Os dias se passaram. Os sons aleatórios estavam começando a incomodar ambos os irmãos, que nos primeiros dias já descobriram uma habilidade de conversarem telepaticamente.
Aquele cheiro de cachorro molhado de novo.
Diz Atlas impaciente e Magnus, seu irmão mais novo ri.
Deve ser um cachorro mesmo, ele sempre vem me cheirar e os pelos fazem cócegas.
Fala inocente e Atlas respira fundo.
Vou tentar abrir os olhos de novo.
Avisa o irmão e se concentra, abrindo os olhos pela primeira vez, encarando um teto de madeira e um cachorro preto de olhos verdes o encarando e sorrindo enquanto abanava o rabo.
- Ele abriu os olhos! Ele abriu os olhos! – Fala o cachorro com uma voz de criança humana, assustando Atlas.
O cachorro falou, Lucca!
Grita em pensamentos, já que não conseguia falar com sua boca. O cachorro pula do berço e sai correndo, indo atrás de uma moça.
- Mãe! Mãe! – Fala o cachorro e a moça corre.
- Fenrir, falei para se comportar. Alguém pode ser espião, lembra? E volte a sua forma humana. – Fala a moça em sussurro e se aproxima, revelando os olhos e cabelos castanhos com o sorriso inocente. – Oi, meu bebê.
Fala acariciando seu rosto.
Tão... Quente...
Observa e Lucca resmunga.
O que? O que é quente? Também quero ver!
Se esforça e abre os olhos. O menino mais velho, Fenrir, sorri largo.
- Olha, olha. Magnus também abriu os olhos, mamãe! – Sussurra animado e a moça sorri, acariciando o outro bebê.
Quentinho...
Comenta, já que ambos nunca sentiram tal carinho em sua antiga vida.
Ela que é nossa mãe? - Questiona Lucca. - Não reclamaria se fosse.
Ambos os bebês a encaram sérios, já que nunca sorriram ou riram antes para ninguém. A moça estranha.
- Eles são esquisitos. – Comenta Fenrir fazendo careta e ambos os bebês ficaram sérios, se sentindo ofensivos. – Eles nunca sorriram, nem riram. Estão com defeito?
Pergunta inocente e Cássia ri.
- Pare de falar assim de seus irmãos, Fenrir e vá ajudar a arrumar a mesa. – Manda e o jovem sai dando de ombros. – Não fiquem assim. Irão se acostumar com ele logo, meus queridos.
Hey... Eu me lembro dela! - Lucca comenta e Gael o encara.
De onde?
Da loja de coisas velhas! Foi ela que deu a caixa de música para nós, Gael! A cliente fiel, lembra?
Gael se assustou e ambos encararam a moça, surpresos, a deixando desconfiada.
- O que vocês dois estão tramando? – Pergunta e depois ri antes de pegar o mais novo. – Vem, mocinho.
Gael, socorro!
O mais novo grita assustado e o mais velho arregala os olhos.
Lucca! Calma... Eu vou...
Ele se remexe e remexe, mas não sai do lugar.
Corpo de bebê é uma merda! Eu não consigo me mexer!
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Sua realeza, a Fera
FantasyE se um imperador tirano de um mundo de fantasia viesse para o mundo real? Para salvar seu reino e seu futuro, Felipe, disfarçado de humano, foi jogada para outro mundo a fim de aprender a realidade do mundo moderno. Começando com um quase atropela...