Analu estava brincando com a Catarina e a Bela na brinquedoteca e eu fui até lá. – Filha, não dormiu quase nada?
Pri: Ela dormiu meia hora só, acordou falando que queria brincar de boneca. – riu – Amor, vou numa loja comprar uma toalha de mesa grande, porque nossa mesa é grande demais e a gente nunca a usou inteira e precisamos de uma toalha grande. Não devo demorar.
Eu: Tá.
Pri: Precisa de alguma coisa?
Eu: Não. – sorri e ela saiu.
Analu: Ela é maravilhosa – sorriu.
Eu: Sim, ela é... E nem sempre dei valor nela – suspirei. Ela já sabia das nossas brigas, dos nossos desentendimentos.
Analu: Mas vocês consertaram, ainda estão consertando. É isso que importa agora. Vocês não desistiram uma da outra, do amor de vocês, da família linda de vocês. Aos poucos as coisas chegam no lugar.
Eu: É. Estamos bem, estamos nos entendendo, estamos conciliando bem as coisas e tem sido incrível – sorri.
Analu: A Laura e eu temos tido problemas ultimamente.
Eu: Por que? – resolvi perguntar, mas eu sabia bem o motivo.
Analu: Ela anda arredia, grosseira, joga umas indiretas tem hora, como se odiasse a mim e ao pai dela, por sermos médicos. Ela esses dias numa conversa lá em casa falou assim "Nossa mamãe, Deus me livre não atingir suas expectativas e as do papai. É bem capaz de nevar em São Paulo ou o mundo acabar talvez". E ela desde que começou a faculdade no meio do ano tem crises de ansiedade. A Laura sempre foi animada, festeira, ama teatro, amo atuação, e essa alegria toda dela se apagou. A Bia é calma, na dela, fala baixo, mas faz sua voz ser ouvida. Ela devora nossos vídeos de procedimentos, ela ama o que faz. Já a Laura, parece que se apagou.
Eu: E você tem ideia do motivo disso?
Analu: Eu acho que ela odeia estudar medicina.
Eu: E ela não estudar medicina seria um problema pra você e para o César?
Analu: Jamais Nat. – sorriu de leve – A felicidade dela é o que importa. Eu me sentiria mal de saber que ela não gosta do curso dela, mas pelo fato de que ela entrou no curso porque em algum momento, ela achou que essa fosse a nossa vontade, o nosso desejo e não é. A gente nunca impôs isso a ela e a irmã dela. A Bia sempre quis ser médica, mas a Laura nunca falava disso e sinceramente eu achei que ela fosse fazer artes cênicas ou cinema. Eu fiquei feliz quando ela escolheu medicina, mas desde que notei as mudanças dela, e desde que a gente começou a se desentender, eu acho que esse não é o sonho dela, que ela está fazendo isso para agradar a mim e ao pai dela.
Eu: Eu conversei com ela hoje sobre isso. Agora pouco por sinal.
Analu: Eu vi vocês na piscina.
Eu: Sim... E é exatamente isso Ana... Ela não está feliz, não é o sonho dela, o sonho dela é fazer cinema e artes cênicas, mas ela prefere sofrer do que fazer você e o César sofrerem. – O César estava ali na porta ouvindo tudo.
Cesar: Meu Deus – a gente assustou e ele sentou no chão com a gente. – A gente nunca obrigaria nossos filhos a fazer algo porque a gente quer. A Bia ama estudar medicina, mas se esse não é o sonho a vontade da Laura, ela não precisa fazer isso por nós. Não queremos que ela sinta que estamos projetando algo nela, porque não estamos. – falou preocupado.
Analu: Jamais Nat. Eu quero que minha filha seja feliz. Seja fazendo medicina, seja fazendo cinema, seja fazendo engenharia, ou seja fazendo licenciatura, ou direito. Não temos o direito de escolher por ela, afinal de contas é a carreira pra vida dela toda. Não temos o direito de interferir. – eles ficaram chocados.
Eu: Se importam dela passar o mês de janeiro todo comigo? Pra conhecer os estúdios, ver se é isso que ela quer, o que eu tenho certeza que é.
César: Claro. Se ela quiser ficar por nós está tudo bem.
Analu: Se não for incomodar vocês, por nós está tudo bem. Só queremos que ela seja feliz e feliz de verdade, amando o que escolheu fazer para a vida toda e não algo que ela pense que queremos porque não é isso. Jamais ficaríamos magoados por ela não querer medicina, mas ficamos tristes por ela fazer medicina preocupada em nos agradar. O que nos agrada é a alegria dela é a realização pessoal dela.
Eu: Obrigada por isso. Meus pais foram totalmente opostos a minha carreira e isso vocês devem saber. Vai ser importante pra ela o apoio de vocês. – ficamos ali com as meninas um tempo, a Pri chegou, e nossos filhos chegaram cheio de sacolas.
Pri: Assaltaram o shopping?
Eric: Quase isso mãe. E pode ser que eu tenha estourado o meu cartão.
Pri: Por que?
Eric: Eu perdi uma aposta com as meninas.
Bia: Perdeu feio. – ria.
Pri: É de morrer?
Eric: Não mãe... Eu disse que elas não conseguiriam tocar a campainha na casa da Beyoncé sem aparecer um segurança antes e ninguém atenderia.
Pri: E?
Eric: E que eu elas conseguiram e a própria Beyoncé atendeu. A gente entrou no carro e fugiu antes de brotar segurança até das arvores. E eu disse que se elas conseguissem isso, eu compraria três presentes de marca pra cada uma delas, e como pode ver eu perdi.
Pri: Bem feito, nunca subestime uma mulher.
Eric: Não vai gritar que eu devo ter estourado o cartão?
Pri: Eu não. Quem paga seu cartão é sua mãe, e ela é milionária. – saiu rindo.
Eu: Filha da minha sogra... – ri. Fomos cuidar da ceia, colocar tudo para assar, fazer sobremesa. Logo eu, Priscilla e Analu começamos a arrumar a mesa. Nossa mesa era para 14 pessoas, e colocamos a mesa de fora dentro de casa também. Assim os adolescentes e crianças ficariam na outra mesa e os adultos na mesa maior. As comidas foram ficando prontas, a gente foi tomar banho e se arrumar, a Pri deu banho na Isabela eu fui vesti-la e a Pri foi tomar banho. Eu vesti a Bela e a gente desceu. Logo todo mundo já estava pronto, minha sogra chegou com o restante da família. Me bateu uma certa tristeza pensando no meu pai.
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Fama e Destruição
FanfictionMeu nome é Natalie Kate Smith Pugliese... Tenho 35 anos sou uma atriz muito famosa, moro em Beverly Hills um dos bairros mais caros e nobres em Los Angeles, Califórnia. Sou conhecida por atuar em grandes séries da NBC e da Netflix. Sou casada a 15 a...