Capítulo 56

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Eu estava deitado, olhando o céu estrelado e sentindo uma paz estranha dentro de mim. Viro e vejo uma silhueta pequena ao meu lado, mas não consigo reconhecer quem era, mas sabia que não precisava temer.

Ouço barulho de correntes e me levanto, vendo tudo escuro. Percebo que o lugar mudou e eu estava sozinho, em frente a uma grande jaula escura. A silhueta da pessoa parecia melhor, era um homem, perto da minha altura. Ele estava chorando desesperado.

- Por favor...Me solta... Eu quero ver eles... Preciso saber se eles estão bem.

- Eles quem? – Pergunto me aproximando, o vendo ajoelhado, encolhido.

- Minha família. Eles precisam de mim. – Sua respiração acelera como se ele estivesse desesperado e o mesmo tenta avançar até mim, me assustando. – Eu preciso ver eles!

Grita desesperado e vejo apenas a silhueta de seu rosto com as lágrimas claras e brilhantes escorrendo. Eu sabia que era um louco e apenas o ignorei, dando as costas e ignorando seus gritos até acordar novamente com dor de cabeça.

Duas semanas se passaram e ainda tinha uma bagunça para resolver desde o ataque que não lembro. A noite era apenas mais um martírio para mim, então eu sempre tentava trabalhar o máximo possível até minha mente desligar de exaustão todos os dias.

Depois de me arrumar para mais um dia, saio do quarto e fecho os olhos rapidamente, resmungando a claridade do local. Esfrego o rosto e me acostumo com a luz, vendo dois guardas e Brian de prontidão.

- Bom dia majestade. – Fala abaixando a cabeça em reverencia.

- O que temos para hoje? – Pergunto friamente e ele folheia várias vezes o livro em sua mão e percebo que hoje seria mais um dia cheio.

Tomo meu desjejum e fico o dia todo no escritório resolvendo várias papeladas até a dor de cabeça me atingir novamente, me obrigando a fechar os olhos por alguns minutos.

- Felipe? – Lian pergunta parecendo preocupado e suspiro, tentando aguentar a dor. Abro os olhos e vejo minha elite e todos os funcionários do local me encarando, parecendo preocupados.

- Estou bem. Saiam por um momento. – Mando e todos saem rapidamente após uma reverencia, menos a elite, que enrola.

- Estaremos do lado de fora, se precisar. – Avisa Damian antes de sair com seus irmãos e Tiago.

Solto o ar e gemi novamente de dor. Me encolho na cadeira por um momento e aperto minha cabeça quando sinto a dor e o grito do estranho misterioso. Todos os dias ele gritava, cada vez mais de desespero.

- Eu não vou te libertar! – Falo revoltado e mais uma vez ele grita.

Me seguro para não gritar de dor até um cheiro de folha fresca me chamar a atenção. Viro rapidamente enquanto pego minha Lua Negra e aponto para o filhote de lobo que estava sentado na janela. Ele não reagiu, como se esperasse por isso.

- O que está fazendo aqui, selvagem? – Pergunto ríspido e o mesmo acaba de revirar os olhos para mim.

Ele sai da janela e sobe em cima da minha mesa, ficando um pouco maior antes de se transformar em um menino branco de cabelos negros e olhos verdes bem claros. Sua roupa era simples e suas pernas finas de garoto de 5 anos balançavam pela altura da mesa.

 Sua roupa era simples e suas pernas finas de garoto de 5 anos balançavam pela altura da mesa

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Sua realeza, a FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora