisava fechar a porta para isolar totalmente.

Nat: Priscilla, a gente precisa conversar. Saiu uma nota que você quase atropelou repórteres hoje aqui na portaria e...

Eu: Como você tem a audácia de vir na minha casa, querer falar sobre repórteres que vieram pra cima do meu carro com meus filhos dentro por causa de vadiagem sua na noite anterior??? Eu deveria ter passado por cima. Você não mora mais aqui, dá seu novo endereço a eles. Meus filhos não precisam passar por isso. A famosa aqui é você Natalie, não a gente. E eu não tinha nada a falar sobre a sua noite na balada com tal ator e pra onde vocês foram quando saíram juntos da festa. Me poupe dos detalhes também, definitivamente não me interessa sua vida sexual. Mas deixe esses urubus longe de mim, longe da minha casa, longe dos meus filhos. – falei com raiva e com mágoa.

Nat: Não aconteceu nada. Eu sai de carona com ele, porque eu bebi e não tinha condições de dirigir e o Rodrigo estava mais bêbado que eu. Ele me deixou no apart hotel e foi só isso, não aconteceu nada Priscilla. Até parece que não me conhece. – falou com raiva.

Eu: Sinceramente, não conheço mesmo. Era só isso? Pode ir.

Nat: Para... Para de me tratar assim. Como se não gostasse mais de mim.

Eu: No momento eu estou te odiando Natalie. Então faz o favor, vai embora dessa casa e não volta mais.

Nat: Não pode me hostilizar pra sempre. Não fala comigo a uma semana Priscilla, não me deixa ver meus filhos, não pode fazer isso comigo.

Eu: Eu não deixo você ver seus filhos? Você que não aparece Natalie. Você nunca foi presente, porque agora é diferente?

Nat: Vamos resolver isso? Sem brigar. A gente não faz outra coisa mais Priscilla... Isso está nos matando. – chorava.

Eu: Isso está te matando Natalie. Porque estava muito confortável pra você chegar em casa e ter sua esposa em casa te esperando, comida pronta, seus filhos saudáveis, sem que você precisasse fazer o mínimo de esforço pra isso.

Nat: Você como sempre jogando na minha cara a péssima mãe que eu sou.

Eu: E você é mesmo. Tanto que você chegou aqui hoje e nem perguntou da sua filha, das consultas dela, como está o processo para o tratamento dela. Você nem quis saber da Isabela. Você nunca foi mãe dela. Será por quê Natalie?

Nat: Está insinuando que eu rejeito a minha filha por ela ser parcialmente surda Priscilla? É ai que você está querendo chegar?

Eu: Não sei... É para onde devo seguir? – cruzei os braços e fiquei bem perto dela. – Sai da minha casa.

Nat: Essa casa também é minha – falou com raiva.

Eu: Ok. Quer ficar? Fica. Vou fazer as malas, pegar as crianças e sair.

Nat: Meu Deus, isso é exaustivo e ridículo Priscilla. – falava suspirando. Peguei uma mala no closet abri e comecei a olhar umas roupas. – Não vai sair dessa casa. Tudo que as crianças precisam estão aqui.

Eu: ENTÃO SAI DAQUI... – gritei. – EU NÃO QUERO MAIS OLHAR NA SUA CARA, NÃO ESTÁ VENDO ISSO? PELO AMOR DE DEUS, NÃO ME FAÇA TER QUE REPETIR NATALIE.

Nat: Eu amo minha filha, eu amo você, eu amo meu filho e eu não vou desistir da nossa família.

Eu: Já fez isso faz tempo.

Nat: Não eu não fiz.

Eu: Vai embora...

Nat: Eu vou... Amanhã venho pegar o Eric para levar para a escola e vou passar a manhã com a Isabela.

Eu:Ok mãe do ano. Boa noite... –ela saiu.


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O Clima tá tão pesado que chega tá palpável.

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