Capítulo 26

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— Você deveria vir comigo. — Ele me encarou e eu inclinei a cabeça com confusão. — Para pegar o seu gato, é claro. Não estou insinuando nada.

O Luke piscou de brincadeira e eu ri.

— Não esquece dos jornalistas, Luke. — Suspirei.

— Eu nunca esqueço, Lily. Eles estão na minha vida desde que a banda começou a fazer sucesso. — Ele deu um pequeno sorriso para mim e passou os dedos pelos meus cabelos. — Só estou cansado deles foderem a minha privacidade e me impedirem de viver, sabe?

Assenti quando ele falou isso e olhei em volta.

— Eu vou com você. — Decidi e vi um sorriso surgir nos lábios dele. — Mas depois de pegar o meu gato, eu vou embora. Não quero mais problemas.

Respirei fundo, querendo evitar mais confusões para a minha vida conturbada.

— Veremos, Lily. Veremos. — Ele provocou.

Ele colocou a mão na minha cintura e me guiou até o carro dele, abrindo a porta do passageiro para eu entrar.

A estrada se estendia à nossa frente enquanto Luke dirigia e eu permanecia absorta, observando as luzes da cidade que pareciam deslizar pelas janelas do carro.

Meu cotovelo descansava na porta e sua mão firme começou a traçar caminhos reconfortantes pela minha coxa, dissipando a tensão que pairava no ar.

Seus dedos habilidosos pressionavam, massageando de maneira intensa, um gesto que parecia transcender as palavras. Era como se suas mãos buscassem dissipar o peso que carregava, oferecendo alívio em meio à turbulência emocional.

Ao inclinar meu rosto para encará-lo disfarçadamente, percebi seus olhos atentos, verificando se eu estava bem.

Ele já estava me olhando.

— Por que você me olha assim? — Perguntei.

— Assim como? — Ele esfregou a palma da mão na minha coxa e eu suspirei internamente.

— Não sei explicar. — Pigarreei nervosa.

Como se só eu importasse nesse momento.

— Porque você é tão linda que dá vontade de te encarar o tempo todo. — O Luke respondeu sem hesitar.

— Linda, é? — Olhei para ele com um sorriso.

— Perfeita. Divina. Uma obra de arte. — Ele listou.

— Não exagera. — Ri um pouco.

— Eu não estou. — Ele aproximou seu rosto do meu e sussurrou no meu ouvido, sua respiração fazendo cócegas na minha pele. — Você merece ser venerada o tempo todo.

O Luke se afastou e voltou a prestar atenção na estrada, me deixando um pouco sem ar.

Respira, Lily. Como se respira mesmo?

O restante do trajeto transcorreu em um silêncio palpável, pontuado apenas pelo suave ronco do motor. E a minha tentativa de voltar a respirar normalmente.

Quando chegamos à casa do Luke, meus olhos se arregalaram e uma exclamação interna ecoou em minha mente.

Porra, está de brincadeira?!

A residência diante de nós não era simplesmente uma casa: era uma mansão imponente, cercada por uma aura de grandiosidade. As luzes suaves realçavam detalhes arquitetônicos refinados e o jardim bem cuidado acrescentava uma pitada de serenidade à imponência do lugar.

— Suas órbitas vão saltar para fora, Lily. — Ele me provocou e eu tentei me recompor. — Não é grande coisa, mas...

Ele zombou, sabendo que a casa dele era sim grande coisa.

— Verdade. — Saí do carro quando ele abriu a porta para mim. — Eu estou até enojada que você me trouxe para esse barraco.

Provoquei e ele gargalhou, segurando a minha mão.

— Vem logo. — O Luke me puxou com ele, olhando em volta para ter certeza de que nenhum jornalista intrometido estava por perto.

Ao adentrar a sala da mansão, fui recebida por um espetáculo de elegância e conforto. Móveis luxuosos, cuidadosamente dispostos, conferiam à sala uma atmosfera acolhedora, enquanto a iluminação estratégica realçava cada detalhe.

Um sofá amplo e convidativo ocupava o centro, cercado por poltronas que pareciam convidar à descontração. As cores neutras das cortinas e tapetes proporcionavam uma sensação de equilíbrio, contrastando com obras de arte que adornavam as paredes.

Grandes janelas permitiam a entrada suave da luz noturna, criando uma atmosfera serena.

— Uau. — Olhei em volta surpresa e depois voltei a olhar para ele.

— Eu sei. — Ele assentiu, entendendo a reação.

Quando eu ia falar mais alguma coisa, escutei um miado e senti algo passando em volta das minhas pernas.

— Floquinho! — Peguei ele e beijei o topo da sua cabeça, fechando os olhos. — Desculpa por ter te esquecido lá. Eles não te machucaram, não é?

Examinei ele e respirei fundo ao ver que ele estava bem. Melhor do que eu, aliás.

Luke observava com uma expressão divertida e atenciosa enquanto eu aninhava meu gato nos braços. Seus olhos refletiam um misto de curiosidade e apreciação pela cena.

— Gato de sorte. — Ele assobiou para me provocar. — Se eu começar a miar, você me abraça assim também?

Ri com isso e balancei a cabeça, olhando para ele.

Ele me faz esquecer os problemas.

Luke se acomodou no sofá, seu olhar cheio de uma intensidade que eu não conseguia ignorar.

— Vem cá. — Ele apontou para o seu lado e eu assenti, sentando perto dele e encarando-o.

Seus dedos traçaram caminhos eletrizantes pela minha cintura e o sorriso provocante nos lábios de Luke intensificou a tensão entre nós.

— Chega mais perto. Eu não mordo, Lily. — Ele provocou novamente.

— Que pena. — Respondi, sentindo a eletricidade crescer.

Seus olhos, agora mais profundos e ardentes, capturaram os meus e em um movimento rápido e decidido, ele me puxou para o seu colo de uma maneira quase bruta, me deixando sem fôlego.

— Não brinca assim comigo, Lily. — Ele sussurrou e encostou a testa na minha.

— Não estou brincando. — Sussurrei de volta.

Luke abaixou uma mão até a minha bunda e a outra na minha nuca, me puxando para ficar montada dele, enquanto ele beijava o meu pescoço.

Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás, enquanto ele traçava beijos de cima a baixo e com a sua língua correndo levemente pela minha pele.

— Luke... — Murmurei e ele mordeu levemente a minha garganta, fazendo eu me contorcer um pouco.

A respiração dele começou a ficar cada vez mais pesada enquanto ele explorava o meu corpo. Ele tirou a minha blusa em um gesto rápido e beijou suavemente a minha clavícula, descendo ainda mais os seus beijos pela minha pele exposta.

— Você é linda. — Ele sussurrou contra minha pele.

— Você faz eu me sentir linda. — Mordi o lábio levemente.

Ele me tirou do colo dele e me colocou no sofá, aparecendo por cima de mim e continuando com os beijos cada vez mais baixos. Ele beijava a minha barriga e acariciava a minha cintura com as mãos.

Suspirei em antecipação ao sentir ele levantando a minha saia na altura do meu quadril e deslizando a minha calcinha pelas minhas pernas, beijando as minhas coxas e traçando leves mordidas.

— Posso? — Ele se afastou um pouco e me encarou com seus olhos verdes penetrantes.

Hesitei um pouco.

— Pode. — Assenti.

CORDAS DO CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora