Após muitos meses e já se acostumando com sua nova moradia, que era, literalmente um palácio, os gêmeos acordaram cedo com tanta movimentação em seus quartos. Se apoiaram no berço, agora conseguindo ficar em pé e viram várias funcionárias segurando roupas, mostrando para Cássia.
O que está acontecendo? - Pergunta Lucca, agora acostumado a se chamar de Magnus.
Não sei, mas não parece ser ruim. Estão todas sorrindo. - Responde Gael, já acostumado a se chamar de Atlas.
Cássia escolhe as mesmas roupas para os três meninos, Fenrir, Atlas e Magnus, para a festa que iria ocorrer no dia de hoje.
- Certo, agora vamos acordar os meninos e... – Ela para de falar ao perceber que ambos os bebês a observava. – Bom dia meus amores.
Ambos se acostumaram com a presença de Cássia, mas ainda se sentiam estranhos sempre que recebiam beijos da mesma. A porta se abre com força, assustando todas antes de revelar o menino pequeno com caninos afiados e olhos verdes mortais.
- Mamãe! Você não vai acreditar! – Fala Fenrir enquanto se aproximava completamente coberto de sangue.
- Fenrir, porque está sujo de sangue?! – Fala estupefata e encara os gêmeos, que não se assustaram com a visão. – Eles... Não choram de jeito nenhum, não é?
- Eles devem ter puxado o rei. Mas você não está me ouvindo! – Fala pulando ao lado da moça que ri.
- Está bem, - Fala segurando os ombros do menino. – O que aconteceu para que você fique completamente sujo, menino?
Fala e as criadas se assustam, já que ouviram boatos que o primeiro príncipe, de origem selvagem, era na verdade um monstro disfarçado e matava sem vergonha. Todas tremiam de medo e fizeram reverência antes de quase saírem correndo.
- Eu segui um cheiro doce na cidade e... talvez... eu tenha derrubado um balde de doce vermelho em mim. – Fala esticando os braços, com o rosto sério.
Cássia prende a risada, mas não resiste, rindo do garoto enquanto o limpava com uma toalha limpa.
- Ai ai, Fenrir! E você, pelo menos, pediu desculpa ao dono do doce?
- Sim, mas ele era grande com bigode branco e bochechas vermelhas. Ele ficou vermelho de raiva e sai correndo. – Fala fazendo um leve bico e virando o rosto, envergonhado até ver os gêmeos.
- Nossa, eles são tão fofos! – Se aproxima dos bebês, que não reagem. – Nossa, eles não se assustaram comigo assim.
Fala surpreso e Cássia suspira, ainda preocupada com a falta de reação das crianças.
- Vá tomar banho. Já separei a roupa de vocês. Diego pode aparecer em breve, então se apresse.
Fenrir sorri animado, já que gosta do amigo guepardo e sai correndo em direção ao banheiro.
Cássia suspira alto e coloca a mão no coração.
- Eu realmente achei que era sangue. – Fala preocupada para os gêmeos. - Mas vocês não se surpreendem com nada, não é?
Suspira parecendo decepcionada e banha os dois pequenos e veste os três assim que Fenrir volta completamente pelado e molhado, divertindo Cássia.
Ao finalizar, a porta se abre com força e um grito se ouve no corredor.
- Diego! - um guepardo aparece pulando até Fenrir, caindo em cima do menino, que ria do amigo.
Um coelho aparece e se aproxima ofegante.
- Desisto, ele é muito rápido! - reclama e se transforma em humana, surpreendendo os gêmeos novamente.
Então é verdade. Tem humanos que se transformam em animais aqui! - Exclama Magnus.
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Sua realeza, a Fera
FantasyE se um imperador tirano de um mundo de fantasia viesse para o mundo real? Para salvar seu reino e seu futuro, Felipe, disfarçado de humano, foi jogada para outro mundo a fim de aprender a realidade do mundo moderno. Começando com um quase atropela...