Ao ouvi Cássia me chamando, não penso duas vezes antes de deixar tudo para trás e correr atrás dela, a encontrando sozinha na biblioteca.
Depois que a estranha magia some em volta de Cássia, a pego no colo e a levo para seu quarto enquanto Brian chama os magos, mas ninguém sabia explicar o que tinha acontecido com a moça.
- Posso confirmar que ela está estável agora, senhor. Mas a magia é morta.
Me assusto. Uma magia morta? Isso por acaso ainda existe?
- Como assim? – Brian questiona – Se está morta, como uma humana pôde usar?!
- Talvez não tenha sido ela, mas alguém bem poderoso, no nível de vossa senhoria, ou até mesmo no nível de um Celestial.
- Impossível! Eles estão extintos! - Reclamo e sinto minha cabeça doer. – Saiam.
Mando e eles fazem a reverência antes de saírem e me deixarem sozinho. Viro para a cama, onde Cássia dormia, agora mais calma. Arrasto uma cadeira e sento ao seu lado, pegando em sua mão e sussurrando palavras, me ligando a ela e confirmando que agora ela estava bem. Seus batimentos tranquilos, assim como a respiração. Solto sua mão e relaxo.
- Que merda acabou de acontecer, Cass? - Sussurro e observando até encarar minha mão esquerda e me lembrar do que tinha feito na frente de todos.
Eu não pensei, apenas segui meu coração e todos entenderam que agora ela era e sempre será a minha Imperatriz.
No dia seguinte eu acordo com o barulho de água.
Quando foi que adormeci?
Me levanto da cama ao perceber que Cássia não estava ao meu lado. Vou até a porta do banheiro e a encontro com o rosto neutro e o olhar pensativo enquanto se cobria com a água da banheira. Ela me encara e sorri fraco.
- Oi. - Sussurra fraca e eu me aproximo, agachando ao lado da grande banheira, na qual a deixa mais pequena.
- Como se sente? - Pergunto e ela deita a cabeça na borda.
- Anestesiada. - Sussurra e pisca devagar, perdida em pensamentos.
- Cass? - A chamo e ela pisca novamente antes de me encarar.
- Parecia que estavam me cortando no meio. - Sussurra e me assusto.
- Como começou? Lembra?
- Apenas com uma pontada... Mas foi tudo... Muito rápido.
Suspira alto, como se estivesse cansada ainda. Olha para cima e aponta para a cadeira.
- Pode pegar para mim?
Pego a toalha na cadeira e a entrego quando a mesma sai da banheira. Certifico que ela estava inteira, sem machucados e bem. A mesma enrola a toalha e sai devagar do banheiro. Eu a sigo e a vejo colocar um vestido e um sapato.
- Onde pensa que vai?
Ela me encara neutra enquanto arruma os cabelos.
- Tomar café e depois fazer exercício.
- Cass, - Falo me aproximando e respiro fundo. – Você mesma disse o nível da dor que sentiu ontem. Não seria melhor...
- Amanhã terá uma festa de noite, Felipe. Tenho que voltar a minha forma normal até lá para me apresentar para a corte real.
- Que eles se danem! – Falo ríspido. – Se você não está melhor, cancelaremos a apresentação.
Ela solta o ar e me encara friamente.
- Ao menos me ouviu? Eu estou bem. Não sinto, literalmente, nada. Já não faço muito aqui, Felipe. Não impeça de fazer o pouco que posso! - Fala e vira, mas eu não resisto e seguro em seu braço.
- Não faça esforço, entendeu? - Mando e ela fecha a cara antes de se soltar de meu toque e sair do quarto.
Porque ela precisa sempre ser forte para os outros e ser tão teimosa?!
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Sua realeza, a Fera
FantasyE se um imperador tirano de um mundo de fantasia viesse para o mundo real? Para salvar seu reino e seu futuro, Felipe, disfarçado de humano, foi jogada para outro mundo a fim de aprender a realidade do mundo moderno. Começando com um quase atropela...