Capítulo 7

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Os dias iam se passando e, aos poucos, observando atentamente, percebi que Cássia não se importava muito consigo e mais com os outros. Com o tempo, eu percebia que seu dia era agitado, seja com as crianças no orfanato, ou com algum cidadão pedindo ajuda para ela enquanto o médico não voltava para a cidade.

Agora, um pouco mais relaxado, conversava melhor com ela e Will, que ainda não revelou sua espécie para mim. Diz que isso era parte da maldição que carregava, mas que não se importava mais com a vida passada, desde que pudesse ficar ao lado de pessoas boas como Cássia.

De noite, na casa, ao perder mais uma vez no xadrez, ela se levanta e resmunga alto enquanto eu ria de sua cara. Will, que estava na outra cadeira da cozinha, apenas costurava algo e ria comigo da revolta da mulher.

- Eu desisto... – Para e senta, arrumando as peças. – Só mais uma vez! Desta vez eu venço.

- Você é muito teimosa.

Cássia faz um pequeno bico e suas bochechas ficam vermelhas, como se estivesse com vergonha, o que era apreciável de ver.

- Pronto, querida.

Will fala e ela para de arrumar as peças e se levanta, se aproximando do velho.

- Sério?

Fala e estica uma roupa minúscula de cor vermelha e branca.

- Que roupa estranha e pequena. Para quem é?

Ela sorri para mim e pisca.

- Segredo.

Reviro os olhos e jogamos mais três vezes. Quando percebi que ela não iria me libertar até ganhar, decidi fingir uma derrota e fui liberado para descansar, já que era tarde. Ao sair do banho, Will se despede de mim e Cássia antes de ir embora. Mas sua frase no ar me deixou curioso.

- Apenas um copo pequeno. A bebida é muito forte.

Cássia pareceu ficar sem graça e apenas sorriu antes de se despedir. Mas aquela frase me deixou bem curioso por um tempo.

Sinto aquele cheiro gostoso no ar, vindo da mulher, mas não comento nada. Ela se despede e vai para o quarto adormecer.

Sem sono, converso um pouco com o Senhor Bigode até ele se despedir e o silêncio soar no ar com um pequeno gemido. Estranhei e segui, indo para o quarto de Cássia, que estava com a porta encostada. Mesmo no escuro, eu conseguia enxergar sua silhueta se remexendo na cama enquanto a mesma gemia. O cheiro forte de seus sentimentos me rodearam e eu arregalei os olhos, dando um passo para trás e indo para a varanda da casa. Ela não queria minha presença com ela... Eu não queria forçá-la a nada.

Xingo o universo. Em meu mundo, eu podia escolher qualquer mulher para dormir comigo, e agora eu precisava me esconder. Sinto meu corpo ficar quente e meu membro endurecer aos poucos.

Estralo a língua e penso em ir tomar outro banho gelado para me aliviar. Ao pensar nisso, ri sem força. Quando foi que eu fiz isso alguma vez na vida?!

Nessas horas eu não queria ter os sentidos aguçados. Eu conseguia ouvir sua respiração alta daqui. Seu cheiro ainda estava em minha mente e eu apertei de leve a calça automaticamente. Me levanto e penso em ir para o quarto. Mas lembro da vez em que ela mostrou medo, a história misteriosa que Will me contou. Solto o ar e decido arriscar. Nós dois estávamos desesperados por um toque.

Entro no quarto devagar e Cássia ainda não percebeu minha presença. Me ajoelho na frente da cama e toco em sua perna de leve. Ela se assusta, mas não levanta a cabeça. Passeio minha mão em sua pele quente e sinto seu cheiro delicioso ficar mais nítido. Tiro sua mão de sua entrada e abocanho ela, passeando minha língua enquanto sinto sua pele inteira arrepiar. Cássia puxa o ar e eu pego em sua cintura, a puxando para mais perto de mim enquanto a lambia e chupava com vontade enquanto ela gemia cada vez mais até finalmente chegar ao ápice e gozar.

Minha nossa, ela era muito gostosa.

Eu a solto deitada na cama novamente e limpo meu lábio com o dedão enquanto a encara com o rosto quente e os peitos agitados, ofegantes. Ela era linda!

Lembro que precisava me segurar, então decido apenas sair do quarto, mas Cássia pega na minha mão e me impede. Volto a encará-la e a vejo sentar na cama e escorregar sua mão em meu membro. Seguro um gemido e me afasto um pouco, mas ela volta a se aproximar e tira minha calça e cueca, acariciando meu membro. Naquela hora eu percebi o quanto eu necessitava de seu toque. Solto o ar e apoio minhas mãos em seus ombros enquanto a mesma me chupava com vontade. Seu vai e vem era rápido, mas não desesperado, fazendo a ponta de meu pau tocar perfeitamente no céu de sua boca, me seduzindo e me enlouquecendo até chegar ao ápice e eu finalmente gozar.

Olho para baixo e me surpreendo ao vê-la engolir meu gozo e me dar um sorriso sedutor. Ela se levanta, ficando em pé, deixando o resto da coberta cair e revelando seu corpo nu. Sua mão toca meu rosto e aquele cheiro doce passa por mim novamente, revelando seu desejo.

- Fica...

Sussurra e eu não me segurei. Aquela única palavra me libertou e eu logo avancei em seus lábios e finalmente senti aqueles lábios nos meus. Seu pequeno corpo parecia tão frágil em minha presença e minha vontade era de comê-la por inteiro. E hoje eu faria isso até desmaiar!

Tiro a pouca roupa que ainda tinha e a pego no colo, descendo as mãos até sua bunda redonda e sexy. A deito na cama enquanto nossos lábios não desgrudam. Sinto suas pernas se esfregarem em mim e percebo o sinal. Esfrego meu membro em sua entrada e logo ela demonstra aquilo que eu esperava. O medo. Toco em seu rosto e sussurro em seu ouvido.

- Não vou te machucar. Eu prometo.

Reparo em seu rosto um pouco mais calmo e entro devagar, sentindo seu interior fervendo. Ela aperta meu braço com suas unhas e eu me mexo dentro dela, acelerando aos poucos, com necessidade. Normalmente eu fazia em meu ritmo, mas não queria assustá-la.

- Mais...

Sussurra e sorri em seu ombro, acelerando mais e mais até nossos gemidos aumentarem cada vez mais. Cássia me soltou e começa a levantar os braços para acima da cabeça, revelando seus pulsos finos e me lembrando do dia de seu medo. Eu diminuo a velocidade e pego suas mãos, escorregando-os para perto de sua cabeça. Ela abre os olhos e me encara, revelando seu medo e confusão. Sorri para a mesma e a beijei, a acalmando.

- Relaxa, ovelhinha.

Cássia solta o ar e finalmente começou a aproveitar a situação. Acelero novamente o movimento e ela faz um gemido diferente, revelando que encontrei seu ponto de prazer. Eu estocava cada vez mais nessa posição e seus gemidos aumentavam mais e mais até suas unhas me arranharem novamente e seu interior me apertar um pouco mais antes da mesma gozar. Mais algumas estocadas e gozo também.

Quando nos acalmamos, eu apenas saio dela e deito ao seu lado ofegante.

Uau. Como aguentei ficar sem sexo por tanto tempo?!

Abro a boca para comentar algo, mas reparo que Cássia já havia dormido ao meu lado. A cubro e decido descansar também.

Sua realeza, a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora