Estávamos correndo o mais rápido possível. Depois que um amandava me deu a notícia, não avisei ninguém sobre minha saída e corri sem descanso de volta para a capital. Eu não curtia minha versão anima, porém era necessário para chegar o mais rápido possivel. Eu não lembro de correr tanto como hoje. Do norte até a capital leva quase dois meses de carruagem pela estrada. Porém, Sebastian, meu professor, me ensinou a andar sobre a floresta verde, já que eu tenho uma ligação estranha com essa mata.
Em seis dias eu cheguei, revoltado com a demora. Pulo os muros do palácio e ignoro a guarda real me perseguindo desesperados. Eu precisava vê-la!
Me jogo na frente das portas duplas de madeiras e grito.
- Cheguei! - digo ofegante - Eu cheguei!
Digo me transformando em humano e o rei ri enquanto se levanta da cadeira, que tinha no canto do quarto, entregando o documento para Liam.
- Demorou, garoto! - diz se aproximando e bagunçando meus cabelos. - Bem vindo de volta.
Diz e sinto o cheiro de creme doce no ar.
- Mamãe? - a chamo e ele revira os olhos, dando passagem.
Cássia sai do banheiro, parecendo um pouco cansada e sorridente.
- Oi, meu bebê! - diz se aproximando devagar e para antes de me tocar. - você correu?
Sorri de lado e cheiro seu pescoço.
- Onde...?
Ela me afasta e ri, acariciando meu rosto.
- Estou bem. - Diz tocando na barriga, agora baixa e magra. - Nós duas.
Diz pegando na minha mão e me guiando para outro quarto, ao lado do deles, revelando Magnus e Atlas, ambos com aparência de crianças de quinze anos e olhares extremamente opostos. Magnus parecia radiante e Atlas estava sério, atento com cada barulho em volta. Me aproximo de um berço de madeira pintada de branco que estava no meio do quarto. Um pequeno bebê gordo e rosado acordava e abria os olhos verdes claros para nós três, que inclinamos a cabeça.
Ela olha em volta e mexe seus pés e mãos, rindo para nós três. Viro para minha mãe, atrás de mim, parada na entrada do quarto junto de meu pai. Ela confirma com a cabeça e volto a encarar o bebê antes de esticar os braços e pegá-la com cuidado, como fui treinado.
- Ela... - comento emocionado e franzi o cenho. - Ela é gorda!
- Olha o respeito, rapaz! - minha mãe reclama se aproximando e batendo na minha nuca.
Agora, mais baixinha, ao lado de meu corpo também evoluído para um rapaz de quinze anos de idade, Cássia suspira parecendo aliviada.
- Achei que tinha dito que iria demorar uns três ou quatro meses para ela nascer. - comento e minha mãe dá de ombros.
- A gestação parecia mais lenta que a dos gêmeos. Eu realmente pensei que seria uma gestação de nove meses, como é com as pessoas do meu mundo. - explica e suspira. - Mas essa coisinha queria vir antes!
Fala brincando com a barriga da bebê, que ri animada.
- Nossa, ela se parece com o Atlas. - comento e todos encaram o garoto, que levanta uma sobrancelha, desacreditado. - A aparência, bobo! Mas a energia dela é igual a minha! - Digo animado. Qual o nome dela?
Nosso pai se aproxima e pousa sua mão na cintura de nossa mãe.
- Artemis. A primeira princesa do império. - diz e os gêmeos sorriam orgulhoso, assim como nossos pais.
Volto a encarar minha mais nova irmã, pequena e sorri. Ela pega e segura meu dedo e relaxa em meus braços, rindo e se divertindo com tudo em sua volta.
- Oi, Artemis. Sou seu irmão mais velho, Fenrir. - digo em um sussurro e me aproximo, tocando nossas testas. - prometo te proteger, minha gordinha.
Brinco e mamãe bate em minha nuca de novo, me fazendo rir.
Tudo estava indo bem. Passamos por muita coisa desde o nascimento dos gêmeos, há dez anos atrás. mas estamos firmes, fortalecidos e hoje posso dizer que o império é forte e temido.
E a paz finalmente reinou novamente em Ignis.
Fim... Ou não.
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Sua realeza, a Fera
FantasyE se um imperador tirano de um mundo de fantasia viesse para o mundo real? Para salvar seu reino e seu futuro, Felipe, disfarçado de humano, foi jogada para outro mundo a fim de aprender a realidade do mundo moderno. Começando com um quase atropela...