Capítulo 59

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Eu: Oi Maria...

Maria: Pri... – ela começou a chorar desesperada.

Eu: O que foi? O Bryan está bem?

Maria: Meu... Meu... – soluçava. – Meu filho teve morte cerebral declarada a 15 minutos. – eu cai sentada no sofá.

Eu: Meu Deus... Meu Deus... – eu estava com o coração disparado. – Eu estou indo até ai ok? Quem está ai com você?

Maria: Candence.

Eu: Estou indo. Chego em 15 minutos. – desliguei. Eu subi, me troquei, a Bela tinha dormido a babá estava com ela.
Nat: O que foi?

Eu: Preciso ir para o hospital.

Nat: O que aconteceu? – veio atrás de mim no quarto. Eu me troquei.

Eu: A Maria Clara ligou – peguei minha bolsa.

Nat: Calma, está tremendo o que aconteceu?

Eu: A Maria Clara ligou e... – comecei a chorar – O Bryan teve morte cerebral.

Nat: Oh meu Deus...

Eu: Eu preciso ir...

Nat: Priscilla...

Eu: Eu mando noticias... – sai rapidamente entrei no carro e voei para o hospital. Candence estava com a mãe dela sentada num canto do quarto, desolada. Maria Clara estava deitada na cama ao lado do filho. Ele foi levado para um quarto para a família se despedir. Ela estava agarrada a ele, suas lágrimas caiam silenciosas. Eu senti um aperto tão grande no meu peito que parecia que eu explodiria a qualquer momento. O médico já tinha desligado os aparelhos, e ele estava indo aos poucos. – Oi... – sussurrei.

Maria: Ele... Ele está indo... – falou aos soluços.

Eu: Eu sei...

Maria: Ele não pode fazer isso comigo. Ele é meu bebê, ele não pode me deixar.

Eu: Maria... Você vai abraça-lo e dizer o quanto o ama, e que está aqui com ele até ele partir. E esse amor vai ser eterno ok? Você não está sozinha, eu estou aqui com você. – segurava o choro. Depois de meia hora, Bryan partiu. O médico entrou anunciou o óbito. O desespero da Candence e da Maria Clara era doloroso. Maria Clara não deixava Candence encostar nela. Ela certamente a culpava e Candence se sentia culpada também. Depois de muita insistência, Maria deixou que o corpo fosse levado.

Maria: Meu bebê... O meu bebê Pri... Ele se foi... – soluçava.

Eu: Eu sei – já chorava – Eu sei que dói, mas não consigo imaginar o tamanho da sua dor. Eu estou aqui do seu lado e não vou te deixar sozinha ok? – ela ficou mole. – Maria? Maria Clara? – ela desmaiou. – Enfermeira, me ajuda ela desmaiou – trouxeram uma cadeira de rodas pra ela. A levaram para uma sala de atendimento e eu fui junto. A pressão dela estava baixa e ela estava desidratada. Logo a colocaram no soro e ela despertou aos poucos. Deram um leve calmante a ela. Candence estava com a mãe dela resolvendo tudo para o velório e o enterro. Eu não sai do lado da Maria Clara. Ela logo apareceu na porta e eu fui até lá. Maria Clara dormia.

Candence: Como ela está? – perguntou baixo e abatida.

Eu: Desidratada, pressão estava muito baixa. Deram um calmante a ela, agora está dormindo um pouco.

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