- O velho não está aqui pra te proteger. - debochou Axel caminhando em passos curtos até mim.
- Axel... você sabe que sou um frouxo, então, tchau. - digo encarando ele confiante e saio correndo rapidamente.
Podia ouvir os passos velozes dele se aproximando cada vez mais de mim. Olhava para os lados e só via paredes sem nenhum lugar que eu pudesse escalar. Entrei em um beco escuro e úmido, encontrei uma lixeira e me escondi atrás dela.
- Vai por aquele lado que eu vou por esse. - uma voz ecoou pelo beco.
- Hwang, Hwang, vem aqui garotinho idiota... - dizia Axel entre risadas.
"Tô tão fudido" foi a única coisa que consegui pensar.
Inclinei um pouco para frente e vi Axel olhando para outra direção, então aproveitei para adentrar uma porta que havia em minha frente.
Tentei fazer o mínimo de barulho quando entrei. Aquilo parecia um estoque para alguma coisa, tinha várias caixas empilhadas, me escondi atrás delas e sentei-me no chão frio.
- Merda! - resmunguei baixo ao ouvir meu celular tocar.
A raiva passou quando vi que era Felix. Mas recusei a chamada imediatamente, ele mandou inúmeras mensagens perguntando se eu já iria voltar para sua casa, respondi com um simples "sim" junto de um coração rosa.
Pretendia ficar ali até amanhã, mas tenho compromisso com lix e ele também não pode desconfiar de nada. Então tentei meu máximo pata sair dali.
Levantei e abri a porta com receio, olhei para todos os lados antes de sair, quando finalmente estava confiante, saí correndo dali. Fui parar perto de uma estação de metrô, nunca andei por aquela área, estava perdido.
Sentei num meio-fio e fiquei refletindo em meus pensamentos o que deveria fazer. Não podia ligar para Felix e estava sem dinheiro para pegar metrô ou ônibus.
- Minha cara tá toda fudida... como é que vou explicar pro Felix? ai que droga! - murmurei para mim mesmo.
- Ei, Jovem, o que aconteceu? - perguntou um dos três policias que se aproximavam de mim.
- Ah... nada. - sussurrei com a voz oscilante.
- Onde você se machucou? - perguntou o mesmo policial.
- Eu... foi uma briga de festa, nada demais. - disse tentando transparecer que o que havia dito fosse verdade.
- Garoto, essa área tem muitos bandidinhos jovens que nem você... - disse outro policial.
- Tá insinuando que eu sou um bandido? - perguntei soltando uma risada sarcástica.
- Não sabemos, mas você vai ter que ir para a delegacia com a gente, melhor não fazer birra, apenas siga as ordens. - disse o policial mais alto me puxando pelo braço.
- Mas eu não fiz nada! me solta! - exclamei esperneando para que ele me soltasse.
- Qual é, qual foi a parte do "não fazer birra" que você não entendeu?! - questionou o mesmo policial me jogando dentro da viatura.
"Vivendo e se fudendo" acho que esse é meu lema.
- Eu não tenho pai, não tenho mãe, ninguém gosta de mim, eu sou pobre e fudido, minha cara tá toda arrrombada, meu namorado é tão maravilhoso, ele merece alguém melhor que eu... meus sonhos estão todos destruídos, e agora vou ser preso por não ter feito nada, prefiro que me matem. - dizia soluçando.
- Por Deus... - dizia o policial ao meu lado com cara de desgosto.
- Se comoveu? - perguntei enxugando as lágrimas.
- Por acaso quer que sintamos pena de você e depois deixar você ir embora? - perguntou o que dirigia.
- Na verdade, se você puder, pode me levar pra casa do meu namorado? ele precisa que eu cuide dele, por favor, não fiz nada de errado! por favor, por favor! - dizia implorando para eles.
- Caralho! leva esse moleque logo pra casa do namorado dele. - exclamou o que estava do meu lado direito.
Sorri gentilmente para ele e dei um abraço. Okay, talvez tenha ido muito longe, o homem apenas me empurrou e ajeitou suas roupas.
- Passa a localização. - pediu o que estava dirigindo.
Passei a localização para ele, e fiquei jogando conversa fora com eles enquanto não chegava.
- Muito obrigado! - disse ao sair do carro.
- Nunca mais quero te ver! - disse o policial pisando forte no acelerador.
- Só me humilham. - resmunguei entrando dentro da casa.
- Lix, amor... - chamei ele enquanto subia os degraus da escada.
- Finalmente! - disse o mais novo vindo me abraçar.
- O que aconteceu com seu rosto?! - perguntou franzindo a testa.
- Eu... meio que briguei com uns bêbados, nada demais. - disse entre risadas.
- Por que brigou com bêbados!? - questionou me puxando para seu quarto.
- Eles só... falaram bobeira enquanto eu tava passando, só isso mesmo, não precisa se preocupar. - expliquei inventando mentiras repentinas que vinham em minha mente.
- Que idiotas! é melhor você me dizer onde foi isso, porque eu vou acabar com a raça de cada um! - ele dizia com raiva.
- Tá tudo bem! você ainda tá bêbado. - dizia analisando seu rosto.
- Não, tô ótimo! vem. - exclamou me arrastando para ao quarto.
- Senta ali, vou cuidar dos seus machucados. - disse Lee apontando para a cama.
Ele sentou-se entre minhas pernas e começou gentilmente a limpar meus ferimentos.
- Deve doer, né? acho melhor ir no médico! - ele dizia preocupado.
- Você é meu médico. - disse sorrindo de canto.
O loirinho deu beijos em todos os meus machucados, e por fim, sussurrou em meu ouvido que fez isso para sarar mais rápido.
- Cheguei a conclusão que você é lindo de qualquer jeito. - dizia o mais baixo enquanto guardava a caixinha de primeiros socorros.
- Não, não sou... - murmurei soltando uma risada nasal.
- Claro que é, seus olhos, seu cabelo, seu corpo, é tudo lindo! - ele disse se jogando em cima de mim.
As coisas que faço me tornam feio, sujo e desprezível. Mas lix sempre mostra o meu lado bom, que pra mim não existe.
Obrigado por ler até aqui, meu anjo!♡
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my favorite painting | hyunlix
FanfictionHyunjin é um garoto de classe baixa que possui vários trabalhos, e um deles é na cantina da faculdade em que Felix estuda. Toda vez que o garoto ia na cantina, Hwang se apaixonava cada vez mais. Diferentemente, Lee odeia Hyunjin. Mas o mais velho nã...