Capítulo 27 - Mostre que ela está enganada

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Devil


Acordo de um cochilo que nem lembrava ter tirado.

Minhas pálpebras se separam e minha visão tenta se adaptar a claridade outra vez. Aparentemente eu estava cansado demais para chegar até meu próprio quarto que dormi na cadeira, escorado sobre a mesa retangular da sala de reuniões. O que não é muito comum acontecer. Então considero que meu corpo parou de funcionar sem que eu tivesse consciência.

Contraindo os ombros, eu estudo o cômodo. Não estou sozinho.

– Por que ninguém me acordou? – pergunto a Zion, antes que ele consiga abrir a porta e sair.

Ele para e se vira enquanto eu procuro algo para umedecer a garganta. Meus olhos encontram a bancada das bebidas. Vai álcool mesmo.

– Alec me disse que estava aqui, e eu tinha informações sobre o navegador, mas, como você estava... dormindo, eu achei melhor...

– Quais as informações? – Bebo um gole considerável do uísque. Ele vai queimando a garganta e acordando minhas veias adormecidas.

– O navegador começou a trabalhar no Death Fight há mais ou menos seis meses atrás. Ninguém notou nada estranho porque os membros do ringue são trocados diariamente, devido as confusões e mortes que tem lá.

Seis meses? É quase o tempo em que eu matei Scarlett, e Louise... Fecho meus olhos, inspirando baixo. Tem que ser coincidência. Ele não pode ter sido mandado por ele. Ele está preso.

– Ouviu ou viu algo sobre fechar os Portões do Inferno? – mudo de assunto, acalmando o vibrar das minhas veias.

Zion parece tão surpreso quanto eu quando o demônio falou.

– Fechar os Portões? Mas isso é impossível.

– Bem, não foi o que o demônio que tentou atacar a casa disse. – O guardião franze ainda mais o rosto, e eu explico, lembrando que ele não foi informado da conversa de horas atrás: – Ele disse que fechariam os Portões, não disse quem, com a quantidade de humanos no Hell.

– Mas só foram... quatro. E por que faríamos isso?

Dou de ombros.

– Não há humanos dessa forma no inferno desde... sei lá, desde sempre. E o porquê... também não faço a mínima ideia.

– Estranho. Mas não ouvi nada sobre.

– Foi o que eu imaginei. – Levo a garrada de uísque à boca novamente. – Deve ter sido um blefe, ele só queria um motivo para que eu o deixasse vivo.

– Mas, de qualquer forma, vou ficar de olho se alguém sabe de algo.

Assinto rapidamente. A garrafa está no final. E minha garganta continua seca. Que ótimo.

– Louise já voltou? – Minha mente retorna imediatamente a ela. Não sei quanto tempo eu dormi, mas certamente ela já deve estar no quarto. E eu espero que descansando como eu mandei.

Zion faz que não com a cabeça, e algo estranho acende no meu peito. Involuntariamente, minha mente retorna ao momento em que descobri que Scarlett havia a levado, o desespero que senti quando soube... a forma que explodi a casa... Relaxa, Aren, Louise não é tão indefesa quanto antes, e além de que ela só foi ver o pai. Me forço a acreditar nisso, mesmo sentindo uma brasa queimando dentro de mim.

– Quer que eu vá...?

– Não. – Ela com certeza iria criar uma discussão que eu não estou a fim de discutir nesse momento sobre como eu sou territorialista e não confio nela. – Faz quanto tempo que ela foi?

Burning In Hell: A Rainha do Inferno (Livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora