Capítulo 53

312 44 1
                                    

PRISCILLA NARRANDO...

Ela não quis assinar o divórcio e eu não ia sair da minha casa e ela também não. Então ela foi para outro quarto. Eu estava irritada com isso tudo eu não aguentava mais brigar. Nosso filho estava muito feliz no colégio novo, estava na comissão de formatura, fez amigos e os convidou para passarem o final de semana lá em casa. A sexta feira foi intensa pra mim e para piorar bati o carro por causa de um idiota. Acabei me envolvendo num engavetamento. Tive que ir pra casa pegar outro carro e buscar meu filho com os amigos no colégio. Natalie estava tentando cozinhar alguma coisa que ia nos intoxicar com certeza. Os amigos do meu filho são muito legais. Divertidos demais, pessoas simples, com bom humor. Convenci Natalie de largar aquele frango antes que ele explodisse de tanto tempero que ela botava nele. Pedimos pizzas, eles foram para o cinema ver filmes e nós duas ficamos na sala de jantar comendo sem conversar. Ela me fazia algumas perguntas, eu respondia mais ou menos e voltava a comer. Botei a Bela na cama recebi uma mensagem da Maria Clara me convidando para tomar um drink e eu aceitei. Avisei a Natalie que estava saindo quando já estava no carro, dizendo que era pra ela cuidar da Isabela. Ela me ligou umas 30 vezes.

Maria: Tudo bem? – sorriu e veio me abraçar.

Eu: Tudo e você?

Maria: Poderia estar melhor, mas... – suspirou – O que vai beber?

Eu: Só quero um suco, estou amamentando.

Maria: Ok. – pediu um suco pra mim e uma drink pra ela.

Eu: Como você está?

Maria: Cansada de brigas. – suspirou.

Eu: Somos duas então. A Candence não está aliviando pra você né?

Maria: Não. Eu não sei o que ela quer de mim Pri. Ela me traiu, ela não estava feliz então a gente se separou. Compramos casas uma do lado da outra, estava indo tudo bem.

Eu: Até que?

Maria: Até que eu conheci alguém. O nome dela é Hellen. Ela é professora na faculdade, mas fazemos horários diferentes então quase não a via, até que tomamos café juntas, o horário dela mudou e descobrimos muitas coisas em comum.

Eu: E você está gostando da Hellen?

Maria: Eu gosto de estar com ela e ela gosta de estar comigo. O sexo é incrível, a energia é incrível. Mas ainda não dá para dizer como vai ser e não estamos rotulando nada. Ela foi jantar lá em casa e a Candence estava com as crianças e apareceu do nada no meio do jantar. Foi pegar um termômetro porque o Bryan estava com febre. O clima ficou péssimo, a tensão no ar ficou palpável sabe. Ela pegou o termômetro e foi embora e continuamos nosso jantar. Depois mandei mensagem pra ela pra saber do Bryan e ela tinha me bloqueado – riu sem humor. – Infantil demais. Hellen ficou até tarde lá em casa e quando ela foi embora eu fui até a casa dela e ela acabou comigo. Disse que nosso filho estava doente enquanto eu estava tentando transar com outra mulher, foi uma baixaria Pri. – me contou tudo. – E foi isso...

Eu: Olha Maria, você deveria dar um belo de um foda-se pra ela. Sabe por que? Por que ela traiu você e você não fez metade do escândalo que ela fez, sendo que agora vocês estão divorciadas. O Bryan é filho de vocês duas e aquela noite, ele era responsabilidade dela. Quantas vezes desde que vocês se separaram, ela abriu mão da noite dela pelas crianças? Nenhuma vez e você se virou sozinha com eles, e nunca cobrou isso dela. Quem acabou com o casamento de vocês primeiro foi ela, então ela não está em posição de dar escândalos, de criar intrigas nem nada do tipo.

Maria: Não tem mesmo Pri, é a minha vida. Ela pode seguir em frente e eu não? É isso? Eu tenho que ser uma mulher sozinha e cuidando dos nossos filhos nas noites de folga enquanto ela se diverte e vive a vida de solteira dela? Eu amo meus filhos e eu deixaria tudo por eles, mas mereço ser feliz com alguém assim como ela está buscando ser feliz também.

Eu: É claro que merece Maria, mas você vai ter que se impor. Ela faz o que quer com você e você acaba cedendo as vontades dela. Não é justo. Se for preciso então, entre na justiça pegue as crianças, ou determinem legalmente os dias deles para impor limites nela. Eu sei que é difícil para eles, mas está sendo para você também, e vocês nesse desgaste todo na frente deles, com brigas, com pequenas ofensas, eles são crianças, mas sentem e entendem, não é saudável. – eu percebi que eu estava vivendo o mesmo que ela, sem a parte dos relacionamentos. Ela bebeu demais, e chorou e foi terrível. Ela tinha saído de táxi então eu a levei pra casa. – Vai ficar bem?

Maria: Sim... Acho que sim – suspirou.

Eu: Qualquer coisa me liga.

Maria: Pode deixar... Obrigada. Obrigada por me ouvir.

Eu: Imagina, quando precisar me liga.

Maria:Você também. –esperei que ela entrasse em casa e fui embora.


Fama e DestruiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora