Capítulo 96

286 38 6
                                    

Eu: A gente precisa conversar.

Pri: O que foi? Por que você tá assim? – assustou comigo.

Eu: Aconteceu uma coisa...

Pri: Vou te dar o lanchinho agora depois a mamãe te dá banho tá filha – fez o lanche dela e fomos conversar. – O que foi?

Eu: O Pedro Maia, deu uma entrevista super tendenciosa a nosso respeito no Brasil.

Pri: Por que? Como assim? – assustou. Dei o ipad pra ela e a medida que ela lia, eu podia ver o choque no olhar dela. – Esse cara é doente. Isso nunca aconteceu, como assim? – falou muito nervosa.

Eu: Vamos falar com um advogado de família, com a Katerine e o Victor, fazer uma entrevista falando a verdade sobre isso. Não posso deixar o Pedro sair de santo numa historia que ele foi um completo imbecil. – já chorava de novo nervosa.

Pri: Eu tenho o documento que ele assinou abrindo mão de qualquer vinculo com o Eric, registrado em cartório. Eu adotei o Eric de forma legal, não fui no cartório e dei meu nome não. O que esse cara tá querendo? Dinheiro?

Eu: Provavelmente.

Pri: Vou falar com o advogado da minha mãe no Brasil vou pedir a ele pra contratar um detetive. Quero a ficha completa desse filho puta e vou soltar até na casa do caralho. De mim, esse lixo não ganha um centavo e nem chega perto do meu filho. – a Priscilla nunca fala palavrão. E quando ela fala é porque ela está no ultimo nível de nervosismo dela. – Liga para a sua advogada, vou ligar para o meu advogado, e vamos marcar aqui amanhã de manhã quando o Eric estiver no colégio, vamos conversar sobre isso. Eu quero esse desgraçado na cadeia, ou de preferência morto. – pegou a Bela e subiu. Eu não falei nada com ela. Ela estava nervosa. Liguei pra Katerine e ela poderia ir até lá em casa as nove da manhã. Falei com o Victor também e ele ia lá pra casa. Logo eu subi e a Pri veio com a Bela de banho tomado. – Eu liguei para o doutor Altman, ele vai pegar o caso, ele é o melhor na área. Ele vai vir amanhã as nove da manhã.

Eu: A Katerine e o Victor também. – ela colocou a Bela na cama e foi para o closet. Ouvi digitar a senha do cofre. Ela veio com uma pasta com tudo que tínhamos sobre a adoção do Eric. Priscilla quando quis dar o nome dela ao Eric procurou pelo Pedro e fez um documento com ele diante de um promotor e um advogado abrindo mão dos direitos como pai. Com isso, Priscilla entrou na justiça para adotar meu filho e dar a ele o nome dela e ela conseguiu. Ela pegou tudo que ela precisava e fez cópias e subiu de novo guardando o original no cofre. – Por que tem material traduzido para o inglês? – eu não sabia daquilo.

Pri: Por que eu pedi que fosse feito traduzido nos dois idiomas caso a gente tivesse algum problema para conseguirmos resolver daqui se fosse preciso. E está tudo autenticado em cartório. – ela pensava em tudo. A gente quase não dormiu aquela noite. De manhã a Pri levantou fez o café da manhã e o lanche do Eric, ele foi para o colégio, tomamos café a Babá da Bela chegou e foi brincar com ela e o Victor chegou junto com a doutora Katerine e em seguida o doutor Altman. Explicamos aos dois o que estava acontecendo, eles viram o vídeo, viram as noticias que estavam circulando nas revistas de Los Angeles.

Altman: Vamos aos fatos. Ele está mentindo?

Eu: Está. Completamente. Ele nunca quis o Eric, ele me estuprou e sumiu. Quando o meu filho nasceu e eu e a Priscilla nos casamos, ela procurou por ele e ele assinou um documento abrindo mão da paternidade.

Altman: Tem esse documento ainda?

Pri: Aqui está... Em português e em inglês.

Altman: Você registrou o estupro Natalie?

Eu: Sim. Eu fiz um kit de estupro no Brasil, eu tenho todos os laudos até hoje muito bem guardados, nem minha esposa sabia deles até pouco tempo atrás. Me deram um comprimido para evitar gravidez, mas não adiantou. Eu fiquei grávida e escondi de todo mundo que eu fui estuprada até mesmo da Priscilla. Ela veio a saber ano passado, quando o Pedro encontrou meu filho nas redes sociais e o abordou querendo contato e contando um monte de mentiras. – contei tudo a ele.

Altman: Tem as conversas do seu filho com ele?

Eu: Tenho os prints. – peguei o meu telefone e enviei para ele.

Altman: Ele está mentindo, e mentindo feio. Ele está querendo dinheiro provavelmente, porque não faz sentido ele aparecer 17 anos depois dando declarações publicas difamando vocês duas.

Pri: Só pode ser dinheiro doutor. Ele não vai ter contato com meu filho. Ele abriu mão disso o dia que disse que a Natalie era uma vagabunda e que o bebê não era dele. E confirmou que não o queria diante de um promotor e de um advogado, quando ele assinou um documento com firma reconhecida que não assumiria nunca essa criança e ainda disse que não era filho dele. – falava nervosa.

Altman: Ele alega que foi tirado dele o direito de ser pai.

Pri: Esse papel não diz isso. – deu a ele uma carta. Ele leu as duas páginas e tirou os óculos.

Altman: Uau...

Eu: Que carta é essa? Eu não sabia dela. – eu realmente não sabia.

Pri: Eu não sou amadora Natalie. Quando eu o encontrei e perguntei se ele queria conhecer o filho e assumi-lo porque tínhamos nos casado e viríamos para Los Angeles, ele fez uma super declaração de como não poderia e não queria ser pai dessa criança e como não acreditava ser pai dessa criança. Essa conversa foi diante de um promotor e do meu advogado no Brasil, com um escrivão que digitou cada palavra que saiu da boca até o momento em que ele assinou esse documento. Eu não ia dar um papel para ele assinar sem documentar cada palavra que saiu daquela boca imunda dele. – A Priscilla estava com sangue nos olhos.

Altman: Isso é perfeito. Vamos atacar... – eles falaram que ia acioná-lo judicialmente por calunia, difamação, exposição de menor, tentativa de extorsão e mais algumas leis que enquadraria o que o que ele estava fazendo. Altman entrou em contato com o advogado da minha sogra no Brasil doutor Rodrigues Perez e ele ia cuidar de tudo por lá. Katerine fez uma nota e um pedido na justiça para que as revistas e sites que estão replicando as falsas acusações se retratem e tirem de circulação tudo aquilo. Priscilla foi trabalhar depois do almoço, ela levou a Bela na escola. Eu fui para o estúdio e depois passei no apartamento da minha sobrinha pra ver se tinham montado os moveis e o apartamento dela estava prontinho. Meu celular tocou, era a Diorio.


Fama e DestruiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora